Catecismo da Igreja Católica

PRIMEIRA PARTE - SEGUNDA SEÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ

OS SÍMBOLOS DA FÉ

CAPITULO III - ARTIGO 9

"CREIO NA SANTA IGREJA CATÓLICA"

748         "Sendo Cristo a Luz dos Povos, este sacrossanto Sínodo, congregado no Espírito Santo, deseja ardentemente anunciar o Evangelho a toda criatura e iluminar todos os homens com a claridade de Cristo que resplandece na face da Igreja[a1] . " É com essas palavras que começa a “Constituição dogmática sobre a Igreja" do Concílio Vaticano II. Com isso, o Concílio mostra que o artigo de fé sobre a Igreja depende inteiramente dos artigos concernentes a Cristo Jesus. A Igreja não tem outra luz senão a de Cristo; segundo uma imagem cara aos Padres da Igreja, ela é comparável à lua, cuja luz toda é reflexo do sol.

749         O artigo sobre a Igreja depende também inteiramente do artigo sobre o Espírito, que o precede. "Com efeito, após termos mostrado que o Espírito Santo é a fonte e o doador de toda santidade[a2] , confessamos agora que foi Ele quem dotou a Igreja de Santidade. "Segundo a expressão dos Padres, a Igreja é o lugar "onde floresce o Espírito[a3] ".

750         Crer que a Igreja é "santa" e "católica" e que ela é "una" e "apostólica" (como acrescenta o Símbolo niceno-constantinopolitano) é inseparável da fé em Deus Pai, Filho e Espírito Santo No Símbolo dos Apóstolos, fazemos profissão de crer em uma Igreja Santa ("Credo... Ecclesiam"), e não na Igreja, para não confundir Deus com suas obras e para atribuir claramente à bondade de Deus todos os dons que ele pôs em sua Igreja[a4] .

(Parágrafos relacionados 811,169)

PARÁGRAFO I

A IGREJA NO DESÍGNIO DE DEUS

I. As denominações e as imagens da Igreja

751         A palavra "Igreja" ["ekklésia", do grego "ekkaléin"  "chamar fora"] significa "convocação". Designa assembléias do povo, geralmente de caráter religioso. É o termo freqüentemente usado no Antigo Testamento grego para a assembléia do povo [a5] eleito diante de Deus, sobretudo para a assembléia do Sinai, onde Israel recebeu a Lei e foi constituído por Deus como seu Povo santo[a6] . Ao denominar-se "Igreja", a primeira comunidade dos que criam em Cristo se reconhece herdeira dessa assembléia. Nela, Deus "convoca" seu Povo de todos os confins da terra. O termo "Kyriakà", do qual deriva "Church", "Kirche", significa "a que pertence ao Senhor".

752         Na linguagem cristã, a palavra "Igreja" designa a assembléia litúrgica[a7] , mas também a comunidade local [a8] ou toda a comunidade universal dos crentes[a9] . Esses três significados são inseparáveis. "A Igreja" é o Povo que Deus reúne no mundo inteiro. Existe nas comunidades locais e se realiza como assembléia litúrgica, sobretudo eucarística. Ela vive da Palavra e do Corpo de Cristo e se torna, assim, Corpo de Cristo.

(Parágrafos relacionados 1140,832,830)

Os SÍMBOLOS DA IGREJA

753         Na Sagrada Escritura, encontramos uma multidão de imagens e figuras interligadas, pelas quais a revelação fala do mistério inesgotável da Igreja. As imagens tiradas do Antigo Testamento constituem variações de uma idéia de fundo, a do “Povo de Deus". No Novo Testamento[a10] , todas essas imagens entram um novo centro pelo fato de Cristo tornar-se "a Cabeça” deste povo[a11] , que é, então, seu Corpo. Em torno deste centro agruparam-se imagens "tiradas ou da vida pastoril ou da vida dos campos, ou do trabalho de construção ou da família e do casamento[a12] ".

(Parágrafos relacionados 781,789)

754         "Com efeito, a Igreja é o redil, do qual Cristo é: a única e necessária porta[a13] . Ela é também a grei, da qual o próprio Deus prenunciou que seria o pastor[a14] . Suas ovelhas, embora gover­nadas por pastores humanos, são, contudo, incessantemente conduzidas e alimentadas pelo próprio Cristo, Bom Pastor e Príncipe dos pastores[a15] , que deu sua vida por suas [a16] ovelhas[a17] ".

(Parágrafo relacionado 857)

755         "A Igreja é a lavoura ou campo de Deus (1 Cor 3,9). Nesse campo cresce a oliveira antiga, cuja raiz santa foram os Patriarcas e em que foi feita e se fará  a reconciliação dos judeus e dos gentios[a18] . Ela foi plantada pelo celeste Viticultor como vinha eleita[a19] .  Cristo é a verdadeira Vide, que dá  vida e fecundidade aos ramos, que dizer, a nós, que pela Igreja permanecemos nele, sem o qual nada podermos fazer[a20] [a21] ".

(Parágrafo relacionado 795)

756         "Com freqüência a Igreja é também chamada de construção de Deus[a22] . O próprio Senhor comparou-se à pedra que os construtores rejeitaram e se tornou a pedra angular (Mt 21,42 par.; At 4,11; 1 Pd 2,7; Sl 118,22). Sobre este fundamento a Igreja é construída pelos apóstolos[a23] , e dele recebe firmeza e coesão. Essa construção recebe vários nomes: casa de Deus (1 Tm 3,15)  na qual habita sua família, morada de Deus no Espírito[a24] , tenda de Deus entre os homens [a25] e principalmente templo santo, que, representado pelos santuários de pedra, é louvado pelos santos Padres e, não sem razão, comparado na Liturgia com a Cidade santa, a nova Jerusalém. Pois nela somos, nesta terra, como as pedras vivas que entram na construção[a26] . E João contempla esta cidade santa que, na renovação do mundo, desce do céu, de junto de Deus, adornada como uma esposa enfeitada para seu esposo (Ap [a27] 21,1-2).

(Parágrafos relacionados 857,797,1045)

757         "A Igreja é chamada também de 'Jerusalém celeste' e 'nossa  Mãe' (Gl [a28] 4,26). É ainda descrita como a esposa imaculada do Cordeiro imaculado[a29] . Cristo 'amou-a e por Ela se entregou, a fim de santificá-la' (Ef 5,26); associou-a a si por uma aliança indissolúvel e incessantemente 'a nutre e dela cuida' (Ef [a30] 5,29)."

(Parágrafos relacionados 507,796,1616)

II. Origem, fundação e missão da Igreja

758         Para perscrutar o mistério da Igreja, convém meditar primeiro sobre sua origem no desígnio da Santíssima Trindade e sobre sua realização progressiva no curso da história.

(Parágrafo relacionado 257)

UM PROJETO NASCIDO NO CORAÇÃO DO PAI

759         "O Pai eterno, por libérrimo e arcano desígnio de sua sabedoria e bondade, criou todo o universo; decidiu elevar os homens à comunhão da vida divina", à qual chama todos os homens em seu Filho: "Todos os que crêem em Cristo, o Pai quis chamá-los a formarem a santa Igreja". Esta "família de Deus" se constitui e se realiza gradualmente ao longo das etapas da história humana, segundo as disposições do Pai. Com efeito, "desde a origem do mundo a Igreja foi prefigurada. Foi admiravelmente preparada na história do povo de Israel e na antiga aliança. Foi fundada nos últimos tempos. Foi manifestada pela efusão do Espírito. E no fim dos tempos será  gloriosamente consumada[a31] ".

(Parágrafo relacionado 293)

A IGREJA  PREFIGURADA DESDE A ORIGEM DO MUNDO

760         "O mundo foi criado em vista da Igreja", diziam os cristãos dos primeiros tempos[a32] . Deus criou o mundo em vista da comunhão com sua vida divina, comunhão esta que se realiza pela “convocação” dos homens em Cristo, e esta “convocação” é a Igreja. A Igreja é a finalidade de todas as coisas[a33] , e as próprias vicissitudes dolorosas, como a queda dos anjos e o pecado do homem, só foram permitidas por Deus como ocasião e meio para desdobrar toda a força de seu braço, toda a medida de amor que Ele queria dar ao mundo:

(Parágrafos relacionados 294,309)

Assim como a vontade de Deus é um ato e se chama mundo, assim também sua intenção é a salvação dos homens e se chama Igreja[a34] .

A IGREJA  PREPARADA NA ANTIGA ALIANÇA

761         O congraçamento do povo de Deus começa no instante em que o pecado destrói a comunhão dos homens com Deus e a dos homens entre si. A convocação da Igreja é por assim dizer a reação de Deus ao caos provocado pelo pecado. Esta reunificação realiza-se secretamente dentro de todos os povos: "Em qualquer nação, quem o teme e pratica a justiça lhe é agradável" (At [a35] 10,35).

(Parágrafo relacionado 55)

762         A preparação longínqua da reunião do Povo de Deus começa com a vocação de Abraão, a quem Deus promete que será  o pai de um grande povo[a36] . A preparação imediata tem seus inícios com a eleição de Israel como povo de Deus[a37] . Por sua eleição, Israel deve ser o sinal do congraçamento futuro de todas as nações[a38] . Mas já os profetas acusam Israel de ter rompido a aliança e de ter-se comportado como uma prostituta[a39] . Anunciam uma nova e eterna Aliança[a40] . "Esta Aliança Nova, Cristo a instituiu[a41] ."

(Parágrafos relacionados 122,522,60,84)

A IGREJA - INSTITUÍDA POR CRISTO JESUS

763         Cabe ao Filho realizar, na plenitude dos tempos, o plano de salvação de seu Pai. Este é o motivo de sua "missão[a42] ". "O Senhor Jesus iniciou sua Igreja pregando a Boa Nova, isto é, o advento do Reino de Deus prometido nas Escrituras havia séculos[a43] ."  Para cumprir a vontade do Pai, Cristo inaugurou o Reino dos Céus na terra. A Igreja "é o Reino de Cristo já misteriosamente presente[a44] "'.

(Parágrafo relacionado 541)

764         "Este Reino manifesta-se lucidamente aos homens na palavra, nas obras e na presença de Cristo[a45] ." Acolher a palavra de Jesus é "acolher o próprio Reino[a46] ". O germe e o começo do Reino são o "pequeno rebanho" (Lc 12,32) dos que Jesus veio convocar em torno de si, dos quais ele mesmo é o pastor[a47] ”. Eles constituem a verdadeira família de Jesus[a48] . Aos que assim reuniu em torno dele, ensinou uma "maneira de agir" nova e também uma oração própria[a49] .

(Parágrafos relacionados 543,1691,2558)

765         O Senhor Jesus dotou sua comunidade de uma estrutura que permanecerá  até a plena consumação do Reino. Há  antes de tudo a escolha dos Doze, com Pedro como seu chefe[a50] . Representando as doze tribos de Israel[a51] , eles são as pedras de fundação da nova Jerusalém[a52] . Os Doze [a53] e os outros discípulos [a54] participam da missão de Cristo, de seu poder, mas também de sua sorte (cf. Mt 10, 25 ; Jo 15, 20) . Por meio de todos os esses atos, Cristo prepara e constrói sua Igreja.

(Parágrafos relacionados 551,860)

766         Mas a Igreja nasceu primeiramente do dom total de Cristo para nossa salvação, antecipado na instituição da Eucaristia e realizado na Cruz. "O começo e o crescimento da Igreja são significados pelo sangue e pela  água que saíram do lado aberto de Jesus crucificado[a55] ." "Pois do lado de Cristo dormindo na Cruz é que nasceu o admirável sacramento de toda a Igreja[a56] ." Da mesma forma que Eva foi formada do lado de Adão adormecido, assim a Igreja nasceu do coração traspassado de Cristo morto na Cruz[a57] .

(Parágrafos relacionados 813,610,1340,617,478)

A IGREJA  MANIFESTADA PELO ESPÍRITO SANTO

767         "Terminada a obra que o Pai havia confiado ao Filho para realizará na terra, foi enviado o Espírito Santo no dia de Pentecostes para santificar a Igreja permanentemente[a58] ." Foi então que "a Igreja se manifestou publicamente diante da multidão e começou a difusão do Evangelho com a pregação[a59] ". Por ser "convocação" de todos os homens para a salvação, a Igreja é, por sua própria natureza, missionária enviada por Cristo a todos os povos para fazer deles discípulos[a60] .

(Parágrafos relacionados 731,849)

768         Para realizar sua missão, o Espírito Santo "dota e dirige a Igreja mediante os diversos dons hierárquicos e carismáticos[a61] . "Por isso a Igreja, enriquecida com os dons de seu Fundador e empenhando-se em observar fielmente seus preceitos de caridade, humildade e abnegação, recebeu a missão de anunciar o Reino de Cristo e de Deus e de estabelecê-lo em todos os povos; deste Reino ela constitui na terra o germe e o início[a62] ."

(Parágrafo relacionado 541)

A IGREJA - CONSUMADA NA GLÓRIA

769         "A Igreja... só terá  sua consumação na glória celeste [a63] quando do retomo glorioso de Cristo. Até aquele dia, "a Igreja avança em sua peregrinação por meio das perseguições do mundo e das consolações de Deus[a64] ". Aqui na terra, sabe que está em exílio, longe do Senhor [a65] e aspira ao advento pleno do Reino, "a hora em que ela será, 'na glória, reunida a seu Rei[a66] ". A consumação da Igreja e, por meio dela, a do mundo, na glória, não acontecerá  sem grandes provações. Só então "todos os justos, desde Adão, em seguida Abel, o justo, até o último eleito, serão congregados junto do Pai na Igreja universal[a67] "

(Parágrafos relacionados 671,2818,675,1045)

III. O mistério da Igreja

770         A Igreja está na história, mas ao mesmo tempo a transcende. É unicamente "com os olhos da [a68] " que se pode enxergar em sua realidade visível, ao mesmo tempo, uma realidade espiritual, portadora de vida divina.

(Parágrafo relacionado 812)

A IGREJA - AO MESMO TEMPO VISÍVEL E ESPIRITUAL

771         "O Mediador único, Cristo, constituiu e incessantemente sustenta aqui na terra sua santa Igreja, comunidade de fé, esperança e caridade, como um 'todo' visível pelo qual difunde a verdade e a graça a todos."  A Igreja é ao mesmo tempo:

(Parágrafos relacionados 827,1880,954)

ü      "sociedade provida de órgãos hierárquicos e Corpo Místico de Cristo;

ü      assembléia visível e comunidade espiritual;

ü      Igreja terrestre e Igreja enriquecida de bens celestes".

Essas dimensões constituem "uma só realidade complexa em que se funde o elemento divino e humano[a69] ":

Caracteriza-se a Igreja por ser humana e ao mesmo tempo divina, visível, mas ornada de dons invisíveis, operosa na ação e devotada à contemplação presente no mundo e, no entanto, peregrina. E isso de modo que nela o humano se ordene divino e a ele se subordine, o visível ao invisível, a ação à contemplação e o presente à cidade futura, que buscamos[a70] .

Ó humildade! Ó sublimidade! Tabernáculo de Cedar e santuário de Deus; morada terrestre e palácio celeste; casa de barro e sala régia; corpo de morte e templo de luz; finalmente, desprezo para os soberbos e esposa de Cristo! És negra, mas formosa, ó filha de Jerusalém: ainda que desfigurada pelo labor e pelado longo exílio, a beleza celeste te adorna[a71] .

A IGREJA - MISTÉRIO DA ÚNICO DOS HOMENS COM DEUS

772         É na Igreja que Cristo realiza e revela seu próprio mistério como a meta do desígnio de Deus: "Recapitular tudo nele” (Ef 1,10). São Paulo denomina de "grande mistério" (Ef 5,32) a união esponsal entre Cristo e a Igreja. Por estar ela unida a Cristo como a seu Esposo[a72] , a própria Igreja também se torna mistério. Contemplando nela o mistério[a73] , São Paulo exclama "Cristo em vós, a esperança da glória" (Cl 1,27).

(Parágrafos relacionados 518,796)

773         Na Igreja, esta comunhão dos homens com Deus pela "caridade que nunca passará" (1 Cor 13,8) é a finalidade que comanda tudo o que nela é meio sacramental ligado ao mundo presente que passa[a74] . Sua estrutura se ordena integralmente à santidade dos membros do corpo místico de Cristo. E a santidade é medida segundo o 'grande mistério', em que a  Esposa responde com o dom do amor ao dom do Esposo[a75] . Maria nos precede a todos na santidade que é o mistério da Igreja como "a Esposa sem mancha nem ruga[a76] ". Por isso, "a dimensão marial da Igreja antecede sua dimensão petrina[a77] ".

(Parágrafos relacionados 671,972)

A IGREJA - SACRAMENTO UNIVERSAL DA SALVAÇÃO

774         A palavra grega "mysterion" foi traduzida para o latim por dois termos: "mysterium" e "sacramentum". Na interpretação ulterior, o termo "sacramentum" exprime mais o sinal visível da realidade escondida da salvação, indicada pelo termo "mysterium". Neste sentido, Cristo mesmo é o mistério da salvação: "Non est enim aliud Dei mysterium, Christus - Pois não existe outro mistério de Deus a não ser Cristo[a78] ”. A obra salvífica de sua humanidade santa e santificante é o sacramento da salvação que se manifesta e age nos sacramentos da Igreja (que as Igrejas do Oriente denominam também "os santos mistérios"). Os sete sacramentos são os sinais e os instrumentos pelos quais o Espírito Santo difunde a graça de Cristo, que é a Cabeça, na Igreja, que é seu Corpo. A Igreja contém, portanto, e comunica a graça invisível que ela significa. É neste sentido analógico que ela é chamada de "sacramento".

(Parágrafos relacionados 1075,515,2014,1116)

775         "A Igreja é, em Cristo, como que o sacramento ou o sinal e instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o gênero humano[a79] ." Ser o sacramento da união íntima dos homens com Deus é o primeiro objetivo da Igreja. Visto que a comunhão entre os homens está  enraizada na união com Deus,  a Igreja é também o sacramento da unidade do gênero humano. Nela, esta unidade já  começou, pois ela congrega homens  "de toda nação, raça, povo e língua" (Ap 7,9); ao mesmo tempo, a Igreja é "sinal e instrumento" da plena realização desta unidade que ainda deve vir.

(Parágrafo relacionado 360)

776         Como sacramento, a Igreja é instrumento de Cristo. "Nas mãos dele, ela é o instrumento da Redenção de todos os homens[a80] " o sacramento universal da salvação[a81] " pelo qual Cristo "manifesta e atualiza o amor de Deus pelos homens[a82] ". Ela "é o projeto visível do amor de Deus pela humanidade[a83] " que quer que o "gênero humano inteiro constitua o único povo de Deus, se congregue no único Corpo de Cristo, seja construído no único templo do Espírito Santo[a84] ".

(Parágrafo relacionado 1088)

RESUMINDO

777         A palavra "Igreja" significa "convocação". Designa a assembléia daqueles que a Palavra de Deus convoca para formarem o Povo de Deus e que, alimentados pelo Corpo de Cristo, se tornam Corpo de Cristo.

778         A Igreja é ao mesmo tempo caminho e finalidade do desígnio de Deus: prefigurada na criação, preparada na Antiga Aliança, fundada pelas palavras e atos de Jesus Cristo, realizada por sua Cruz redentora e por sua Ressurreição, ela é manifestada como mistério de salvação pela efusão do Espírito Santo Será  consuma na glória do céu como assembléia de todos os resgatados da terra[a85] . 

779         A Igreja é ao mesmo tempo visível e espiritual, sociedade hierárquica e Corpo Místico de Cristo. Ela é una, formada de elemento humano e um elemento divino. Somente a fé pode acolher este mistério. 

780         A Igreja é no mundo presente o sacramento da salvação, o sinal e o instrumento da comunhão de Deus e dos homens.

PARÁGRAFO 2 - A IGREJA  -

POVO DE DEUS, CORPO DE CRISTO TEMPLO DO ESPÍRITO SANTO

I. A Igreja - Povo de Deus

781         "Em qualquer época e em qualquer povo é aceito por Deus todo aquele que o teme e pratica a justiça. Aprouve, contudo, a Deus santificar e salvar os homens não singularmente, sem nenhuma conexão uns com os outros, mas constituí-los num povo, que o conhecesse na verdade e santamente o servisse. Escolheu, por isso Israel como seu povo. Estabeleceu com ele uma aliança e instruiu-o passo a passo... Tudo isso, porém, aconteceu em preparação e figura para aquela nova e perfeita aliança que se estabeleceria em Cristo... Esta é a Nova Aliança, isto é o Novo Testamento em seu sangue, chamando de entre judeus e gentios um povo que junto crescesse na unidade, não segundo a carne, mas no Espírito[a86] .

As Características do POVO DE DEUS

782         O Povo de Deus tem características que o distinguem nitidamente de todos os agrupamentos religiosos, étnicos, políticos ou culturais da história:

(Parágrafo relacionado 871)

ü      Ele é o Povo de Deus: Deus não pertence, como propriedade, a nenhum povo. Mas adquiriu para si um povo dentre os que outrora não eram um povo: "Uma raça eleita, um sacerdócio régio, uma nação santa" (1Pd 2,9).

(Parágrafo relacionado 2787)

ü      A pessoa torna-se membro deste povo não pelo nascimento físico, mas pelo "nascimento do alto", "da  água e do Espírito" (Jo 3,3-5), isto é, pela fé em Cristo e pelo Batismo.

(Parágrafo relacionado 1267)

ü      Este povo tem por Chefe (Cabeça) Jesus Cristo (Ungido, Messias); pelo fato de a mesma Unção, o Espírito Santo, fluir da Cabeça para o Corpo, ele é "o Povo messiânico”.

(Parágrafo relacionado 695)

ü      A condição deste povo é a dignidade da liberdade dos filhos de Deus: nos corações deles, como em um templo, reside o Espírito Santo

(Parágrafo relacionado 1741)

ü      "Sua lei é o mandamento novo de amar como Cristo mesmo nos amou[a87] .". É a lei "nova" do Espírito Santo[a88] .

(Parágrafo relacionado 1972)

ü      Sua missão é ser o sal da terra e a luz do mundo[a89] . “Ele constitui para todo o gênero humano o mais forte germe de unidade, esperança e salvação[a90] ."

(Parágrafo relacionado 849)

ü      Finalmente, sua meta é "o Reino de Deus, iniciado na terra por Deus mesmo, Reino a ser estendido mais e mais, até que, no fim dos tempos, seja consumado por Deus mesmo[a91] ".

(Parágrafo relacionado 769)

UM POVO SACERDOTAL, PROFÉTICO E RÉGIO

783         Jesus Cristo é aquele que o Pai ungiu com o Espírito Santo e que constituiu "Sacerdote, Profeta e Rei". O Povo de Deus inteiro participa dessas três funções de Cristo e assume as responsabilidades de missão e de serviço que daí decorrem[a92] .

(Parágrafos relacionados 436,873)

784         Ao entrar no Povo de Deus pela fé e pelo Batismo, recebe-se participação na vocação única deste povo, em sua vocação sacerdotal: "Cristo Senhor, Pontífice tomado dentre os homens, fez do novo povo 'um reino e sacerdotes para Deus Pai'. Pois os batizados, pela regeneração e unção do Espírito Santo, são consagrados para ser uma morada espiritual e sacerdócio santo[a93] .

(Parágrafos relacionados 1268,1546)

785         "O povo santo de Deus participa também da função profética de Cristo." Isso se verifica de modo particular pelo sentido sobrenatural da fé, que é de todo o povo, leigos e hierarquia, apegando-se "indefectivelmente à fé uma vez para sempre transmitida aos santos[a94] ", e aprofunda a compreensão da mesma e torna-se testemunha de Cristo no meio deste mundo.

(Parágrafo relacionado 92)

786         O Povo de Deus participa finalmente da função régia de Cristo. Cristo exerce sua realeza atraindo para si todos os homens por sua morte e Ressurreição[a95] . Cristo, Rei e Senhor do universo, se fez servidor de todos, não veio "para ser servido, mas para servir e para dar sua vida em resgate por muitos” (Mt 20,28). Para o cristão, "reinar é servir[a96] ", particularmente "nos pobres e nos sofredores, nos quais a Igreja reconhece a imagem de seu Fundador pobre e sofredor[a97] ". O povo de Deus realiza sua "dignidade régia" vivendo em conformidade com esta vocação de servir com Cristo.

(Parágrafos relacionados 2449,2443)

Todos os que renasceram em Cristo obtiveram, pelo sinal da cruz, a dignidade real e, pela unção do Espírito Santo, receberam a consagração sacerdotal. Por isso, não obstante o serviço especial do nosso ministério, todos os cristãos foram revestidos de um carisma espiritual que os torna membros desta família de reis e deste povo de sacerdotes. Não será, na verdade, função régia o fato de uma alma, submetida a Deus, governar seu corpo? E não será  função sacerdotal consagrar ao Senhor uma consciência pura e oferecer no altar do coração a hóstia imaculada de nossa piedade[a98] ?

II. A Igreja - Corpo de Cristo

A IGREJA É COMUNHÃO COM JESUS

787         Desde o início, Jesus associou seus discípulos à sua vida [a99] revelou-lhes o Mistério do Reino[a100] , deu-lhes participar de sua missão, de sua alegria  [a101] e de seus sofrimentos[a102] . Jesus fala de uma comunhão ainda mais íntima entre Ele e os que o seguiriam: “Permanecei em mim, como eu em vós... Eu sou a videira, e vós os ramos" (Jo 15,4-5). E anuncia uma comunhão misteriosa e real entre o seu próprio corpo e o nosso: "Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele" (Jo 6,56).

(Parágrafo relacionado 755)

788         Quando sua presença visível lhes foi tirada, Jesus não deixou seus discípulos órfãos[a103] . Prometeu ficar com eles até o fim dos tempos[a104] , enviou-lhes seu Espírito[a105] . A comunhão com Jesus tomou-se, de certa maneira, mais intensa: "Ao comunicar seu Espírito, fez de seus irmãos, chamados de todos os povos, misticamente os componentes de seu próprio Corpo[a106] ".

(Parágrafo relacionado 690)

789         A comparação da Igreja com o corpo projeta uma luz sobre os laços íntimos entre a Igreja e Cristo. Ela não é  somente congregada em torno dele; é unificada nele, em seu Corpo. Cabe destacar mais especificamente três aspectos da Igreja-Corpo de Cristo: a unidade de todos os membros entre si por sua união com Cristo; Cristo Cabeça do Corpo; a Igreja, Esposa de Cristo.

(Parágrafo relacionado 521)

"UM SÓ CORPO"

790         Os crentes que respondem à Palavra de Deus e se tornam membros do Corpo de Cristo ficam estreitamente unidos a Cristo: "Neste corpo, a vida de Cristo se difunde por meio dos crentes que os sacramentos, de forma misteriosa e real, unem a Cristo sofredor e glorificado[a107] " Isto é particularmente verdade com relação ao Batismo, pelo qual somos unidos à morte e à Ressurreição de Cristo[a108] , e com relação à Eucaristia, pela qual, "participando realmente do Corpo de Cristo", "somos elevados à comunhão com ele e entre nós[a109] "'

(Parágrafo relacionado 947,1227,1329)

791         A unidade do corpo não acaba com a diversidade dos membros: "Na edificação do corpo de Cristo, há  diversidade de membros e de funções. Um só é o Espírito que distribui dons variados para o bem da Igreja segundo suas riquezas e as necessidades dos ministérios[a110] ". A unidade do Corpo  Místico produz e estimula entre os fiéis a caridade: "Por isso), se um membro sofre, todos os membros padecem com ele; ou, se  um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele[a111] ". Finalmente, a unidade do Corpo Místico vence todas as divisões humanas: "Todos vós, com efeito, que fostes batizados em Cristo, vos vestistes de Cristo. Não há judeu nem grego, não há escravo nem livre, não há homem nem mulher, pois todos vós sois um só em Cristo Jesus" (Gl 3,27-28).

(Parágrafos relacionados 814,1937)

"DESTE CORPO, CRISTO É A CABEÇA"

792         Cristo "é a Cabeça do Corpo que é a Igreja" (Cl 1,18) Ele é o Princípio da criação e da redenção. Elevado na glória do Pai "Ele tem em tudo a primazia" (Cl 1,18), principalmente sobre a Igreja, por meio da qual estende seu reino sobre todas as coisas.

(Parágrafos relacionados 669,1119)

793         Ele nos une a sua Páscoa. Todos os membros devem esforçar-se por se assemelhar a ele "até Cristo ser formado neles" (Gl 4,19). "Por isso somos inseridos nos mistérios de sua vida associamo-nos a suas dores como o corpo à Cabeça, para que padecendo com ele, sejamos com ele também glorificados[a112] .

(Parágrafos relacionados 661,519)

794         Ele provê o nosso crescimento[a113] . Para fazer-nos crescer em direção a ele, nossa Cabeça[a114] , Cristo ordena em seu corpo, a Igreja, os dons e os serviços pelos quais nós nos a ajudamos mutuamente no caminho da salvação.

(Parágrafo relacionado 872)

795         Cristo e a Igreja, eis, portanto, o "Cristo total" ("Christus totus"). A Igreja é una com Cristo. Os Santos têm uma consciência bem viva desta unidade:

(Parágrafo relacionado 695)

Alegremo-nos, portanto, e demos graças por nos termos tornado não somente cristãos,  mas o próprio Cristo. Compreendeis, irmãos, a graça que Deus nos concedeu ao dar-nos Cristo como Cabeça? Admirai e rejubilai, nós nos tornamos Cristo. Com efeito, uma vez que Ele é a Cabeça e nós somos os membros, o homem inteiro é constituído por Ele e por nós. A plenitude de Cristo é, portanto, a Cabeça e os membros. O que significa isto: a Cabeça e os membros? Cristo e a Igreja[a115] .

Redemptor nos ter unam se personam cum sancta Eccies ia, quam  assumpsit, exhibuit - Nosso Redentor mostrou-se como uma só pessoa com a santa Igreja, que ele assumiu[a116] .

Caput et inembra sunt quasi una persona mystica - Cabeça e membros são como uma só pessoa mística[a117] .

(Parágrafo relacionado 1474)

Uma palavra de Santa Joana d'Arc a seus juizes resume a fé dos santos Doutores e exprime o bom senso do crente: "Quanto a Jesus Cristo e à Igreja, parece-me que são uma só coisa e que não se deve fazer objeções a isso[a118] 

A IGREJA É A ESPOSA DE CRISTO

796         A unidade entre Cristo e a Igreja, Cabeça e membros do Corpo, implica também a distinção dos dois em uma relação pessoal. Este aspecto é muitas vezes expresso pela imagem do Esposo e da Esposa. O tema de Cristo Esposo da Igreja foi preparado pelos Profetas e anunciado por João Batista[a119] . O Senhor mesmo designou-se como "o Esposo" (Mc [a120] 2,19). O apóstolo apresenta a Igreja e cada fiel, membro de seu Corpo, como uma Esposa "desposada" com Cristo Senhor, para ser com Ele um só Espírito[a121] . Ela é a Esposa imaculada do Cordeiro imaculado[a122] , a qual Cristo "amou, pela qual se entregou, a fim de santificá-la" (Ef 5,26), que associou a si por uma Aliança eterna e da qual não cessa de cuidar como de seu próprio Corpo[a123] .

(Parágrafos relacionados 757,219,772,1602,1616)

Eis o Cristo total, Cabeça e Corpo, um só formado por muitos... Seja a cabeça a falar, seja os membros, é sempre Cristo quem fala. Fala desempenhando o papel da Cabeça ["ex persona capitis"], fala desempenhando o papel do Corpo ["ex persona corporis"]. Conforme o que está  escrito: "Serão dois em uma só carne. Eis um grande mistério: refiro-me a Cristo e à Igreja" (Ef 5,31-32). E o Senhor mesmo diz no Evangelho: "Já não são dois, mas uma só carne" (Mt 19,6). Como vistes, há  de fato duas pessoas diferentes, e todavia elas constituem uma só coisa no amplexo conjugal. Na qualidade de Cabeça ele se diz "Esposo", na qualidade de Corpo se diz "Esposa[a124] ".

III. A Igreja - Templo do Espírito Santo

797         "Quod est spiritus noster, id est anima nostra, ad membra nostra, hoc est Spiritus Sanctus ad membra Christi, ad corpus Christi, quod est Ecclesia - O que é o nosso espírito, isto é, a nossa alma em relação a nossos membros, assim é o Espírito Santo em relação aos membros de Cristo, ao corpo de Cristo que é a Igreja[a125] ." "A este Espírito de Cristo, em princípio invisível, deve-se atribuir também a união de todas as partes do Corpo tanto entre si como com sua Cabeça, pois ele está todo na Cabeça, todo no Corpo e todo em cada um de seus membros[a126] ." O Espírito Santo faz da Igreja "o Templo do Deus Vivo" (2 Cor [a127] 6, 16):

(Parágrafos relacionados 813,586)

"Com efeito, é à própria Igreja que foi confiado o Dom de Deus. É nela que foi depositada a comunhão com Cristo, isto é, o Espírito Santo, penhor da incorruptibilidade, confirmação de  nossa fé e escada de nossa ascensão para Deus. Pois lá onde está a Igreja, ali também está  o Espírito de Deus; e lá  onde está o Espírito de Deus, ali está  a Igreja e toda graça[a128] ".

798         O Espírito Santo é "o Princípio de toda ação vital e verdadeiramente salutar em cada uma das diversas partes do Corpo[a129] ". Ele opera de múltiplas maneiras a edificação do Corpo inteiro na caridade[a130] : pela Palavra de Deus, "que tem o poder de edificar” (At 20,32); pelo Batismo, por meio do qual forma o Corpo de Cristo[a131] ; pelos sacramentos, que proporcionam crescimento e cura aos membros de Cristo; pela "graça concedida aos apóstolos, que ocupa o primeiro lugar entre seus dons[a132] "; pelas virtudes, que fazem agir segundo o bem; e, enfim, pelas múltiplas graças especiais (chamadas de "carismas"), por meio das quais "torna os fiéis aptos e prontos a tomarem sobre si os vários trabalhos e ofícios que contribuem para a renovação e maior incremento da Igreja[a133] ".

(Parágrafos relacionados 737,1091-1109,791)

OS CARISMAS

799         Quer extraordinários quer simples e humildes, os carismas são graças do Espírito Santo que, direta ou indiretamente, têm urna utilidade eclesial, pois são ordenados à edificação da Igreja, ao bem dos homens e às necessidades do mundo.

(Parágrafos relacionados 951,2003)

800         Os carismas devem ser acolhidos com reconhecimento por aquele que os recebe, mas também por todos os membros da Igreja, pois são uma maravilhosa riqueza de graça para a vitalidade apostólica e para a santidade de todo o Corpo de Cristo, contanto que se trate de dons que provenham verdadeiramente do Espírito Santo e que sejam exercidos de maneira plenamente conforme aos impulsos autênticos deste mesmo Espírito, isto é, segundo a caridade, verdadeira medida dos carismas[a134] .

801         É neste sentido que se faz sempre necessário o discernimento dos carismas. Nenhum carisma dispensa da reverência e da submissão aos Pastores da Igreja. "A eles em especial cabe não extinguir o Espírito, mas provar as coisas e ficar com o que é bom[a135] ”, a fim de que todos os carismas cooperem, em sua diversidade e complementaridade, para o "bem comum" (1Cor [a136] 12,7).

(Parágrafos relacionados 894,1905)

RESUMINDO

802         "Cristo Jesus entregou-se a si mesmo por nós, a fim de remir-nos de toda iniquidade e para purificar um povo que lhe pertence" (Tt 2,14)

803         "Vós sois uma raça eleita, um sacerdócio régio, uma nação santa, o Povo de sua particular propriedade" (1 Pd 2,9).

804         Ingressa-se no Povo de Deus pela fé e pelo Batismo. "Todos os homens são chamados a fazer parte do Povo de Deus[a137] ", a fim de que, em Cristo, "os homens constituam uma só família e um só Povo de Deus[a138] ".

805         A Igreja é o Corpo de Cristo. Pelo Espírito e pela ação deste nos sacramentos, sobretudo a Eucaristia, Cristo morto e ressuscitado constitui a comunidade dos crentes como seu Corpo.

806         Na unidade deste Corpo existe diversidade de membros e de junções. Todos os membros estão ligados uns aos outros, particularmente aos que sofrem, são pobres e perseguidos.

807         A Igreja é este Corpo do qual Cristo é a Cabeça: ela vive dele nele e por ele; ele vive com ela e nela.

808         A Igreja é a Esposa de Cristo: ele a amou e entregou-se por ela. Purificou-a com seu sangue. Fez dela a Mãe fecunda de todos os filhos de Deus.

809         A Igreja é o Templo do Espírito Santo O Espírito é como a alma do Corpo Místico, princípio de sua vida, da unidade na diversidade e da riqueza de seus dons e carismas.

810         Desta maneira a Igreja universal aparece como `um povo que traz sua unidade' da unidade do Pai[a139] ."

 

 

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Rev.2 de  dez/2003


 [a1] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64 item 1 ;AAS 57 1965-5

 [a2] Catecismo  Romano1, 10, 1 

 [a3] Santo Hipólito, trad. ap. 35

 [a4]cf. Catecismo  Romano1, 10, 22

 [a5] cf. At 19, 39 

 [a6]cf. Ex 19  

 [a7] cf. 1 Cor 11, 18 ; 14, 19. 28. 34. 35 

 [a8]cf. 1 Cor 1, 2 ; 16, 1 

 [a9] cf. 1 Cor 15, 9 ; Gl 1, 13 ; Fl 3, 6

 [a10] cf. Ef 1, 22 ; Col 1, 18 

 [a11] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item 9.

 [a12] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item 6.

 [a13] cf. Jo 10, 1-10 

 [a14] cf. Is 40, 11 ; Ez 34, 11-31 

 [a15] cf. Jo 10, 11 ; 1 Pd 5, 4 

 [a16]Jo 10, 11-15 

 [a17] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64, item 2; AAS 57 (1965) 9.

 [a18] cf. Rm 11, 13-26 

 [a19]cf. Mt 21, 33-43 par. ; cf. Is 5, 1-7 

 [a20] cf. Jo 15, 1-5

 [a21]  Lumen genti um; Constituição; Vaticano II; 21/11/64, item 2; AAS 57 (1965) 8

 [a22] cf. 1 Cor 3, 9 

 [a23] cf. 1 Cor 3, 11 

 [a24] cf. 1 Tm 3, 1

 [a25] cf. Ef 2, 19-22 

 [a26] cf. Ap 21, 3

 [a27] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64, item 2; AAS 57 (1965) 8-9.

 [a28] cf. Ap 12, 17 

 [a29] cf. Ap 19, 7 ; 21, 2. 9 ; 22, 17 

 [a30] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64, item 2; AAS 57 (1965) 9.

 [a31] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64, item 2; AAS 57 (1965) 5-6

 [a32] Hermas, vis. 2, 4, 1 ; cf. Aristide, apol. 16, 6 ; Justin, apol. 2, 7 

 [a33] cf. Santo Epifânio, Panarion adversus LXXX hæreses 1, 1, 5 : PG 41, 181C 

 [a34] Clemente de Alexandria, pæd. 1, 6 

 [a35] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64, item 9; 13;16.

 [a36] (  cf. Gn 12, 2 ; 15, 5-6 

 [a37] cf. Ex 19, 5-6 ; Dt 7, 6 

 [a38] cf. Is 2, 2-5 ; Mi 4, 1-4 

 [a39] cf. Os 1 ; Is 1, 2-4 ; Jr 2 ; etc

 [a40] cf. Jr 31, 31-34 ; Is 55, 3 

 [a41] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64, item 9

 [a42] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64, item 3; Ad Gentes; Decreto; Vaticano II; 07/12/65, item3

 [a43] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64, item 5

 [a44] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64, item 3

 [a45] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64, item 5

 [a46] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64, item 5

 [a47] cf. Mt 10, 16 ; 26, 31 ; Jo 10, 1-21 

 [a48] cf. Mt 12, 49 

 [a49]  cf. Mt 5-6 

 [a50] cf. Mc 3, 14-15 

 [a51] cf. Mt 19, 28 ; Lc 22, 30 

 [a52] cf. Ap 21, 12-14 

 [a53] cf. Mc 6, 7 

 [a54] cf. Lc 10, 1-2 

 [a55] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item 3

 [a56] Sacrosanctum concilium; Constituição; Vaticano II; 04/12/63 item  5.

 [a57] cf. Santo Ambrósio, Luc. 2, 85-89 : PL 15, 1583-1586 

 [a58] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item 4.

 [a59] Ad Gentes; Decreto; Vaticano II; 07/12/65 item 4.

 [a60] cf. Mt 28, 19-20 ; AG 2 ; 5-6 

 [a61]  Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item 4.

 [a62] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  5.

 [a63] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  48.

 [a64]  Santo Agostinho, civ. 18, 51 ; cf. Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  8 

 [a65] cf. 2 Cor 5, 6 ; Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  6 

 [a66] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item 5.

 [a67]  Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  2.

 [a68] Catecismo  Romano  1, 10, 20 

 [a69] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item 8

 [a70] Sacrosanctum concilium; Constituição; Vaticano II; 04/12/63 item  2.

 [a71] Santo Bernardo, Cant. 27, 7, 14 : PL 183, 920D

 [a72] cf. Ef 5, 25-27 

 [a73] cf. Ef 3,9-11

 [a74] Conforme  Constituição Dogmática Concílio Vaticano II « Lumen gentium » item 48.

 [a75]Conforme Carta Apostólica de João II, Mulieris dignitatem, 7: 1988. item 27.

 [a76] Ef 5, 27 “para apresentar a si mesmo uma Igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou qualquer outro defeito, mas santa e imaculada”.

 [a77] Conforme Carta Apostólica de João II, Mulieris dignitatem, 7: 1988. item 27.: AAS 80 1718 – NOTA 55.

 [a78] SantoAgostinho, ep. 187, 11, 34 : PL 33, 845 

 [a79] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  1.

 [a80] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  9.

 [a81] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  48.

 [a82]  Constituição do Vaticano II; 07/12/65  - Gaudium et spes nº 45§1.

 [a83] Paulo VI, discurso 22 de junho de 1973 

 [a84] Ad Gentes; Decreto; Vaticano II; 07/12/65 item 7; cf Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item 17.

 [a85] cf. Ap 14, 4 

 [a86] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item 9.

 [a87]Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  9;AAS 57 (1965) 13.

 [a88] Rm 8, 2 ; Gl 5, 25 

 [a89] cf. Mt 5, 13-16 

 [a90] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item 9; AAS 57 (1965) 13.

 [a91] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  9.

 [a92] Redemptor hominis; Encíclica; João Paulo II; 04/03/79 item  18-21.

 [a93] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  10.

 [a94] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  12.

 [a95] cf. Jo 12, 32 

 [a96]  Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item 36

 [a97] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  8.

 [a98] Santo Leão Magno, serm. 4, 1 : PL 54, 149

 [a99] cf. Mc 1, 16-20 ; 3, 13-19 

 [a100] cf. Mt 13, 10-17 

 [a101] cf. Lc 10, 17-20 

 [a102] cf. Lc 22, 28-30 

 [a103] cf. Jo 14, 18 

 [a104] cf. Mt 28, 20 

 [a105] cf. Jo 20, 22 ; At 2, 33 

 [a106] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  7

 [a107] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  7.

 [a108] cf. Rm 6, 4-5 ; 1 Cor 12, 13

 [a109] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item 7.

 [a110] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  7; AAS 57 (1965) 10.

 [a111] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  7.

 [a112] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  7.

 [a113] cf. Col 2, 19 

 [a114] cf. Ef 4, 11-16 

 [a115] SantoAgostinho, ev. Jo. 21, 8 

 [a116] São Gregorio Magno, mor. præf. 1, 6, 4 : PL 75, 525A

 [a117] São Tomás de Aquino, s. th. 3, 48, 2, ad 1 

 [a118] S. Joana d’Arc, nos atos do processo. 

 [a119] cf. Jo 3, 29 

 [a120] cf. Mt 22, 1-14 ; 25, 1-13 

 [a121] cf. 1 Cor 6, 15-16 ; 2 Cor 11, 2

 [a122] cf. Ap 22, 17 ; Ef 1, 4 ; 5, 27 

 [a123] cf. Ef  5,29

 [a124] SantoAgostinho, Psal. 74, 4 

 [a125] SantoAgostinho, serm. 267, 4 : PL 38, 1231D 

 [a126] Pio XII, Enc. " Mystici Corporis " : DS 3808 

 [a127] cf. 1 Cor 3, 16-17 ; Ef 2, 21 

 [a128] Santo Irineu, hær. 3, 24, 1 

 [a129] Pio XII, enc. " Mystici Corporis " : DS 3808 

 [a130] cf. Ef 4, 16 

 [a131] cf. 1 Cor 12, 13 

 [a132] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  7

 [a133] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  12; cf Apostolicam actuositatem; Decreto; Vaticano II; 18/11/65, It .3.

 [a134] cf. 1 Cor 13 

 [a135] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  12.

 [a136] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  30; Christifideles laici; Exortação Apostólica; João Paulo II; 30/12/88, item 24.

 [a137]Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item  13.

 [a138] Ad Gentes; Decreto; Vaticano II; 07/12/65 item 1.

 [a139]S. Ciprano , Dom. orat. 23 : PL 4, 535C-536A