Catecismo da Igreja Católica
PRIMEIRA PARTE - SEGUNDA SEÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ
OS SÍMBOLOS DA FÉ
CAPITULO II - ARTIGO 3 - PARÁGRAFO 3
OS MISTÉRIOS DA VIDA DE CRISTO
512 No tocante à vida de Cristo, o Símbolo da Fé fala somente dos mistérios da Encarnação (Conceição e Nascimento) Páscoa (Paixão, Crucifixão, Morte, Sepultamento, Descida aos Infernos, Ressurreição, Ascensão). Não diz nada, explicitamente dos mistérios da vida oculta e pública de Jesus. Mas os artigos da fé referentes à Encarnação e à Páscoa de Jesus iluminam toda a vida terrestre de Cristo. "Tudo o que Jesus fez e ensinou, desde o começo até o dia em que foi arrebatado" (At 1,1-2), deve ser visto à luz dos mistérios do Natal e da Páscoa.
(Parágrafo relacionado: 1163)
513 A Catequese, conforme as circunstâncias, há desenvolver toda a riqueza dos Mistérios de Jesus. Aqui é suficiente indicar alguns elementos comuns a todos os mistérios da vida de Cristo (I), para em seguida esboçar os principais mistérios da vida oculta (II) e pública (III) de Jesus.
(Parágrafos relacionados: 426,561)
I- Toda a vida de Cristo é mistério
514 Muitas coisas que interessam à curiosidade humana acerca de Jesus não figuram nos Evangelhos. Quase nada é dito sobre sua vida em Nazaré, e mesmo uma grande parte de sua vida pública não é relatada[a1]. O que foi escrito nos Evangelhos foi "para crerdes que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome" (Jo 20, 31).
515 Os Evangelhos foram escritos por homens que estiveram entre os primeiros a ter a fé [a2]e que queriam compartilhá-la com outros. Depois de terem conhecido na fé quem é Jesus, puderam ver e fazer ver os traços de seu mistério em toda a sua vida terrestre. Desde os paninhos de sua natividade [a3]até o vinagre de sua Paixão [a4]e o sudário de sua Ressurreição[a5], tudo na vida de Jesus é sinal de seu Mistério. Por meio de seus gestos, de seus milagres, de suas palavras, foi revelado que "nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade" (Cl 2,9). Sua humanidade aparece, assim, como o "sacramento", isto é, o sinal e o instrumento de sua divindade e da salvação que ele traz: o que havia de visível em sua vida terrestre apontava para o mistério invisível de sua filiação divina e de sua missão redentora.
(Parágrafos relacionados: 126,609,774,477)
OS TRAÇOS COMUNS DOS MISTÉRIOS DE JESUS
516 Toda a vida de Cristo é Revelação do Pai: suas palavras e seus atos, seus silêncios e seus sofrimentos, sua maneira de ser e de falar. Jesus pode dizer: "Quem me vê, vê o Pai" (Jo 14,9); e o Pai pode dizer: "Este é o meu Filho, o Eleito; ouvi-o" (Lc 9,35). Tendo Nosso Senhor se feito homem para cumprir a vontade do Pai[a6], Os mínimos traços de seus mistérios nos manifestam "o amor de Deus por nos[a7]".
(Parágrafos relacionados: 65,2708)
517 Toda a vida de Cristo é mistério de Redenção. A Redenção nos vem antes de tudo pelo sangue da Cruz[a8], mas este mistério está em ação em toda a vida de Cristo: já em sua Encarnação, pela qual, fazendo-se pobre, nos enriqueceu por sua pobreza[a9]; em sua vida oculta, que, por sua submissão, serve de reparação para nossa insubmissão[a10]; em sua palavra, que purifica seus ouvintes[a11]; em suas curas e em seus exorcismos, pelos quais "levou nossas fraquezas e carregou nossas doenças" (Mt 8,17[a12][a13]); em sua Ressurreição, pela qual nos justifica.
(Parágrafos relacionados: 606,1115)
518 Toda a vida de Cristo é mistério de Recapitulação. Tudo o que Jesus fez, disse e sofreu tinha por meta restabelecer o homem caído em sua vocação primeira:
(Parágrafos relacionados: 668,2748)
Quando ele se encarnou e se fez homem, recapitulou em si mesmo a longa história dos homens e, em resumo, nos proporcionou a salvação, de sorte que aquilo que havíamos perdido em Adão, isto é, sermos à imagem e à semelhança de Deus, o recuperamos em Cristo Jesus[a14]. É, aliás, por isso que Cristo passou por todas as idades da vida, restituindo com isto a os homens a comunhão com Deus[a15]
NOSSA COMUNHÃO COM OS MISTÉRIOS DE JESUS
519 Toda a riqueza de Cristo "é destinada a cada homem e constitui o bem de cada um[a16][a17]". Cristo não viveu sua vida para si mesmo, mas para nós, desde sua Encarnação "por nossos homens, e por nossa salvação" até sua Morte "por nossos pecados" (1Cor 15,3) e sua Ressurreição "para nossa justificação" (Rm 4,25). Ainda agora, Ele é "nosso advogado junto do Pai" (1Jo 2,1), "estando sempre vivo para interceder a nosso favor" (Hb 7,25). Com tudo o que viveu e sofreu por nós vez por todas, Ele permanece presente para sempre "diante face de Deus a nosso favor" (Hb 9,24).
(Parágrafos relacionados: 793,602,1085)
520 Em toda a sua vida, Jesus mostra-se como nosso modelo [a18]Ele é "o homem perfeito[a19]" que nos convida a tomar-nos seus discípulos e a segui-lo: por seu rebaixamento, deu-nos um exemplo a imitar[a20]; por sua oração[a21][a22], atrai à oração; por sua pobreza chama a aceitar livremente o despojamento e as perseguições.
(Parágrafos relacionados: 459,359,2609)
521 Tudo o que Cristo viveu foi para que pudéssemos vivê-lo nele e para que Ele o vivesse em nos. "Por sua Encarnação, o Filho de Deus, de certo modo, se uniu a todo homem[a23]." Nós somos chamados a ser uma só coisa com Ele; Ele nos faz partilhar (comungar), como membros de seu corpo, de tudo o que (Ele), por nós e como nosso modelo, viveu em sua carne.
(Parágrafos relacionados: 2715,1391)
Devemos continuar e realizar em nós os estados e os mistérios de Jesus, e pedir-lhe muitas vezes que os complete e realize em nós e em toda a sua Igreja... Pois o Filho de Deus deseja conceder uma certa participação, e fazer como que uma extensão e continuação de seus mistérios em nós e em toda a sua Igreja, pelas graças que quer comunicar-nos, e pelos efeitos que quer operar em nós por esses mistérios. Por estes meios quer realizá-los em nós[a24].
II. Os mistérios da infância e da vida oculta de Jesus
A PREPARAÇÃO
522 A vinda do Filho de Deus à terra é um acontecimento de tal imensidão que Deus quis prepará-lo durante séculos. Ritos e sacrifícios, figuras e símbolos da "Primeira Aliança"[a25], tudo ele faz convergir para Cristo; anuncia-o pela boca dos profetas que se sucedem em Israel. Desperta, além disso, no coração dos pagãos a obscura expectativa desta vinda.
(Parágrafos relacionados: 711,762)
523 São João Batista é o precursor imediato [a26]do Senhor, enviado para preparar-lhe o caminho[a27]. "Profeta do Altíssimo" (Lc; 1,76), ele supera todos os profetas[a28], deles é o último[a29], inaugura o Evangelho[a30]; saúda a vinda de Cristo desde o seio de sua mãe [a31]e encontra sua alegria em ser "o amigo do esposo" (Jo 3,29), que designa como "o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" (Jo 1,29). Precedendo a Jesus "com o espírito e o poder de Elias" (Lc 1,17), dá-lhe testemunho por sua pregação, seu batismo de conversão e, finalmente, seu martírio[a32].
(Parágrafos relacionados: 712,720)
524 Ao celebrar cada ano a liturgia do Advento, a Igreja atualiza esta espera do Messias: comungando com a longa preparação da primeira vinda do Salvador, os fiéis renovam o ardente desejo de sua Segunda Vinda.[a33] Pela celebração da natividade e do martírio do Precursor, a Igreja se une a seu desejo: "É preciso que Ele cresça e que eu diminua" (Jo 3,30).
(Parágrafo relacionado: 1171)
O MISTÉRIO DO NATAL
525 Jesus nasceu na humildade de um estábulo, em uma família pobre[a34]; as primeiras testemunhas do evento são simples pastores. É nesta pobreza que se manifesta a glória do Céu[a35]. A Igreja não se cansa de cantar a glória dessa noite:
Hoje a Virgem traz ao mundo o Eterno
(Parágrafos relacionados: 437,2443)
E a terra oferece uma gruta ao Inacessível.
Os anjos e os pastores o louvam
E os magos caminham com a estrela.
Pois Vós nascestes por nós, Menino, Deus eterno[a36]!
526 "Tornar-se criança" em relação a Deus é a condição para entrar no Reino[a37]; para isso é preciso humilhar-se[a38], tornar-se pequeno; mais ainda: é preciso "nascer do alto" (Jo 3,7), "nascer de Deus[a39]" para tornar-nos filhos de Deus[a40]. O mistério do Natal realiza-se em nós quando Cristo "toma forma" em nós[a41]. O Natal é o mistério deste "admirável intercâmbio:
O admirabile commercium! Creator generis humani, anima corpus sumens, de Vir gine nasci digna tus est; et procedens homo sine semine, largitus est nobis suam deitatem - Admirável intercâmbio! O Criador da humanidade, assumindo corpo e dignou-se nascer de uma Virgem; e, tomando-se homem intervenção do homem, nos doou sua própria divindade[a42][a43]!
(Parágrafo relacionado: 460)
Os MISTÉRIOS DA INFÂNCIA DE JESUS
527 A circuncisão de Jesus, no oitavo dia depois de seu nascimento[a44], é sinal de sua inserção na descendência de Abraão, no povo da Aliança, de sua submissão à Lei [a45]e de capacitação para o culto de Israel, do qual participará durante sua toda a vida. Este sinal prefigura "a circuncisão de Cristo", que é o Batismo.
(Parágrafos relacionados: 580,1214)
528 A epifania é a manifestação de Jesus como Messias Israel, Filho de Deus e Salvador do mundo. Com o Batismo de Jesus no Jordão e com as bodas de Caná[a46], ela celebra a adoração de Jesus pelos "magos" vindos do Oriente[a47]. Nesses "magos", representantes das religiões pagãs circunvizinhas, o Evangelho vê as primícias das nações que acolhem a Boa Nova da salvação pela Encarnação. A vinda dos magos a Jerusalém para "adorar ao Rei dos Judeus[a48]" mostra que eles procuram em Israel, à luz messiânica da estrela de Davi[a49], aquele que será o Rei das nações[a50]. Sua vinda significa que os pagãos só podem descobrir Jesus e adorá-lo como Filho de Deus e Salvador do mundo voltando-se para os judeus [a51]e [a52]recebendo deles sua promessa messiânica, tal como está contida no Antigo Testamento. A Epifania manifesta que "a plenitude dos pagãos entra na família dos patriarcas[a53]" e adquire a "dignidade israelítica[a54]".
(Parágrafos relacionados: 439,711-716,122)
529 A apresentação de Jesus no Templo [a55]mostra-o como o Primogênito pertencente ao Senhor[a56]. Com Simeão e Ana, é toda a espera de Israel que vem ao encontro de seu Salvador (a tradição bizantina designa com este termo tal acontecimento). Jesus é reconhecido como o Messias tão esperado, "luz das nações" e "Glória de Israel", mas também "sinal de contradição". A espada de dor predita a Maria anuncia esta outra oblação, perfeita e única, da Cruz, que dará a salvação que Deus "preparou diante de todos os povos".
(Parágrafos relacionados: 583,439,614)
530 A fuga para o Egito e o massacre dos inocentes [a57]manifestam a oposição das trevas à luz: "Ele veio para o que era seu e os seus não o receberam" (Jo 1,11). Toda a vida de Cristo estará sob o signo da perseguição[a58]. Os seus compartilham com Ele esta perseguição. Sua volta do Egito [a59]lembra o Êxodo [a60]e apresenta Jesus como o libertador definitivo.
(Parágrafo relacionado: 574)
OS MISTÉRIOS DA VIDA OCULTA DE JESUS
531 Durante a maior parte de sua vida, Jesus compartilhou a condição da imensa maioria dos homens: uma vida cotidiana. Sem grandeza aparente, vida de trabalho manual, vida religiosa judaica submetida à Lei de Deus[a61], vida na comunidade. De todo este período é-nos revelado que Jesus era "submisso" a seus pais [a62]e que "crescia em sabedoria, em estatura em graça diante de Deus e diante dos homens" (Lc 2,52).
(Parágrafo relacionado: 2427)
532 A submissão de Jesus a sua Mãe e a seu pai legal cumpre com perfeição o quarto mandamento. Ela é a imagem temporal de sua obediência filial a seu Pai celeste. A submissão diária de Jesus a José e a Maria anunciava e antecipava a submissão da Quinta-feira Santa: "Não a minha vontade..." (Lc 22,42). A obediência de Cristo no cotidiano da vida condida inaugurava já a obra de restabelecimento daquilo a desobediência de Adão havia destruído[a63][a64].
(Parágrafos relacionados: 2214,2220,612)
533 A vida oculta de Nazaré permite a todo homem estar unido a Jesus nos caminhos mais cotidianos da vida:
Nazaré é a escola na qual se começa a compreender a vida de Jesus: a escola do Evangelho... Primeiramente, uma lição de silêncio. Que nasça em nós a estima do silêncio, esta admirável e indispensável condição do espírito... Uma lição de vida familiar. Que Nazaré nos ensine o que é a família, sua comunhão de amor, sua beleza austera e simples, seu caráter sagrado e inviolável... Uma lição de trabalho. Nazaré, ó casa do "Filho do Carpinteiro", é aqui que gostaríamos de compreender e celebrar a lei severa e redentora do trabalho humano...; assim como gostaríamos finalmente de saudar aqui todos os trabalhadores do mundo inteiro e mostrar-lhes seu grande modelo, seu Irmão divino.
(Parágrafos relacionados: 2717,2427)
534 O reencontro de Jesus no Templo [a65]é o único acontecimento que rompe o silêncio dos Evangelhos sobre os anos ocultos de Jesus. Nele Jesus deixa entrever o mistério de sua consagração total a uma missão decorrente de sua filiação divina: "Não sabíeis que devo ocupar-me com as coisas de meu Pai?" (Lc 2,49). Maria e José "não compreenderam" esta palavra, mas a acolheram na fé, e Maria "guardava a lembrança de todos esses fatos em seu coração" (Lc 2,51), ao longo dos anos em que Jesus permanecia mergulhado no silêncio de uma vida ordinária.
(Parágrafos relacionados: 583,2599,964)
III. OS MISTÉRIOS DA VIDA PÚBLICA DE JESUS
O BATISMO DE JESUS
535 A vida pública de Jesus tem início [a66]com seu Batismo por João no rio Jordão[a67]. João Batista proclamava "um batismo de arrependimento para a remissão dos pecados" (Lc 3,3). Uma multidão de pecadores, de publicanos e soldados[a68], fariseus e saduceus [a69]e prostitutas [a70]vem fazer-se batizar por ele. Jesus aparece, o Batista hesita, mas Jesus insiste. E Ele recebe o Batismo. Então o Espírito Santo, sob forma de pomba, vem sobre Jesus, e a voz do céu proclama: "Este é o meu Filho bem-amado" (Mt 3,13-17). É a manifestação ("Epifania") de Jesus como Messias de Israel e Filho de Deus.
(Parágrafos relacionados: 719-720,701,438)
536 O Batismo de Jesus é, da parte dele, a aceitação e a inauguração de sua missão de Servo sofredor. Deixa-se contar entre os pecadores[a71]; é, já, "o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" (Jo 1,29), antecipa já o "Batismo" de sua morte sangrenta[a72]. Vem, já, "cumprir toda a justiça" (Mt 3,15), ou seja, submete-se por inteiro à vontade de seu Pai: aceita por amor este batismo de morte para a remissão de nossos pecados[a73]. A esta aceitação responde a voz do Pai, que coloca toda a sua complacência em seu Filho[a74]. O Espírito que Jesus possui em plenitude desde a sua concepção vem "repousar" sobre Ele[a75]. Jesus ser a fonte do Espírito para toda a humanidade. No Batismo de Jesus, "abriram-se os Céus" (Mt 3,16) que o pecado de Adão havia fechado; e as águas são santificadas pela descida de Jesus e do Espírito, prelúdio da nova criação.
(Parágrafos relacionados: 606,1224,444,727,739)
537 Pelo Batismo, o cristão é sacramentalmente assimilado a Jesus, que antecipa em seu Batismo a sua Morte e a sua Ressurreição; deve entrar neste mistério de rebaixamento humilde e de arrependimento, descer à água com Jesus para subir novamente com ele, renascer da água e do Espírito para tornar-se, no Filho, filho bem-amado do Pai e "viver em uma vida nova" (Rm 6,4):
(Parágrafo relacionado: 1262)
Sepultemo-nos com Cristo pelo Batismo, para ressuscitar com Ele; desçamos com Ele, para ser elevados com Ele; subamos novamente com Ele, para ser glorificados nele[a76].
(Parágrafo relacionado: 628)
Tudo o que aconteceu com Cristo dá-nos a conhecer que, depois da imersão na água, o Espírito Santo voa sobre nós do alto do Céu e que, adotados pela Voz do Pai, nos tornamos filhos de Deus[a77].
A TENTAÇÃO DE JESUS
538 Os Evangelhos falam de um tempo de solidão de Jesus no deserto, imediatamente após seu Batismo por João: "Levado pelo Espírito" ao deserto, Jesus ali fica quarenta dias sem comer, vive com os animais selvagens e os anjos o servem[a78]. No final dessa permanência, Satanás o tenta por três vezes procurando questionar sua atitude filial para com Deus. Jesus rechaça esses ataques que recapitulam as tentações de Adão no Paraíso e de Israel no deserto, e o Diabo afasta-se dele "até o tempo oportuno" (Lc 4,13).
(Parágrafos relacionados: 394,518)
539 Os evangelistas assinalam o sentido salvífico desse acontecimento misterioso. Jesus é o novo Adão, que ficou fiel onde o primeiro sucumbiu à tentação. Jesus cumpre à perfeição a vocação de Israel: contrariamente aos que provocai outrora a Deus durante quarenta anos no deserto[a79], Cristo se revela como o Servo de Deus totalmente obediente à vontade divina. Nisso Jesus é vencedor do Diabo: ele "amarrou o homem forte" para retomar-lhe a presa[a80]. A vitória de Jesus sobre o tentador no deserto antecipa a vitória da Paixão, obediência suprema de seu amor filial ao Pai.
(Parágrafos relacionados: 397,385)
540 A tentação de Jesus manifesta a maneira que o Filho de Deus tem de ser Messias o oposto da que lhe propõe Satanás e que os homens [a81]desejam atribuir-lhe. E por isso que Cristão venceu o Tentador por nós: "Pois não temos um sumo sacerdote incapaz de compadecer-se de nossas fraquezas, pois Ele mesmo foi provado em tudo como nós, com exceção do pecado" (Hb 4,15). A Igreja se une a cada ano, mediante os quarenta dias da Grande Quaresma, ao mistério de Jesus no deserto.
(Parágrafos relacionados: 2119,519,2849,1438)
"O REINO DE DEUS ESTÁ BEM PRÓXIMO"
541 "Depois que João foi preso, Jesus veio para a Galiléia proclamando, nestes termos, o Evangelho de Deus: "Cumpriu-se O tempo e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho"' (Mc 1,14-15). "Para cumprir a vontade do Pai, Cristo inaugurou o Reino dos céus na terra[a82]." Ora, a vontade do Pai é "elevar os homens à participação da Vida Divina[a83]". Realiza tal intento reunindo os homens em torno de seu Filho, Jesus Cristo. Esta reunião é a Igreja, que é na terra "O germe e o começo do Reino de Deus[a84]"
(Parágrafos relacionados: 2816,763,669,768,865)
542 Cristo está no centro do congraçamento dos homens na "família de Deus". Convoca-os junto a si por sua palavra, por seus sinais que manifestam o reino de Deus, pelo envio de seus discípulos. Realizar a vinda de seu Reino sobretudo pelo grande mistério de sua Páscoa: sua morte na Cruz e sua Ressurreição. "E eu, quando for elevado da terra, atrairei todos a mim" (Jo 12,32). A esta união com Cristo são chamados todos os homens[a85].
(Parágrafos relacionados: 2233,789)
O ANUNCIO DO REINO DE DEUS
543 Todos os homens são chamados a entrar no Reino. Anunciado primeiro aos filhos de Israel[a86], este Reino messiânico está destinado a acolher os homens de todas as nações[a87]. Para ter acesso a ele, é preciso acolher a palavra de Jesus:
(Parágrafo relacionado: 764)
Pois a palavra do Senhor é comparada à semente semeada no campo: os que a ouvem com fé e são contados no número da pequena grei de Cristo receberam o próprio Reino; depois, por sua própria força, a semente germina e cresce até o tempo da messe[a88].
544 O Reino pertence aos pobres e aos pequenos, isto é, aos que o acolheram com um coração humilde. Jesus é enviado para "evangelizar os pobres" (Lc 4,18[a89]). Declara-os bem-aventurados, pois "o Reino dos Céus é deles" (Mt 5,3); foi aos "pequenos" que o Pai se dignou revelar o que permanece escondido aos sábios e aos entendidos[a90]. Jesus compartilha a vida dos pobres desde a manjedoura até a cruz; conhece a fome[a91], a sede [a92]e a indigência[a93]. Mais ainda: identifica-se com os pobres de todos os tipos e faz do amor ativo para com eles a condição para se entrar em seu Reino[a94].
(Parágrafos relacionados: 709,2443,2546)
545 Jesus convida os pecadores à mesa do Reino: "Não vim chamar justos, mas pecadores" (Mc 2,17[a95][a96]). Convida-os à conversão, sem a qual não se pode entrar no Reino, mas mostrando-lhes, com palavras e atos, a misericórdia sem limites do Pai por eles e a imensa "alegria no céu por um único pecador que se arrepende" (Lc 15,7). A prova suprema deste amor ser o sacrifício de sua própria vida "em remissão dos pecados" (Mt 26.28).
(Parágrafos relacionados: 1443,588,1846,1439)
546 Jesus convida a entrar no Reino por meio das parábolas, traço típico de seu ensinamento[a97]. Por elas, convida ao festim do Reino[a98], mas exige também uma opção radical: para adquirir o Reino é preciso dar tudo[a99]; as palavras não bastam, são necessários atos [a100]As parábolas são como espelhos para o homem: este acolhe a palavra como um solo duro ou como uma terra boa[a101]? Que faz ele dos talentos recebidos[a102]? Jesus e a presença do Reino neste mundo estão secretamente no coração das parábolas. E preciso entrar no Reino, isto é, tomar-se discípulos de Cristo para "conhecer os mistérios do Reino dos Céus" (Mt 13,11). Para os que ficam "de fora" (Mc 4,11), tudo permanece enigmático[a103].
(Parágrafos relacionados: 2613,542)
OS SINAIS DO REINO DE DEUS
547 Jesus acompanha suas palavras com numerosos "milagres, prodígios e sinais" (At 2,22) que manifestam que o Reino está presente nele. Atestam que Jesus é o Messias anunciado[a104].
(Parágrafos relacionados: 670,439)
548 Os sinais operados por Jesus testemunham que o Pai o enviou[a105]. Convidam a crer nele[a106]. Aos que a Ele se dirigem com fé, concede o que pedem[a107]. Assim, os milagres fortificam a fé naquele que realiza as obras de seu Pai: testemunham que Ele é o Filho de Deus[a108]. Eles podem também ser "ocasião de escândalo[a109][a110]". Não se destinam a satisfazer a curiosidade e os desejos mágicos. Apesar de seus milagres tão evidentes, Jesus é rejeitado por alguns; acusam-no até de agir por intermédio dos demônios[a111].
(Parágrafos relacionados: 156,2616,574,447)
549 Ao libertar certas pessoas dos males terrestres da fome[a112], da injustiça[a113], da doença e da morte[a114], Jesus operou sinais messiânicos; não veio, no entanto, para abolir todos os males da terra[a115], mas para libertar os homens da mais grave das escravidões, a do pecado[a116], que os entrava em sua vocação de filhos de Deus e causa todas as suas escravidões humanas.
(Parágrafos relacionados: 1503,440)
550 O advento do Reino de Deus é a derrota do reino de Satanás[a117]: "Se é pelo Espírito de Deus que eu expulso os demônios, então o Reino de Deus já chegou a vós" (Mt 12,28). Os exorcismos de Jesus libertam homens do domínio dos demônios[a118]. Antecipam a grande vitória de Jesus sobre "o príncipe deste mundo[a119]". E pela Cruz de Cristo que o Reino de Deus ser definitivamente estabelecido: "Regnavit a ligno Deus - Deus reinou do alto do madeiro[a120]".
(Parágrafos relacionados: 394,1673,440,2816)
"AS CHAVES DO REINO"
551 Desde o início de sua vida pública, Jesus escolhe homens em número de doze para estar com Ele e para participar de sua missão[a121]; dá-lhes participação em sua autoridade "e enviou-os a proclamar o Reino de Deus e a curar" (Lc 9,2). Permanecem eles para sempre associados ao Reino de Cristo, pois Jesus dirige a Igreja por intermédio deles:
(Parágrafos relacionados: 858,765)
Disponho para vós o Reino, como meu Pai o dispôs para mim, a fim de que comais e bebais à minha mesa em meu Reino, e vos senteis em tronos para julgar as doze tribos de Israel (Lc 22,29-30).
552 No colégio dos Doze, Simão Pedro ocupa o primeiro lugar[a122]. Jesus confiou-lhe uma missão única. Graças a uma revelação vinda do Pai, Pedro havia confessado: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mt 16,16). Nosso Senhor lhe declara na ocasião: "Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as Portas do Inferno nunca prevalecerão contra ela" (Mt 16,18). Cristo, "Pedra viva[a123]"; garante a sua Igreja construída sobre Pedro a vitória sobre as potências de morte. Pedro, em razão da fé por ele confessada, permanecerá como a rocha inabalável da Igreja. Terá por missão defender esta fé de todo desfalecimento e confirmar nela seus irmãos[a124].
(Parágrafos relacionados: 880,153,442,424)
553 Jesus confiou a Pedro uma autoridade específica: "Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: o que ligares na terra será ligado nos Céus, e o que desligares na terra será desligado nos Céus" (Mt 16,19). O "poder das chaves" designa a autoridade para governar a casa de Deus, que é a Igreja. Jesus, "o Bom Pastor" (Jo 10,11), confirmou este encargo depois de sua Ressurreição: "Apascenta as minhas ovelhas" (Jo 21,15-17). O poder de "ligar e desligar" significa a autoridade para absolver os pecados, pronunciar juízos doutrinais e tomar decisões disciplinares na Igreja. Jesus confiou esta autoridade à Igreja pelo ministério dos apóstolos [a125]e particularmente de Pedro, o único ao qual confiou explicitamente as chaves do Reino.
(Parágrafos relacionados: 381,1445,641,881)
UM ANTEGOZO DO REINO: A TRANSFIGURAÇÃO
554 A partir do dia em que Pedro confessou que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo, o Mestre "começou a mostrar a seus discípulo que era necessário que fosse a Jerusalém e sofresse... que fosse morto e ressurgisse ao terceiro dia" (Mt 16,21): Pedro rechaça este anúncio[a126], os demais também não o compreendem[a127]. É neste contexto que se situa o episódio misterioso da Transfiguração de Jesus [a128]sobre um monte elevado, diante de três testemunhas escolhidas por ele: Pedro, Tiago e João. O rosto e as vestes de Jesus tornam-se fulgurantes de luz, Moisés e Elias aparecem, "falavam de sua partida que iria se consumar em Jerusalém" (Lc 9,31). Uma nuvem os cobre e uma voz do céu diz: "Este é o meu Filho, o Eleito; ouvi-o" (Lc 9,35).
(Parágrafos relacionados: 697,2600,444)
555 Por um instante, Jesus mostra sua glória divina, confirmando, assim, a confissão de Pedro. Mostra também que, para "entrar em sua glória" (Lc 24,26), deve passar pela Cruz em Jerusalém. Moisés e Elias haviam visto a glória de Deus sobre a Montanha; a Lei e os profetas tinham anunciado os sofrimentos do Messias[a129]. A Paixão de Jesus é sem dúvida a vontade do Pai: o Filho age como servo de Deus[a130]. A nuvem indica a presença do Espírito Santo: "Tota Trinitas apparuit: Pater in voce; Filius in homine, Spiritus in nube clara - A Trindade inteira apareceu: o Pai, na voz; o Filho, no homem; o Espírito, na nuvem clara[a131]":
(Parágrafos relacionados: 2576,2583,257)
Vós vos transfigurastes na montanha e, porquanto eram capazes, vossos discípulos contemplaram vossa Glória, Cristo Deus, para que, quando vos vissem crucificado, compreendessem que vossa Paixão era voluntária e anunciassem ao mundo que vós sois verdadeiramente a irradiação do Pai[a132].
556 No limiar da vida pública, o Batismo; no limiar da Páscoa, a Transfiguração. Pelo Batismo de Jesus "declaratum fuit mysterium primae regenerationis - foi manifestado o mistério da primeira regeneração": o nosso Batismo; a Transfiguração "est sacramentum secundae regenerationis - é o sacramento da segunda regeneração": a nossa própria ressurreição[a133]. Desde já participamos da Ressurreição do Senhor pelo Espírito Santo que age nos sacramentos do Corpo de Cristo A Transfiguração dá-nos um antegozo da vinda gloriosa do Cristo, "que transfigurar nosso corpo humilhado, conformando-o ao seu corpo glorioso" (Fl 3,21). Mas ela nos lembra também "que é preciso passarmos por muitas tribulações para entrarmos no Reino de Deus" (At 14,22):
(Parágrafos relacionados: 1003)
Pedro ainda não tinha compreendido isso ao desejar viver com Cristo sobre a montanha[a134]. Ele reservou-te isto, Pedro, para depois da morte. Mas agora Ele mesmo diz: Desce para sofrer na terra, para servir na terra, para ser desprezado, crucificado na terra. A Vida desce para fazer-se matar; o Pão desce para ter fome; o Caminho desce para cansar-se da caminhada; a Fonte desce para ter sede; e tu recusas Sofrer[a135]?
A SUBIDA DE JESUS A JERUSALÉM
557 "Ora, quando se completaram os dias de sua elevação, Jesus tomou resolutamente o caminho de Jerusalém" (Lc 9, 51[a136]). Com esta decisão, indicava que subia a Jerusalém pronto para morrer. Por três vezes tinha anunciado sua Paixão e sua Ressurreição[a137]. Ao dirigir-se para Jerusalém, disse: "Não convém que um profeta pereça fora de Jerusalém" (Lc 13,33).
558 Jesus lembra o martírio dos profetas que tinham sido mortos em Jerusalém[a138]. Todavia, persiste em convidar Jerusalém a congregar-se em torno dele: "Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha recolhe seus pintainhos debaixo das asas... e não o quiseste" (Mt 23,37b). Quando Jerusalém está à vista, chora sobre ela [a139]e exprime uma vez mais o desejo de seu coração: "Ah! Se neste dia também tu conhecesses a mensagem de paz! Agora, porém, isto está escondido a teus olhos" (Lc 19,42).
A ENTRADA MESSIÂNICA DE JESUS EM JERUSALÉM
559 Como vai Jerusalém acolher seu Messias? Embora sempre se tivesse subtraído às tentativas populares de fazê-lo rei[a140]. Jesus escolhe o momento e prepara os detalhes de sua entrada messiânica na cidade de "Davi, seu pai" (Lc 1,32[a141]). É aclamado como o filho de Davi, aquele que traz a salvação ("Hosana" quer dizer salva-nos!", "dá a salvação!") Ora, o "Rei de Glória" (Sl 24,7-10) entra em sua cidade "montado em um jumento" (Zc 9,9): não conquista a Filha de Sião figura de sua Igreja, pela astúcia nem pela violência, mas pela humildade que dá testemunho da Verdade[a142]. Por isso os súditos de seu Reino, nesse dia, são as crianças [a143]e os "pobres de Deus" que o aclamam como os anjos o anunciaram aos pastores[a144]. A aclamação deles - "Bendito seja o que vem em nome do Senhor" (S1 118,26)- é retomada pela Igreja no "Sanctus" da liturgia eucarística, para abrir o memorial da Páscoa do Senhor.
(Parágrafos relacionados: 333,1352)
560 A entrada de Jesus em Jerusalém manifesta a vinda do Reino que o Rei-Messias vai realizar pela Páscoa de sua Morte e de sua Ressurreição. E com sua celebração, no Domingo de Ramos, que a liturgia da Igreja abre a grande Semana Santa.
(Parágrafos relacionados: 550,2816,1169)
RESUMINDO
561 "Toda a vida de Cristo foi um contínuo ensinamento: seus silêncios, seus milagres, seus gestos, sua oração, seu amor ao homem, sua predileção pelos pequenos e pelos pobres, a aceitação do sacrifício total na Cruz pela redenção do mundo, Sua Ressurreição constituem a atuação de sua palavra e o cumprimento da Revelação[a145].
562 Os discípulos de Cristo devem conformar-se com Ele até Ele se formar neles[a146]" É por isso que somos inseridos nos mistérios de sua vida, com Ele configurados, com Ele mortos e com Ele ressuscitados, até que com Ele reinemos[a147].
563 "Seja pastor, seja mago, não se pode atingir a Deus na terra senão ajoelhando-se diante da manjedoura de Belém e adorando-o escondido na fraqueza de uma criança.
564 Por sua submissão a Maria e José, assim como por seu humilde trabalho durante longos anos em Nazaré, Jesus nos dá o exemplo da santidade na vida cotidiana da família e do trabalho.
565 Desde o início de sua vida pública, em seu Batismo, Jesus é o "Servo", inteiramente consagrado à obra redentora que se realizará pelo "Batismo" de sua paixão.
566 A tentação no deserto mostra Jesus, Messias humilde que triunfa sobre Satanás por sua total adesão ao desígnio de salvação querido pelo Pai.
567 O Reino dos céus foi inaugurado na terra por Cristo. "Manifesta-se lucidamente aos homens na palavra, nas obras e na presença de Cristo[a148]. "A Igreja é o germe e o começo desde Reino. Suas chaves são confiadas a Pedro.
568 A Transfiguração de Cristo tem por finalidade fortificar a fé dos apóstolos em vista da Paixão: a subida à "elevada montanha" prepara a subida ao Calvário. Cristo, Cabeça da Igreja, manifesta o que seu Corpo contém e irradia nos sacramentos "a esperança da Glória" (Cl 1,27[a149]).
569 Jesus subiu voluntariamente a Jerusalém, embora soubesse que lá morreria de morte violenta por causa da contradição por parte dos pecadores[a150].
570 A entrada de Jesus em Jerusalém manifesta a vinda do Reino que o Rei-Messias, acolhido em sua cidade pelas crianças e pelos humildes de coração, vai realizar por meio da Páscoa de sua Morte e Ressurreição.
Rev.2 de dez/2003
[a1] cf. Jo 20, 30
[a2] cf. Mc 1, 1 ; Jo 21, 24
[a3] cf. Lc 2, 7
[a4]cf. Mt 27, 48
[a5] cf. Jo 20, 7
[a6] cf. Hb 10, 5-7
[a7] 1 Jo 4, 9
[a8] cf. Ef 1, 7 ; Cl 1, 13-14 ; 1 Pd 1,
18-19
[a9] cf. 2 Cor 8, 9
[a10] cf. Lc 2, 51
[a11] cf. Jo 15, 3
[a12] cf. Is 53, 4
[a13] cf. Rm 4, 25
[a14] S. Irineu, hær. 3, 18, 1
[a15] ibid. 3, 18, 7 ; cf. 2, 22, 4
[a16] Redemptor hominis 11
[a17] Símbolo Niceno-Constantinopolitano DS 150
[a18] cf. Rm 15, 5 ; Fl 2, 5
[a19] Conforme Constituição Pastoral do Concílio Vaticano II «Gaudium et spes » item 38.
[a20] cf. Jo 13, 15
[a21] cf. Lc 11, 1
[a22] cf. Mt 5, 11-12
[a23] Conforme Constituição Pastoral do Concílio Vaticano II «Gaudium et spes » item 22,2
[a24] (S. João Eudes, O Reino de Jesus, 3, 4 : Obrass completas, v. 1 [Vannes 1905] p. 310-311). Liturgia Horarum Tempo comum, 33ª semana 6ª feira Ofício das Leituras.
[a25] cf. Hb 9, 15
[a26] cf. At 13, 24
[a27] cf. Mt 3, 3
[a28] cf. Lc 7, 26
[a29] cf. Mt 11,13
[a30] cf. At 1, 22 ; Lc 16, 16
[a31] cf. Lc 1, 41
[a32] cf. Mc 6, 17-29
[a33] cf. Ap 22, 17
[a34] cf. Lc 2, 6-7
[a35] cf. Lc 2, 8-20
[a36] Kontakion de Romanos le Mélode
[a37] cf. Mt 18, 3-4
[a38] cf. Mt 23, 12
[a39] Jo 1, 13
[a40] Jn 1, 12
[a41] Gl 4, 19
[a42] Liturgia Horarum, antifona da oitava de Natal (Santa Mãe de Deus)
[a43] cf. Lc 2, 21
[a44] cf. Gl 4, 4
[a45]cf. Cl 2, 11-13
[a46]cf. Liturgia Horarum, antifona do Magnificat das secondas vésperas da Epiaania
[a47] Mt 2, 1
[a48] Mt 2, 2
[a49] cf. Nm 24, 17 ; Ap 22, 16
[a50] cf. Nm 24, 17-19
[a51] cf. Jo 4, 22
[a52] cf. Mt 2, 4-6
[a53] S. Leão Magno, serm. 33, 3 : PL 54, 242
[a54] Missale Romanum, Vigilia Pascal 26 : oração depois da terceira leitura.
[a55] cf. Lc 2, 22-39
[a56] cf. Ex 13, 12-13
[a57] cf. Mt 2, 13-18
[a58] cf. Jo15, 20
[a59] cf. Mt 2, 15
[a60]cf. Os 11, 1
[a61]cf. Ga 4, 4
[a62] Lc 2, 51-52
[a63] cf. Rm 5, 19
[a64] Paulo VI, discurso 5 de janeiro de 1964 em Nazaré
[a65] cf. Lc 2, 41-52
[a66] cf. Lc 3, 23
[a67] cf. At 1, 22
[a68] cf. Lc 3, 10-14
[a69] cf. Mt 3, 7
[a70] cf. Mt 21, 32
[a71] cf. Is 53, 12
[a72] cf. Mc 10, 38 ; Lc 12, 50
[a73] cf. Mt 26, 39
[a74] cf. Lc 3, 22 ; Is 42, 1
[a75] Jo 1, 32-33 ; cf. Is 11, 2
[a76] São Gregiório de Nazianzeno., orationes 40, 9 : PG 36, 369B
[a77] S. Hilário, In Ev. Matthaei 2,6 : PL 9, 927
[a78] cf. Mc 1, 12-13
[a79] cf. Sl
95, 10
[a80] Mc 3, 27
[a81] cf. Mt 16, 21-23
[a82] Conforme Constituição Dogmática Concílio Vaticano II « Lumen gentium » item 3.
[a83] Conforme Constituição Dogmática Concílio Vaticano II « Lumen gentium » item 2.
[a84] Conforme Constituição Dogmática Concílio Vaticano II « Lumen gentium » item 5.
[a85] Conforme Constituição Dogmática Concílio Vaticano II « Lumen gentium » item 3.
[a86] cf. Mt 10, 5-7
[a87] cf. Mt 8, 11 ; 28, 19
[a88] Conforme Constituição Dogmática Concílio Vaticano II « Lumen gentium » item 5.
[a89] Lc 4, 18 ; cf. 7, 22
[a90] cf. Mt 11, 25
[a91] cf. Mc 2, 23-26 ; Mt 21, 18
[a92] cf. Jo 4, 6-7 ; 19, 28
[a93] cf. Lc 9, 58
[a94] cf. Mt 25, 31-46
[a95] ; cf. 1 Tm 1, 15
[a96] cf. Lc 15, 11-32
[a97] Cf Mc 4,33-34
[a98] cf. Mt 22, 1-14
[a99] cf. Mt 13, 44-45
[a100] cf. Mt 21, 28-32
[a101] cf. Mt 13, 3-9
[a102] cf. Mt 25, 14-30
[a103] cf. Mt 13, 10-15
[a104] cf. Lc 7, 18-23
[a105] cf. Jo 5, 36 ; 10, 25
[a106] cf. Jo 10, 38
[a107] cf. Mc 5, 25-34 ; 10, 52 ; etc
[a108] cf. Jo 10, 31-38
[a109] Mt 11, 6
[a110] cf. Jo 11, 47-48
[a111] cf. Mc 3, 22
[a112] cf. J 6, 5-15
[a113] cf. Lc 19, 8
[a114]cf. Mt 11, 5
[a115] cf. Lc 12, 13. 14 ; Jn 18, 36
[a116]cf. Jo 8, 34-36
[a117] cf. Mt 12, 26
[a118] cf. Lc 8, 26-39
[a119] Jo 12, 31
[a120] Himo " Vexilla Regis "
[a121] cf. Mc 3, 13-19
[a122] cf. Mc 3, 16 ; 9, 2 ; Lc 24,
34 ; 1 Co 15, 5
[a123] 1 Pd 2, 4
[a124] cf. Lc 22, 32
[a125] cf. Mt 18, 18
[a126] cf. Mt 16, 22-23
[a127] cf. Mt 17, 23 ; Lc 9, 45
[a128] cf. Mt 17, 1-8 par. ; 2 Pd 1, 16-18
[a129] cf. Lc 24, 27
[a130] cf. Is 42, 1
[a131] São Tomás de Aquino., s. th. 3, 45, 4, ad 2
[a132](Liturgia bizantine, Kontakion da feste da Transfiguração).
[a133] ( São Tomás de Aquino., s. th. 3, 45, 4, ad 2).
[a134] cf. Lc 9, 33
[a135] S. Agostinho, sermão 78, 6 : PL 38, 492-493
[a136] cf. Jo 13, 1
[a137] cf. Mc 8, 31-33 ; 9, 31-32 ; 10,
32-34
[a138] cf. Mt 23, 37a
[a139] Lc 19, 41
[a140] cf. Jo 6, 15
[a141] cf. Mt 21, 1-11
[a142] cf. Jo 18, 37
[a143] cf. Mt 21, 15-16 ; Sl 8, 3
[a144] cf. Lc 19, 38 ; 2, 14
[a145] Conforme Exortação apostólica de 16/10/79 «Catechesi tradendae » de João Paulo II, item 9
[a146] cf. Gl 4, 19
[a147] Conforme Constituição Dogmática Concílio Vaticano II « Lumen gentium » item 7.
[a148] Conforme Constituição Dogmática Concílio Vaticano II « Lumen gentium » item 5.
[a149] (cf. S. Leão Magno, serm. 51, 3 : PL 54, 310C)
[a150] cf. Hb 12, 3