Catecismo da Igreja Católica

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PRIMEIRA PARTE - SEGUNDA SEÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ

OS SÍMBOLOS DA FÉ

CAPITULO III - Artigo 9 - PARÁGRAFO 3

A IGREJA É UNA, SANTA, CATÓLICA  E APOSTÓLICA

811         Esta é a única Igreja de Cristo que, no Símbolo, confessamos una, santa, católica e apostólica[a1] ." Esses quatro atributos, inseparavelmente ligados entre [a2] si, indicam traços essenciais da Igreja e de sua missão. A Igreja não os tem de si mesma; é Cristo que, pelo Espírito Santo, dá  a sua Igreja o ser una, santa, católica e apostólica, e é também ele que a convida a realizar cada uma dessas qualidades.

(Parágrafos relacionados 750,832,865)

812         Só a fé pode reconhecer que a Igreja recebe estas propriedades de sua fonte divina. Mas as manifestações históricas delas constituem sinais que falam também com clareza à razão humana. "A Igreja - lembra o Concílio Vaticano I -, em razão de sua santidade, de sua unidade católica, de sua constância invicta, é ela mesma um grande e perpétuo motivo de credibilidade e uma prova irrefutável de sua missão divina[a3] ."

(Parágrafos relacionados 156,770)

I- A Igreja é una

"O MISTÉRIO SAGRADO DA UNIDADE DA IGREJA[a4] "

813         A Igreja é una por sua fonte: "Deste mistério, o modelo supremo e o princípio é a unidade de um só Deus na Trindade de Pessoas, Pai e Filho no Espírito Santo[a5] ". A Igreja é una por seu Fundador: "Pois o próprio Filho encarnado, príncipe da paz, por sua cruz reconciliou todos os homens com Deus, restabelecendo a união de todos em um só Povo, em um só Corpo[a6] ". A Igreja é una por sua "alma": "O Espírito Santo que habita nos crentes, que plenifica e rege toda a Igreja, realiza esta admirável comunhão dos fiéis e os une tão intimamente em Cristo, que ele é o princípio de Unidade da Igreja[a7] ". Portanto, é da própria essência da Igreja ser una:

(Parágrafos relacionados 172,766,797)

Que estupendo mistério! Há  um único Pai do universo, um único Logos do universo e também um único Espírito Santo, idêntico em todo lugar; há  também uma única virgem que se tornou mãe, e me agrada chamá-la Igreja[a8] .

814         Contudo, desde a origem, esta Igreja una se apresenta com uma grande diversidade, que provém ao mesmo tempo da variedade dos dons de Deus e da multiplicidade das pessoas que os recebem. Na unidade do Povo de Deus se congregam as diversidades dos povos e das culturas. Entre os membros da Igreja existe uma diversidade de dons, de encargos, de condições e de modos de vida; "na comunhão eclesiástica há, legitimamente, Igrejas particulares gozando de tradições próprias[a9] ". A grande riqueza desta diversidade não se opõe à unidade da Igreja. Todavia, o pecado e o peso de suas conseqüências ameaçam sem  cessar o dom da unidade. Assim, o apóstolo tem de exortar a "conservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz" (Ef 4,3).

(Parágrafos relacionados 791,873,1202,832)

815         Quais são estes vínculos da unidade? "Sobre tudo isso [está] a caridade, que é o vínculo da perfeição" (Cl 3,14). Mas a unidade da Igreja peregrinante é também assegurada por vínculos visíveis de comunhão:

(Parágrafos relacionados 1827,830,837)

ü      profissão de uma única fé recebida dos Apóstolos

(Parágrafo relacionado 173)

ü      a celebração comum do culto divino, sobretudo dos sacramentos;

ü      a sucessão apostólica, por meio do Sacramento da Ordem, que mantém a concórdia fraterna da família de Deus[a10] .

816         "A única Igreja de Cristo (...) é aquela que nosso Salvador depois de sua Ressurreição, entregou a Pedro para que fosse seu pastor e confiou a ele e aos demais Apóstolos para propagá-la e regê-la... Esta Igreja, constituída e organizada neste mundo como uma sociedade, subsiste na ( "subsistit in") Igreja Católica governada pelo sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele[a11] ":

O Decreto sobre o Ecumenismo, do Concílio Vaticano II, explicita: "Pois somente por meio da Igreja católica de Cristo, 'a qual é meio geral de salvação', pode ser atingida toda a plenitude dos meios de salvação. Cremos que o Senhor confiou todos os bens da Nova Aliança somente ao Colégio Apostólico, do qual Pedro é o chefe, a fim de constituir na terra um só Corpo de Cristo, ao qual é necessário que se incorporem plenamente todos os que, de que alguma forma, já  pertencem ao Povo de Deus[a12] [a13] ".

(Parágrafo relacionado 830)

AS FERIDAS DA UNIDADE

817         Na realidade, "nesta una e única Igreja de Deus, já  desde os primórdios, surgiram algumas cisões, que o Apóstolo censura com vigor como condenáveis. Dissensões mais amplas nasceram nos séculos posteriores. Comunidades não pequenas separaram-se da plena comunhão com a Igreja católica, por vezes não sem culpa de homens de ambas as partes". As rupturas que ferem a unidade do Corpo de Cristo (distinguem-se a heresia, a apostasia e o cisma[a14] ) não acontecem sem os pecados dos homens:

(Parágrafo relacionado 2089)

"Ubi peccata sunt, ibi multitudo, ibi schismata, ibi haereses, ibi discussiones. Ubi autem virtus, ibi singularitas, ibi unio, ex quo omnium credentium erat cor unum et anima una. - Onde estão os pecados, aí está  a multiplicidade (das crenças), aí o cisma, aí as heresias, aí as controvérsias. Onde, porém, está a virtude, aí está  a unidade, aí a comunhão, em força disso, os crentes eram um só coração e uma só alma[a15] ."

818         Os que hoje em dia nascem em comunidades que surgiram de tais rupturas "e estão imbuídos da fé em Cristo não podem ser argüidos de pecado de separação, e a Igreja católica os abraça  com fraterna reverência e amor... Justificados pela fé recebida no Batismo; estão incorporados em Cristo, e por isso com razão são honrados com o nome de cristãos e merecidamente reconhecidos pelos filhos da Igreja católica como irmãos no Senhor[a16] ".

(Parágrafo relacionado 1271)

819         Além disso, "muitos elementos de santificação e de verdade [a17] existem fora dos limites visíveis da Igreja católica": "A palavra escrita de Deus, a vida da graça, a fé, a esperança, a caridade, outros dons interiores do Espírito Santo e outros elementos visíveis[a18] " O espírito de Cristo serve-se dessas igrejas e comunidades eclesiais como meios de salvação cuja força vem da plenitude de graça e de verdade que Cristo confiou à Igreja católica. Todos esses bens provêm de Cristo e levam a Ele [a19] e chamam, por eles mesmos, para a "unidade católica[a20] ".

RUMO À UNIDADE

820         A unidade, "Cristo a concedeu, desde o início, à sua Igreja, e nós cremos que ela subsiste sem possibilidade de ser perdida na Igreja católica e esperamos que cresça, dia após dia, até a consumação dos séculos[a21] ". Cristo dá  sempre à sua Igreja o dom da unidade, mas a Igreja deve sempre orar e trabalhar para manter, reforçar e aperfeiçoar a unidade que Cristo quer para ela. Por isso Jesus mesmo orou na hora de sua Paixão, e não cessa de orar ao Pai pela unidade de seus discípulos: "... Que todos sejam um. Como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, que eles esteja me nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste" (Jo 17,21).  O desejo de reencontrar a unidade de todos os cristãos é um dom de Cristo e convite do Espírito Santo[a22] 

(Parágrafo relacionado 2748)

821         Para responder adequadamente a este apelo, exigem-se:

ü      uma renovação permanente da Igreja em uma fidelidade maior à sua vocação. Esta renovação é a mola do movimento rumo à unidade[a23] .

ü      a conversão do coração, "com vistas a viver mais puramente segundo o Evangelho[a24] ", pois e a infidelidade dos membros ao dom de Cristo que causa as divisões;

(Parágrafo relacionado 827)

ü      a oração em comum, pois "a conversão do coração e a santidade de vida, juntamente com as preces particulares e públicas pela unidade dos cristãos, devem ser consideradas a alma de todo o movimento ecumênico e, com razão, podem ser chamadas de ecumenismo espiritual[a25] ";

(Parágrafo relacionado 2791)

ü      conhecimento fraterno recíproco[a26] ,

ü      a formação ecumênica dos fiéis e especialmente dos presbíteros[a27] ; 

ü      diálogo entre os teólogos e os encontros entre os cristãos diferentes Igrejas e comunidades[a28] ;

ü      a colaboração entre cristãos nos diversos campos do serviço aos homens[a29] .

822         A preocupação de realizar a união "diz respeito à Igreja inteira, fiéis e pastores[a30] ". Mas é preciso também "ter consciência de que este projeto sagrado, a reconciliação de todos os cristãos na unidade de uma só e única Igreja de Cristo, ultrapassa as forças e as capacidades humanas". Por isso depositamos toda a nossa esperança "na oração de Cristo pela Igreja, no amor do Pai por nós e no poder do Espírito [a31] Santo".

II. A Igreja é santa

823         "A Igreja... é, aos olhos da fé, indefectivelmente santa. pois Cristo, Filho de Deus, que com o Pai e o Espírito Santo é proclamado o 'único Santo', amou a Igreja como sua Esposa. Por ela se entregou com o fim de santificá-la. Uniu-a a si como seu corpo e cumulou-a com o dom do Espírito Santo, para a glória de Deus[a32] ." A Igreja é, portanto, "o Povo santo de Deus[a33] ", e seus membros são chamados "santos[a34] ".

(Parágrafos relacionados 459,796,946)

824         A Igreja, unida a Cristo, é santificada por Ele; por Ele e nele torna-se também santificante. Todas as obras da Igreja tendem, como seu fim, "à santificação dos homens em Cristo e à glorificação de Deus[a35] ". É na Igreja que está depositada "a plenitude dos meios de salvação[a36] ". É nela que "adquirimos a santidade pela graça de [a37] Deus".

(Parágrafo relacionado 816)

825         "Já  na terra a Igreja está  ornada de verdadeira santidade, embora imperfeita[a38] ." Em seus membros, a santidade perfeita ainda é coisa a adquirir: "Munidos de tantos e tão salutares meios, todos os cristãos, de qualquer condição ou estado, são chamados pelo Senhor, cada um por seu caminho, à perfeição da santidade pela qual é perfeito o próprio Pai[a39] ".

(Parágrafos relacionados 670,2013)

826         A caridade é a alma da santidade à qual todos são chamados. Ela "dirige todos os meios de santificação, dá-lhes forma e os conduz ao fim[a40] ".

(Parágrafos relacionados 1827,2658)

"Compreendi que a Igreja tinha um corpo, composto de diferentes membros, não lhe faltava o membro mais nobre e mais necessário (o coração). Compreendi que a Igreja tinha um Coração, e que este Coração ARDIA de AMOR. Compreendi que só o amor fazia os membros da Igreja agirem, que, se o Amor viesse a se apagar, os Apóstolos não anunciariam mais o Evangelho, os Mártires se recusariam a derramar seu sangue... Compreendi que O AMOR ENCERRAVA TODAS AS VOCAÇÕES, QUE O AMOR ERA TUDO QUE ELE ABRAÇAVA TODOS OS TEMPOS E TODOS LUGARES... EM UMA PALAVRA, QUE ELE É ETERNO[a41] !”

(Parágrafo relacionado 864)

827         "Mas enquanto Cristo, 'santo, inocente, imaculado', não conheceu o pecado, mas veio apenas para expiar os pecados do povo, a Igreja, reunindo em seu próprio seio os pecadores  ao mesmo tempo santa e sempre necessitada de purificar-se, busca sem ces­sar a penitência e a renovação[a42] ." Todos os membros da Igreja, inclusive seus minis­tros, devem reconhecer-se pecadores[a43] . Em todos eles o joio do pecado continua ainda mesclado ao trigo do Evangelho até o fim dos tempos[a44] . A Igreja reúne, por­tanto, pecadores alcançados pela salvação de Cristo, mas ainda em via de santificação.

(Parágrafos relacionados 1425-1429,821)

A Igreja é santa, mesmo tendo pecadores em seu seio, pois não possui outra vida senão a da graça: é vivendo de sua vida que seus membros se santificam; é subtraindo-se à vida dela que caem pecados e nas desordens que impedem a irradiação da santidade dela. É por isso que ela sofre e faz penitência por essas faltas das quais tem o poder de curar seus filhos, pelo sangue de Cristo e pelo dom do Espírito Santo  [a45] 

828         Ao canonizar certos fiéis, isto é, ao proclamar solene que esses fiéis praticaram heroicamente as virtudes e viveram na fidelidade à graça de Deus, a Igreja reconhece o poder do Espírito de santidade que está  em si e sustenta a esperança dos fiéis, propondo-os como modelos e intercessores[a46] . "Os santos e as santas sempre foram fonte e origem de renovação nas circunstâncias mais difíceis da história da Igreja[a47] ." Com efeito, "a santidade é a fonte secreta e a medida infalível de sua atividade apostólica e de seu elã  missionário[a48] ".

(Parágrafos relacionados 1173,2045)

829         "Enquanto na beatíssima Virgem a Igreja já  atingiu a perfeição, pela qual existe sem mácula e sem ruga, os cristãos ainda se esforçam por crescer em santidade, vencendo o pecado. Por isso elevam seus olhos a Maria[a49] " ela, a Igreja é já  a toda santa.

(Parágrafos relacionados 1172,972)

A Igreja é católica

QUE QUER DIZER "CATÓLICO"?

830         A palavra "católico" significa "universal" no sentido de segundo a totalidade" ou "segundo a integralidade". A Igreja é católica em duplo sentido. Ela é católica porque nela Cristo está  presente. "Onde está Cristo Jesus, está a Igreja católica[a50] ." Nela subsiste a plenitude do Corpo de Cristo unido à sua Cabeça [a51] o que implica que ela recebe dele "a plenitude dos meios de salvação[a52] " que ele quis: confissão de fé correta e completa, vida sacramental integral e ministério ordenado na sucessão apostólica. Neste sentido fundamental, a Igreja era católica no dia de Pentecostes [a53] e o será  sempre, até o dia da Parusia.

(Parágrafos relacionados 795,815-816)

831         Ela é católica porque é enviada em missão por Cristo à universalidade do gênero [a54] humano.

(Parágrafo relacionado 849)

Todos os homens são chamados a pertencer ao novo Povo de Deus. Por isso este Povo, permanecendo uno e único, deve estender-se a todo o mundo e por todos os tempos, para que se cumpra, o desígnio da vontade de Deus, que no início formou uma natureza humana e finalmente decretou congregar seus filhos que estavam dispersos... Este caráter de universalidade que marca o Povo de Deus é um dom do próprio Senhor, pelo qual a Igreja Católica, de maneira eficaz e perpétua, tende a recapitular toda a humanidade com todos os seus bens sob Cristo Cabeça, na unidade do seu Espírito[a55] .

(Parágrafos relacionados 360,518)

CADA IGREJA PARTICULAR É "CATÓLICA”

832         "Esta Igreja de Cristo está  verdadeiramente presente em todas as legitimas comunidades locais de fiéis que, unidas a seus pastores, são também elas, no Novo Testamento, chamadas “Igrejas”... Nelas os fiéis são reunidos pela pregação do Evangelho de Cristo, nelas se celebra o mistério da Ceia do Senhor... Nessas comunidades, embora muitas vezes pequenas e pobres, ou vivendo na dispersão, está  presente Cristo, por cuja virtude se constitui a Igreja una, santa, católica e apostólica[a56] ."

(Parágrafos relacionados 814,811)

833         Entende-se por Igreja particular, o que é, em primeiro lugar, a diocese (ou a eparquia), uma comunidade de  fiéis cristãos em comunhão na fé e nos sacramentos com seu Bispo  ordenado na sucessão apostólica[a57] . Essas Igrejas particulares "são formadas à imagem da Igreja universal; é nelas e a partir delas que existe a Igreja católica una e única[a58] "

(Parágrafo relacionado 886)

834         As Igrejas particulares são plenamente católicas pela comunhão com uma delas: a Igreja de Roma, "que preside à caridade[a59] ". "Pois com esta Igreja, em razão de sua origem mais excelente, deve necessariamente concordar cada Igreja, isto é, os fiéis de toda parte[a60] ." "Com efeito, desde a descida a nós do Verbo Encarnado, todas as Igrejas cristãs de toda parte consideraram e continuam considerando a grande Igreja que está  aqui [em Roma] como única base e fundamento, visto que, segundo as próprias promessas do Salvador, as portas do inferno nunca prevaleceram sobre [a61] ela."

(Parágrafos relacionados 882,1369)

835         "Guardemo-nos bem, no entanto, de conceber a Igreja universal como sendo a somatória, ou, se preferir dizê-lo, a federação mais ou menos anômala de Igrejas particulares essencialmente diversas[a62] . No pensamento do Senhor, é a Igreja, universal por vocação e por missão, que, ao lançar suas raízes na variedade dos terrenos culturais, sociais e humanos, se reveste em cada parte do mundo de aspectos e de expressões exteriores diversas. A rica variedade de disciplinas eclesiásticas, de ritos litúrgicos, de patrimônios teológicos espirituais próprios das Igrejas locais "mostra mais luminosamente a  catolicidade da Igreja indivisa, por sua convergência na unidade[a63] .

(Parágrafo relacionado 1202)

QUEM PERTENCE · IGREJA CATÓLICA?

836         "Todos os homens, pois, são chamados a esta católica unidade do Povo de Deus, que prefigura e promove a paz universal. A ela pertencem ou são ordenados de modos diversos quer os fiéis católicos, quer os outros crentes em Cristo, quer, enfim, os homens em geral, chamados à salvação pela graça de Deus[a64] .

(Parágrafo relacionado 831)

837         "São incorporados plenamente à sociedade, que é a Igreja, os que, tendo o Espírito de Cristo, aceitam a totalidade de  sua organização e todos os meios de salvação nela instituídos e em sua estrutura visível - regida por Cristo por meio do Sumo Pontífice e dos Bispos  se unem com Ele pelos vínculos da profissão de fé, dos sacramentos, do regime eclesiástico e da comunhão. Contudo não se salva, embora esteja incorporado à Igreja, aquele que, não perseverando na caridade, permanece dentro da Igreja 'com o corpo', mas não 'com o coração[a65] .”

(Parágrafos relacionados 771,882,815)

838         Por muitos títulos a Igreja sabe-se ligada aos batizados que são ornados com o nome cristão, mas não professam na íntegra a fé ou não guardam a unidade da comunhão sob o Sucessor de Pedro[a66] ." “Aqueles que crêem em Cristo e foram devidamente batizados estão constituídos em certa comunhão, embora não perfeita, com a Igreja católica[a67] ." Com as Igrejas ortodoxas, esta comunhão é tão profunda "que falta bem pouco para que ela atinja a plenitude que autoriza uma celebração comum da Eucaristia do Senhor[a68] ".

(Parágrafos relacionados 818,1271,1399)

A IGREJA E OS NÃO-CRISTÃOS

839         "Os que ainda não receberam o Evangelho também se ordenam por diversos modos ao Povo de Deus[a69] ."

(Parágrafo relacionado 856)

A relação da Igreja com o Povo Hebreu[a70] . A Igreja, Povo de Deus na Nova Aliança, descobre, ao perscrutar seu próprio ministério, seus vínculos com o Povo Hebreu" a quem Deus falou em primeiro lugar[a71] ". Ao contrário das outras religiões não-cristãs, a fé hebraica já é resposta à revelação de Deus na Antiga Aliança. É ao Povo Hebreu que "pertencem a adoção filial, a glória, as alianças, a legislação, o culto, as promessas e os patriarcas, dos quais descende Cristo, segundo a carne” (Rm 9,4-5), pois "os dons e o chamado de Deus são sem  arrependimento" (Rm 11, 29).

(Parágrafos relacionados 63,147)

840         De resto, quando se considera o futuro, o povo de Deus da Antiga Aliança e o novo Povo de Deus tendem para fins análogos: a espera da vinda (ou da volta) do Messias. Mas o que se espera é do lado dos cristãos, a volta do Messias, morto e ressuscitado, reconhecido como Senhor e Filho de Deus, e do lado dos hebreus, a vinda do Messias - cujos traços permanecem encobertos -, no fim dos tempos, espera esta acompanhada do drama da ignorância ou do desconhecimento de Cristo Jesus.

(Parágrafos relacionados 674,597)

841         As relações da Igreja com os muçulmanos. "Mas o plano de salvação abrange também aqueles que reconhecem o Criador. Entre eles, em primeiro lugar, os muçulmanos, que, professando manter a fé de Abraão, adoram conosco o Deus único, misericordioso, juiz dos homens no último dia[a72] ."

842         O vínculo da Igreja com as religiões não-cristãs é primeiramente o da origem e do fim comuns do gênero humano:

(Parágrafo relacionado 360)

Com efeito, todos os povos constituem uma só comunidade. Têm uma origem comum, visto que Deus fez todo o gênero humano habitar a face da terra. Têm igualmente um único fim comum, Deus, cuja providência, testemunhos de bondade e planos de salvação abarcam a todos, até os eleitos se reunirem na Cidade Santa[a73] .

843         A Igreja reconhece nas outras religiões a busca, “ainda nas sombras e sob imagens", do Deus desconhecido, mas próximo, pois é Ele quem dá  a todos vida, respiração e tudo o mais, e porque quer que todos os homens sejam salvos. Assim, a Igreja considera tudo o que pode haver de bom e de verdadeiro nas religiões "como uma preparação evangélica dada por Aquele que ilumina todo homem para que, finalmente, tenha a vida[a74] ".

(Parágrafos relacionados 28,856)

844         Em seu comportamento religioso, porém, os homens mostram também limitações e erros que desfiguram neles a imagem de Deus:

(Parágrafo relacionado )

Muitas vezes os homens, enganados pelo Maligno, se enganaram em seus pensamentos e trocaram a verdade de Deus pela mentira, servindo à criatura mais que ao Criador, ou, vivendo e morrendo sem Deus neste mundo, se expõem ao extremo desespero[a75] .

(Parágrafo relacionado 29)

845         É para reunir novamente todos os seus filhos - que o pecado dispersou e desgarrou -- que o Pai quis convocar toda a humanidade na Igreja de seu Filho. A Igreja é o lugar em que a humanidade deve reencontrar sua unidade e sua salvação. Ela é "o mundo reconciliado[a76] ". Ela é esse navio que "navega bem neste mundo ao sopro do Espírito Santo com as velas da Cruz do Senhor plenamente desfraldadas[a77] ". Segundo outra imagem cara aos Padres da Igreja, ela é figurada pela Arca de Noé, a única que salva do dilúvio[a78] .

(Parágrafos relacionados 30,953,1219)

"FORA DA IGREJA NÃO HÁ SALVAÇÃO"

846         Como entender esta afirmação, com freqüência repetida pelos Padres da Igreja? Formulada de maneira positiva, ela significa que toda salvação vem de Cristo-Cabeça por meio da Igreja, que é seu Corpo:

Apoiado na Sagrada Escritura e na Tradição, [o Concílio] ensina que esta Igreja peregrina é necessária para a salvação. O único mediador e caminho da salvação é Cristo, que se nos torna presente em seu Corpo, que é a Igreja. Ele, porém, inculcando com palavras expressas a necessidade da fé e do batismo, ao mesmo tempo  confirmou a necessidade da Igreja, na qual os homens entram pelo Batismo, como que por uma porta. Por isso não podem salvar-se aqueles que, sabendo que a Igreja católica foi fundada por Deus por meio de Jesus Cristo como instituição necessária, apesar disso não quiserem nela entrar ou nela perseverar[a79] .

(Parágrafos relacionados 161,1257)

847         Esta afirmação não visa àqueles que, sem culpa, desconhecem Cristo e sua Igreja:

"Aqueles, portanto, que sem culpa ignoram o Evangelho de Cristo e sua Igreja, mas buscam a Deus com coração sincero e tentam, sob o influxo da graça, cumprir por obras a sua vontade conhecida por meio do ditame da consciência podem conseguir a salvação eterna[a80] ”.

848         "Deus pode, por caminhos dele conhecidos, levar à fé todos os homens que sem culpa própria ignoram o Evangelho. Pois 'sem a fé é impossível agradar-lhe'  [a81] Mesmo assim, cabe à Igreja o dever e também o direito sagrado de evangelizar[a82] " todos os homens.

(Parágrafo relacionado 1260)

A MISSÃO UMA EXIGÊNCIA DA CATOLICIDADE DA IGREJA

849         O mandato missionário. "Enviada por Deus às nações para ser 'o sacramento universal da salvação', a Igreja, em virtude das exigências intimas de sua própria catolicidade e obedecendo à ordem de seu fundador, esforça-se para anunciar o Evangelho a todos os homens[a83] . "Ide, portanto, e fazei que todos os povos se tomem discípulos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a observar tudo quanto vos ordenei. E eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos" (Mt 28,19-20).

(Parágrafos relacionados 738,767)

850         A origem e o escopo da missão. O mandato missionário Senhor tem sua fonte última no amor eterno da Santíssima Trindade: "A Igreja peregrina é, por sua natureza, missionária. Pois ela se origina da missão do Filho e da missão do Espírito Santo, segundo o desígnio de Deus Pai[a84] ". E o fim último da missão não é outro senão fazer os homens participarem da comunhão que existe entre o Pai e o Filho em seu Espírito de amor[a85] .

(Parágrafos relacionados 257,730)

851         O motivo da missão. É do amor de Deus por todos os homens que a Igreja sempre tirou a obrigação e a força de seu clã missionário: "Pois o amor de Cristo nos impele..." (2Cor[a86]  5,14). Com efeito, "Deus quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade" (1Tm 2,4). Deus quer a salvação de todos pelo conhecimento da verdade. A salvação está  na verdade. Os que obedecem à moção do Espírito de verdade já estão no caminho da salvação; mas a Igreja, a quem esta verdade foi confiada, deve ir ao encontro de seu anseio, levando-lhes a mesma verdade. Ela tem de ser missionaria porque crê no projeto universal de salvação.

(Parágrafos relacionados 221,429,74,217,2104,890)

852         Os caminhos da missão. "O Espírito Santo é o protagonista de toda a missão eclesial[a87] ." É ele quem conduz a Igreja pelos caminhos da missão. "Esta missão, no decurso da história, continua e desdobra a missão do próprio Cristo, enviado a evangelizar os pobres. Eis por que a Igreja, impelida pelo Espírito de Cristo, deve trilhar a mesma senda de Cristo, isto é, o caminhos da pobreza, da obediência, do serviço e da imolação de si até a, morte, da qual Ele saiu vencedor por sua Ressurreição[a88] ." É assim que "o sangue dos mártires é uma semente de cristãos[a89] ".

(Parágrafos relacionados 2044,2473)

853         Mas em sua peregrinação "não ignora a Igreja o quanto se distanciam entre si a mensagem que ela profere e a fraqueza humana daqueles aos quais o Evangelho foi confiado[a90] ". Somente avançando pelo caminho "da penitência e da renovação[a91] " e "pela porta estreita da Cruz[a92] " o Povo de Deus pode estender o Reino de Cristo[a93] . Com efeito, "assim como Cristo consumou a obra da redenção na pobreza e na perseguição, assim a Igreja é chamada a seguir o mesmo caminho, a fim de comunicar aos homens os frutos da salvação[a94] "

(Parágrafos relacionados 1428,2443)

854         Por sua própria missão, "a Igreja caminha com a humanidade inteira. Experimenta com o mundo a mesma sorte terrena; é como o fermento e a alma da sociedade humana a ser renovada em Cristo e transformada na família de Deus[a95] ". O esforço missionário exige, pois, a paciência. Começa pelo anúncio do Evangelho aos povos e aos grupos que ainda não crêem em Cristo[a96] ; prossegue no estabelecimento de comunidades cristãs que sejam "sinais da presença de Deus no mundo[a97] " e na fundação de Igrejas locais[a98] ; encaminha um processo de inculturação para encarnar o Evangelho nas culturas dos povos[a99] ; e não deixará  de conhecer também fracassos. “Quanto aos homens, sociedades e povos, apenas gradualmente os atinge e penetra, e assim os assume na plenitude católica[a100] ."

(Parágrafos relacionados 2105,204)

855         A missão da Igreja exige o esforço rumo à unidade dos cristãos[a101] . Efetivamente, "as divisões entre cristãos impedem a Igreja de realizar a plenitude da catolicidade que lhe é própria naqueles filhos que, embora lhe pertençam pelo batismo, estão separados da plena comunhão com ela. Não só isso, mas também para a própria Igreja se torna tanto mais difícil exprimir, na realidade de sua plena catolicidade sob todos os aspectos[a102] "

(Parágrafo relacionado 821)

856         A tarefa missionária implica um diálogo respeitoso com os que ainda não aceitam o Evangelho[a103] . Os fiéis podem tirar proveito para si mesmos deste diálogo, aprendendo a conhecer melhor “tudo quanto de verdade e de graça já se achava entre as nações, numa como que secreta presença de Deus[a104] ". Se anunciam a Boa Nova aos que a desconhecem, é para consolidar, completar e elevar a verdade e o bem que Deus difundiu entre os homens e os povos e para purificá-los do erro e do mal, "para a glória de Deus, a confusão do demônio e a felicidade do homem''[a105] .

(Parágrafos relacionados 839,843)

IV. A Igreja é apostólica

857         A Igreja é apostólica por ser fundada sobre os apóstolos, e isto em um tríplice sentido:

(Parágrafo relacionado 75)

ü      ela foi e continua sendo construída sobre "o fundamento dos apóstolos" (Ef [a106] 2,20), testemunhas escolhidas e enviadas em missão pelo próprio Cristo[a107] ;

ü      ela conserva e transmite, com a ajuda do Espírito que ela habita, o ensinamento[a108] , o depósito precioso, as salutares palavras ouvidas da boca dos apóstolos[a109] ;

(Parágrafo relacionado 171)

ü      ela continua a ser ensinada, santificada e dirigida pelos apóstolos até a volta de Cristo, graças aos que a eles sucedem na missão pastoral: o colégio dos bispos, "assistido pelos presbíteros, em união com o sucessor de Pedro, pastor supremo da Igreja[a110] ".

(Parágrafos relacionados 880,1575)

"Pastor eterno, vós não abandonais o rebanho, mas o guardais constantemente pela proteção dos Apóstolos. E assim a Igreja é conduzida pelos mesmos pastores que pusestes à sua frente como representantes de vosso Filho, Jesus Cristo, Senhor nosso[a111] ".

A MISSÃO DOS APÓSTOLOS

858         Jesus é o Enviado do Pai. Desde o início de seu ministério "chamou a si os que quis, e dentre eles escolheu Doze para estarem com ele e para enviá-los a pregar" (Mc 3,13-14). A partir daquela hora eles serão os seus "enviados" (é o que significa a palavra grega "apóstolo"). Neles continua a sua própria missão: "Como o Pai me enviou, eu também vos envio" (Jo 20[a112] ,21).  Seu ministério é, portanto, a continuação de sua própria missão: "Quem vos recebe a mim recebe", diz ele aos Doze (Mt 10[a113] ,40).

(Parágrafos relacionados 551,425,1086)

859         Jesus associa-os à missão que recebeu do Pai: como "o Filho não pode fazer nada por si mesmo" (Jo 5,19.30), mas recebe tudo do Pai que o enviou, assim os que Jesus envia nada podem fazer sem. ele[a114] , de quem recebem o mandato de missão e o poder de exercê-lo. Os Apóstolos de Cristo sabem, portanto, que são qualificados por Deus como "ministros de Uma aliança nova" (2Cor 3,6), "ministros de Deus" (2Cor 6,4), "embaixadores de Cristo" (2Cor 5,20), "servidores de Cristo e administradores dos mistérios de Deus" (1 Cor 4,1).

(Parágrafo relacionado 876)

860         No encargo dos Apóstolos, há  um aspecto não-transmissível: serem as testemunhas escolhidas da Ressurreição do Senhor e os fundamentos da Igreja. Mas h  também um aspecto permanente de seu ofício. Cristo prometeu-lhes ficar com eles até o fim dos tempos[a115] . "Esta missão divina confiada por Cristo aos Apóstolos deverá  durar até o fim dos século que o Evangelho que eles devem transmitir é para a Igreja, em todos os tempos, a fonte de toda vida. Por esta razão os apóstolos cuidaram de instituir sucessores[a116] ."

(Parágrafos relacionados 642,765,1536)

OS BISPOS, SUCESSORES DOS APÓSTOLOS

861         "Para que a missão a eles confiada fosse continuada após sua morte, confiaram a seus cooperadores imediatos, como que por testamento, o múnus de completar e confirmar a obra iniciada por eles, recomendando-lhes que atendessem a todo o rebanho no qual o Espírito Santo os instituíra para apascentar a Igreja de Deus. Constituíram, pois, tais varões e administraram-lhes, depois, a ordenação a fim de que, quando eles morressem outros homens íntegros assumissem seu [a117] ministério."

(Parágrafos relacionados 77,1087)

862         "Assim como permanece o múnus que o Senhor concedeu singularmente a Pedro, o primeiro dos apóstolos, a ser transmitido a seus sucessores, da mesma forma permanece todos Apóstolos de apascentar a Igreja, o qual deve ser exercido para sempre pela sagrada ordem dos Bispos." Eis por que a Igreja ensina que "os bispos, por instituição divina, sucederam aos apóstolos como pastores da Igreja, de sorte quem os ouve, ouve a Cristo, e quem os despreza, despreza a (aquele por quem Cristo [a118] foi enviado".

(Parágrafos relacionados 880,1556)

O APOSTOLADO

863         Toda a Igreja é apostólica na medida em que, por meio dos sucessores de São Pedro e dos apóstolos, permanece em comunhão de fé e de vida com sua origem. Toda a Igreja é apostólica na  medida em que é "enviada" ao mundo inteiro; todos os membros da Igreja, ainda que de formas diversas, participam deste envio. "A vocação cristã é também por natureza vocação ao apostolado." Denomina-se "apostolado" "toda a atividade do Corpo Místico" que tende a "estender o reino de Cristo a toda [a119] a terra".

(Parágrafos relacionados 900,2472)

864         "Sendo Cristo enviado pelo Pai a fonte e a origem de todo apostolado da Igreja", é evidente que a fecundidade do apostolado, tanto o dos ministros ordenados como o dos leigos, depende de sua união vital com Cristo[a120] . De acordo com as vocações, os apelos da época e os dons variados do Espírito Santo, o apostolado assume as formas mais diversas. Mas é sempre a caridade, haurida sobretudo na Eucaristia, "que e como que a alma de todo apostolado[a121] ".

(Parágrafos relacionados 828,824,1324)

865         A Igreja é una, santa, católica e apostólica em sua identidade profunda e última, porque é nela que já  existe e será consumado no fim dos tempos "o Reino dos céus", "o Remo de Deus[a122] ", que veio na Pessoa de Cristo e cresce misteriosamente no coração dos que lhe são incorporados, até sua plena manifestação escatológica. Então todos os homens remidos por ele, tornados nele "santos e imaculados na presença de Deus no Amor[a123] ", serão reunidos como o único Povo de Deus, "a Esposa do Cordeiro[a124] ", "a Cidade Santa descida do Céu, de junto de Deus, com a Glória de Deus nela[a125] ", e "a muralha da cidade tem doze alicerces, sobre os quais estão os nomes dos doze Apóstolos do Cordeiro" (Ap 21,14).

(Parágrafos relacionados 811,541)

RESUMINDO

866         A Igreja é una: tem um só Senhor, confessa uma só fé, nasce de um só Batismo, forma um só Corpo, vivificado por um só Espírito, em vista de uma única esperança[a126] , no fim da qual serão superadas todas as divisões.

867         A Igreja é santa: o Deus Santíssimo é seu autor; Cristo, seu esposo, se entregou por ela para santificá-la; o Espírito de santidade a vivifica. Embora congregue pecadores, ela é "imaculada (feita) de maculados" ("ex maculatis immaculata"). Nos santos brilha a santidade da Igreja; em Maria esta já  é a toda santa.

868         A Igreja é católica: anuncia a totalidade da fé; traz em si e administra a plenitude dos meios de salvação; é enviada a todos os povos; dirige-se a todos os homens; abarca todos os tempos; "ela é, por sua própria natureza, missionária[a127] ".

869         A Igreja é apostólica: está  construída sobre fundamentos duradouros: "Os doze Apóstolos do Cordeiro[a128] "; ela é indestrutível[a129] ; é infalivelmente mantida na verdade: Cristo a governa por meio de Pedro e dos demais apóstolos, presentes em seus sucessores, o Papa e o colégio dos Bispos.

870         "A única Igreja de Cristo, que no Símbolo confessamos una, santa, católica e apostólica... subsiste na Igreja católica, governada pelo sucessor de Pedro e pelos bispos em comunhão com ele, embora fora de sua estrutura visível se encontrem numerosos elementos de santificação e de verdade[a130] . "

 

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Rev.2 de  dez/2003


 [a1] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  8

 [a2] DS 2888.

 [a3] DS 3013

 [a4] Unitatis redintegratio; Decreto; Vaticano II; 11/11/64, ITEM 2

 [a5] Unitatis redintegratio; Decreto; Vaticano II; 11/11/64, ITEM 2

 [a6]  Constituição do Vaticano II; 07/12/65  - Gaudium et spes nº 78§3

 [a7] Unitatis redintegratio; Decreto; Vaticano II; 11/11/64, ITEM 2.

 [a8] S. Clemente de Alexandria, pæd. 1, 6 

 [a9] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item 13

 [a10] cf.  Unitatis redintegratio; Decreto; Vaticano II; 11/11/64, ITEM  2; Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  14; Codex Iuris Canonici 205.

 [a11] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item 8.

 [a12] Unitatis redintegratio; Decreto; Vaticano II; 11/11/64, ITEM  3.

 [a13] Unitatis redintegratio; Decreto; Vaticano II; 11/11/64, ITEM 3.

 [a14] Codex Iuris Canonici  751.

 [a15] Orígenes, Hom. In Ezech. 9,1.

 [a16] Unitatis redintegratio; Decreto; Vaticano II; 11/11/64, ITEM 3

 [a17] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item 8

 [a18]  Unitatis redintegratio; Decreto; Vaticano II; 11/11/64, ITEM 3;cf Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  15.

 [a19] Unitatis redintegratio; Decreto; Vaticano II; 11/11/64, ITEM 3

 [a20]  Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  8

 [a21] Unitatis redintegratio; Decreto; Vaticano II; 11/11/64, ITEM 4

 [a22] Unitatis redintegratio; Decreto; Vaticano II; 11/11/64, ITEM 1

 [a23] Unitatis redintegratio; Decreto; Vaticano II; 11/11/64, ITEM 6

 [a24] Unitatis redintegratio; Decreto; Vaticano II; 11/11/64, ITEM 7

 [a25]  Unitatis redintegratio; Decreto; Vaticano II; 11/11/64, ITEM 8

 [a26] Unitatis redintegratio; Decreto; Vaticano II; 11/11/64, ITEM 9

 [a27]Unitatis redintegratio; Decreto; Vaticano II; 11/11/64, ITEM  10

 [a28]Unitatis redintegratio; Decreto; Vaticano II; 11/11/64, ITEM 4;9;11

 [a29]Unitatis redintegratio; Decreto; Vaticano II; 11/11/64, ITEM 12

 [a30] Unitatis redintegratio; Decreto; Vaticano II; 11/11/64, ITEM 5

 [a31] Unitatis redintegratio; Decreto; Vaticano II; 11/11/64, ITEM 24

 [a32]Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  39

 [a33] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item 12

 [a34] cf. At 9, 13 ; 1 Cor 6, 1 ; 16, 1 

 [a35] Sacrosanctum concilium; Constituição; Vaticano II; 04/12/63 item  10

 [a36] Unitatis redintegratio; Decreto; Vaticano II; 11/11/64, ITEM  3

 [a37] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  48

 [a38] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  48

 [a39] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item 11

 [a40]  Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  42

 [a41] Sta. Terezina so Menino-Jesus, ms. autob. B 3v 

 [a42] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  8; cf. Unitatis redintegratio; Decreto; Vaticano II; 11/11/64, ITEM  3;6

 [a43] cf. 1 Jo 1, 8-10 

 [a44]  cf. Mt 13, 24-30 

 [a45] Credo do Povo de Deus: profissão de fé solene; Motu Proprio; Paulo VI; 30/06/68, item 19.

 [a46] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item 40; 48-51

 [a47] Christifideles laici; Exortação Apostólica; João Paulo II; 30/12/88 item 16§3

 [a48] Christifideles laici; Exortação Apostólica; João Paulo II; 30/12/88, item 17§3

 [a49] Conforme  Constituição Dogmática Concílio Vaticano II « Lumen gentium » item 65

 [a50] S.  Inácio de Antioquia, Smyrn. 8, 2 

 [a51] cf. Ef 1, 22-23 

 [a52] Ad Gentes; Decreto; Vaticano II; 07/12/65 item 6

 [a53] Ad Gentes; Decreto; Vaticano II; 07/12/65 item 4.

 [a54]  cf. Mt 28, 19 

 [a55] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  13

 [a56]  Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item 26

 [a57]  cf. CD 11 ; CIC, can. 368-369 ; CCEO 177, 1 ; 178 ; 311, 1 ; 312 

 [a58] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  23

 [a59] S.  Inácio de Antioquia, Rom. 1, 1 

 [a60] S.  Irineu, hær. 3, 3, 2 : retomado pelo Concilio de  Vaticano I : DS 3057

 [a61] S.  Máximo le Confesseur, opusc. : PG 91, 137-140 

 [a62] Evangelii nuntiandi; Exortação Apostólica; Paulo VI; 08/12/65; item  62

 [a63]  Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item 23

 [a64] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  13

 [a65] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item 14

 [a66] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  15

 [a67] Unitatis redintegratio; Decreto; Vaticano II; 11/11/64, ITEM 3

 [a68] Paulo VI, discurso 14 de dezembro de 1975 ; cf. Unitatis redintegratio; Decreto; Vaticano II; 11/11/64, ITEM  13-18 

 [a69]  Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item 16

 [a70] Nostra aetate; Declaração; Vaticano II; 28/10/65; item  4

 [a71] Missale Romanum; Evangelistarium romanum; 1975, 6ª feira santa, orção universal VI

 [a72] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item 16; Nostra aetate; Declaração; Vaticano II; 28/10/65; item  3

 [a73] Nostra aetate; Declaração; Vaticano II; 28/10/65; item 1.

 [a74] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  16; cf Nostra aetate; Declaração; Vaticano II; 28/10/65; item 2; Evangelii nuntiandi; Exortação Apostólica; Paulo VI; 08/12/65; item 53.

 [a75] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item 16

 [a76] S.  Agostinho, serm. 96, 7, 9 : PL 38, 588 

 [a77] S.  Ambrósio, virg. 18, 118 : PL 16, 297B 

 [a78] 1 Pd 3, 20-21 

 [a79] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item 14

 [a80] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  16 ; cf. DS 3866-3872 

 [a81] Hb 11, 6 

 [a82] Ad Gentes; Decreto; Vaticano II; 07/12/65, item  7

 [a83] Ad Gentes; Decreto; Vaticano II; 07/12/65, item  1

 [a84] Ad Gentes; Decreto; Vaticano II; 07/12/65, item  2

 [a85]  Redemptoris  Missio; Encíclica; João Paulo II; 07/12/90; item   23

 [a86] cf Apostolicam actuositatem; Decreto; Vaticano II; 18/11/65, item 6; Redemptoris  Missio; Encíclica; João Paulo II; 07/12/90; item  11

 [a87] Redemptoris  Missio; Encíclica; João Paulo II; 07/12/90; item  21

 [a88] Ad Gentes; Decreto; Vaticano II; 07/12/65, item  5

 [a89] Tertuliano, apol. 50 

 [a90] Constituição do Vaticano II; 07/12/65  - Gaudium et spes nº 43§6

 [a91] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item 8.cf Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  15

 [a92] Ad Gentes; Decreto; Vaticano II; 07/12/65, item 1

 [a93] Redemptoris  Missio; Encíclica; João Paulo II; 07/12/90; item  12-20

 [a94] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  8

 [a95] Constituição do Vaticano II; 07/12/65  - Gaudium et spes nº 40§2

 [a96] Redemptoris  Missio; Encíclica; João Paulo II; 07/12/90; item   42-47

 [a97] Ad Gentes; Decreto; Vaticano II; 07/12/65, item 15

 [a98] Redemptoris  Missio; Encíclica; João Paulo II; 07/12/90; item  48-49

 [a99] Redemptoris  Missio; Encíclica; João Paulo II; 07/12/90; item  52-54

 [a100] Ad Gentes; Decreto; Vaticano II; 07/12/65, item  6

 [a101] Redemptoris  Missio; Encíclica; João Paulo II; 07/12/90; item  50

 [a102] Unitatis redintegratio; Decreto; Vaticano II; 11/11/64, ITEM 4

 [a103] Redemptoris  Missio; Encíclica; João Paulo II; 07/12/90; item  55.

 [a104] Ad Gentes; Decreto; Vaticano II; 07/12/65, item

 [a105] Ad Gentes; Decreto; Vaticano II; 07/12/65 item 9

 [a106] Ap 21, 14 

 [a107] cf. Mt 28, 16-20 ; At 1, 8 ; 1 Cor 9, 1 ; 15, 7-8 ; Gl 1, 1 ; etc

 [a108] cf. At 2, 42 

 [a109] (  cf. 2 Tm 1, 13-14

 [a110] Ad Gentes; Decreto; Vaticano II; 07/12/65, item 5

 [a111] Missale Romanum; Evangelistarium romanum; 1975, Prefacio dos apóstolos I

 [a112]  Jo. 13, 20 ; 17, 18 

 [a113] Lc 10,16

 [a114] cf. Jo 15, 5 

 [a115] cf. Mt 28, 20 

 [a116] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  20

 [a117] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  20 ; cf. S.  Clemente de Roma, Cor. 42 ; 44 

 [a118] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  20

 [a119] Apostolicam actuositatem; Decreto; Vaticano II; 18/11/65 item 2

 [a120] cf. Jo 15, 5 ; Apostolicam actuositatem; Decreto; Vaticano II; 18/11/65 item 5 

 [a121] Apostolicam actuositatem; Decreto; Vaticano II; 18/11/65 item 3

 [a122] cf. Ap 19, 6 

 [a123] cf. Ef 1, 4 

 [a124] Ap 21, 9 

 [a125] Ap 21, 10-11 

 [a126] cf. Ef 4, 3-5 

 [a127] Ad Gentes; Decreto; Vaticano II; 07/12/65 item 2

 [a128] Ap 21, 14

 [a129] cf. Mt 16, 18 

 [a130] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  8