Catecismo da Igreja Católica

SEGUNDA PARTE - A CELEBRAÇÃO DO MISTÉRIO CRISTÃO

SEGUNDA SEÇÃO - OS SETE SACRAMENTOS DA IGREJA

1210     Os [§1] sacramentos da nova lei foram instituídos por Cristo e são sete, a saber: o Batismo, a Confirmação, a Eucaristia, a Penitência, a Unção dos Enfermos, a Ordem e o Matrimônio. Os sete sacramentos atingem todas as etapas e todos os momentos importantes da vida do cristão: dão à vida de fé do cristão origem e crescimento, cura e missão. Nisto existe certa semelhança entre as etapas da vida natural e as da vida espiritual[ag2] .

1211     Seguindo [§3] esta analogia, exporemos primeiramente os três sacramentos da iniciação cristã (Capítulo 1), em seguida os sacramentos de cura (Capítulo II.) e, finalmente os sacramentos que estão a serviço da comunhão e da missão dos fiéis (Capítulo III.). Sem dúvida, esta disposição não é a única possível, mas permite ver que os sacramentos formam um organismo no qual cada um especificamente tem seu lugar vital. Neste organismo, a eucaristia ocupa um lugar único por ser “sacramento dos sacramentos”: “todos os demais sacramentos estão ordenados a este como a seu fim[ag4] ”'.

CAPÍTULO I - OS SACRAMENTOS DA INICIAÇÃO CRISTÃ

1212     Pelos sacramentos da iniciação cristã; Batismo, Confirmação e Eucaristia são lançados os fundamentos de toda vida cristã. “A participação na natureza divina, que os homens recebem como dom mediante a graça de Cristo, apresenta certa analogia com a origem, o desenvolvimento e a sustentação da vida natural. Os fiéis, de fato, renascidos no Batismo, são fortalecidos pelo sacramento da Confirmação e, depois, nutridos com o alimento da vida eterna na Eucaristia. Assim, por efeito destes sacramentos da iniciação cristã, estão em condições de saborear cada vez mais os tesouros da vida divina e de progredir até alcançar a perfeição da caridade[ag5] .”

ARTIGO 1

O SACRAMENTO DO BATISMO

1213     O santo Batismo é o fundamento de toda a vida cristã, a porta da vida no Espírito (“vitae spiritualis janua”) e a porta que abre o acesso aos demais sacramentos. Pelo Batismo somos libertados do pecado e regenerados como filhos de Deus, tornamo-os membros de Cristo, somos incorporados à Igreja e feitos participantes de sua missão[ag6] : “Baptismus está sacramentum regenerationis per aquam in verbo O Batismo é o sacramento da regeneração pela água na Palavra[ag7] 

I. Como é chamado este sacramento?

1214     Ele [§8] é denominado Batismo com base no rito central pelo qual é realizado: batizar (“baptizem”, em grego) significa “mergulhar”, “imergir”; o “mergulho” na água simboliza o sepultamento do catecúmeno na morte de Cristo, da qual com Ele ressuscita [ag9] como “nova criatura” (2Cor 5,17; Gl 6,15).

1215     Este [§10] sacramento é também chamado “o banho da regeneração e da renovação no Espírito Santo” (Tt 3,5), pois ele significa e realiza este nascimento a partir da água e do Espírito, sem o qual “ninguém pode entrar no Reino de Deus” (Jo 3,5).

1216     Este [§11] banho é chamado iluminação, porque aqueles que recebem este ensinamento [catequético] têm o espírito iluminado[ag12] ...” Depois de receber no Batismo o Verbo, “a luz verdadeira que ilumina todo homem” (Jo 1,9), o batizado, “após ter sido iluminado[ag13] ”, se converte em “filho da luz[ag14] ” e em “luz” ele mesmo (Ef 5,8):

O Batismo é o mais belo e o mais magnífico dom de Deus. (...) chamamo-lo de dom, graça, unção, iluminação, veste de incorruptibilidade, banho de regeneração, selo, e tudo o que existe de mais precioso. Dom, porque é conferido àqueles que nada trazem; graça, porque é dado até a culpados; Batismo, porque o pecado é sepultado na água; unção, porque é sagrado e régio (tais são os que são ungidos); iluminação, porque é luz resplandecente; veste, porque cobre nossa vergonha; banho, porque lava; selo, porque nos guarda e é o sinal do senhorio de Deus[ag15] .

II. O Batismo na economia da salvação

AS PREFIGURAÇÕES DO BATISMO NA ANTIGA ALIANÇA

1217     Na liturgia da noite pascal, quando da bênção da água batismal, a Igreja faz solenemente memória dos grandes acontecimentos da história da salvação que já prefiguravam o mistério do Batismo:

Ó Deus, pelos sinais visíveis dos sacramentos realizais maravilhas invisíveis. Ao longo da história da salvação, vós vos servistes da água para fazer-nos conhecer a graça do Batismo[ag16] .

1218     Desde [§17] a origem do mundo, a água, esta criatura humilde e admirável, é a fonte da vida e da fecundidade. A Sagrada Escritura a vê como “incubada” pelo Espírito de Deus[ag18] :

Já na origem do mundo, vosso Espírito pairava sobre as águas para que elas recebessem a força de santificar[ag19] .

1219     A [§20] Igreja viu na arca de Noé uma prefiguração da salvação pelo Batismo. Por ela, com efeito, “poucas pessoas, isto é, oito foram salvas da água” (1Pd 3,20):

Nas próprias águas do dilúvio prefigurastes o nascimento da nova humanidade de modo que a mesma água sepultasse os vícios e fizesse nascer a santidade[ag21] .

1220     Se [§22] a água de fonte simboliza a vida, a água do mar é um símbolo da morte, razão pela qual o mar podia prefigurar o mistério da cruz. Por este simbolismo, o Batismo significa a comunhão com a morte de Cristo.

1221     É sobretudo a travessia do Mar Vermelho, verdadeira libertação de Israel da escravidão do Egito, que anuncia a libertação operada pelo Batismo:

Concedestes aos filhos de Abraão atravessar o Mar Vermelho a pé enxuto, para que, livres da escravidão, prefigurassem o povo nascido na água do Batismo[ag23] .

1222     Finalmente, o Batismo é prefigurado na travessia do Jordão, pela qual o povo de Deus recebe o dom da terra prometida à descendência de Abraão, imagem da vida eterna. A promessa desta herança bem-aventurada realiza-se na nova aliança.

O BATISMO DE CRISTO

1223     Todas [§24] as prefigurações da antiga aliança encontram sua realização em Cristo Jesus. Ele começa sua vida pública depois de ter-se feito batizar por São João Batista no Jordão[ag25] , e após sua ressurreição confere esta missão aos apóstolos: “Ide, pois, fazei que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei” (Mt 28,19-20[ag26] ).

1224     Nosso [§27] Senhor submeteu-se voluntariamente ao Batismo de São João, destinado aos pecadores, para “cumprir toda a justiça (Cf Mt 3,15)”. Este gesto de Jesus é uma manifestação de seu “aniquilamento[ag28] ”. O Espírito que pairava sobre as águas da primeira criação desce então sobre Cristo, preludiando a nova criação, e o Pai manifesta Jesus como seu “filho amado[ag29] ”.

1225     Foi [§30] em sua Páscoa que Cristo abriu a todos os homens as fontes do Batismo. Com efeito, já tinha falado da paixão que iria sofrer em Jerusalém como de um “batismo” com o qual devia ser batizado[ag31] . O sangue e a água que escorreram do lado traspassado de Jesus crucificado [ag32] são tipos do Batismo e da Eucaristia, sacramentos da vida nova[ag33] : desde então é possível “nascer da água e do Espírito” para entrar no Reino de Deus (Jo 3,5).

Vê, quando és batizado, donde vem o Batismo, se não da cruz de Cristo, da morte de Cristo. Lá está todo o mistério: ele sofreu por ti. E nele que és redimido, é nele que és salvo e, por tua vez, te tornas salvador[ag34] .

O BATISMO NA IGREJA

1226     A [§35] partir do dia de Pentecostes, a Igreja celebrou e administrou o santo Batismo. Com efeito, São Pedro declara à multidão impressionada com sua pregação: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para a remissão de vossos pecados. Então recebereis o dom do Espírito Santo” (At 2,38). Os Apóstolos e seus colaboradores oferecem o Batismo a todo aquele que crer em Jesus: judeus, tementes a Deus, pagãos[ag36] . O Batismo aparece sempre ligado à fé: “Crê no Senhor e serás salvo, tu e a tua casa”, declara São Paulo a seu carcereiro de Filipos. O relato prossegue: “E imediatamente [o carcereiro recebeu o Batismo, ele e todos os seus” (At 16,31-33).

1227     Segundo [§37] o apóstolo São Paulo, pelo Batismo o crente comunga na morte de Cristo; é sepultado e ressuscita com ele:

Batizados em Cristo Jesus, em sua morte é que fomos batizados. Portanto, pelo Batismo fomos sepultados com ele na morte para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também nós vivamos vida nova (Rm 6,3-4[ag38] ). Os batizados “vestiram-se de Cristo[ag39] ”. Pelo Espírito Santo, o Batismo é um banho que purifica, santifica e justifica[ag40] .

1228     O Batismo é, pois, um banho de água no qual “a semente incorruptível” da Palavra de Deus produz seu efeito vivificante[ag41] . Santo Agostinho dirá do Batismo: “Accedit verbum ad elementum, et fit Sacramentum - Une-se a palavra ao elemento, e acontece o sacramento[ag42] ”.

III. Como é celebrado o sacramento do Batismo?

A INICIAÇÃO CRISTÃ

1229     Tornar-se cristão, eis algo que se realiza desde os tempos dos apóstolos por um itinerário e uma iniciação que passa por várias etapas. Este itinerário pode ser percorrido com rapidez ou lentamente. Dever sempre comportar alguns elementos essenciais: o anúncio da Palavra, o acolhimento do Evangelho acarretando uma conversão, a profissão de fé, o Batismo, a efusão do Espírito Santo, o acesso à Comunhão Eucarística.

1230     Esta [§43] iniciação tem variado muito ao longo dos séculos e de acordo com as circunstâncias. Nos primeiros séculos da Igreja a iniciação cristã conheceu um grande desenvolvimento com um longo período de catecumenato e uma seqüência de ritos preparatórios que balizavam liturgicamente a caminhada da preparação catecumenal e que desembocavam na celebração dos sacramentos da iniciação cristã.

1231     Quando [§44] o Batismo das crianças se tornou amplamente a forma habitual da celebração deste sacramento, esta passou a ser um único ato que integra de maneira muito resumida as etapas prévias à iniciação cristã. Por sua própria natureza, o Batismo das crianças exige um catecumenato pós-batismal. Não se trata somente da necessidade de uma instrução posterior ao Batismo, mas do desabrochar necessário da graça batismal no crescimento da pessoa. E o lugar próprio do catecismo.

1232     O [§45] Concílio Vaticano II restaurou, para a Igreja latina, “o catecumenato dos adultos, distribuído em várias etapas[ag46] ”. Encontram-se tais ritos no Ordo initiationis christianae adultorum (Ritual da iniciação cristã dos adultos). O Concílio por sua vez permitiu que, “além dos elementos de iniciação fornecidos pela tradição cristã”, fossem admitidos “em terras de missão estes outros elementos de iniciação cristã, cuja prática constatamos em cada povo, na medida em que possam ser adaptados ao rito cristão[ag47] ”.

1233     Hoje [§48] em dia, portanto, em todos os ritos latinos e orientais, a iniciação cristã dos adultos começa desde a entrada deles no catecumenato, para atingir seu ponto culminante em uma única celebração dos três sacramentos: Batismo, Confirmação e Eucaristia[ag49] . Nos ritos orientais a iniciação cristã das crianças começa no Batismo, seguido imediatamente pela Confirmação e pela Eucaristia, ao passo que no rito romano ela prossegue durante os anos de catequese, para terminar mais tarde com a Confirmação e a Eucaristia, ápice de sua iniciação cristã[ag50] .

A MISTAGOGIA DA CELEBRAÇÃO

1234     O significado e a graça do sacramento do Batismo aparecem com clareza nos ritos de sua celebração. É acompanhando, com uma participação atenta, os gestos e as palavras desta celebração que os fiéis são iniciados nas riquezas que este sacramento significa e realiza em cada novo batizado.

1235     O [§51] sinal-da-cruz no limiar da celebração, assinala a marca de Cristo naquele que vai pertencer-lhe e significa a graça da redenção que Cristo nos proporcionou por sua cruz.

1236     O [§52] anúncio da Palavra de Deus ilumina com a verdade revelada os candidatos e a assembléia, e suscita a resposta da fé, inseparável do Batismo. Com efeito, o Batismo é de maneira especial “o sacramento da fé”, uma vez que é a entrada sacramental na vida de fé.

1237     Visto [§53] que o Batismo significa a libertação do pecado e de seu instigador, o Diabo, pronuncia-se um (ou vários) exorcismo(s) sobre o candidato. Este é ungido com o óleo dos catecúmenos ou então o celebrante impõe-lhe a mão, e o candidato renuncia explicitamente a satanás. Assim preparado, ele pode confessar a fé da Igreja, à qual será “confiado” pelo Batismo[ag54] .

1238     A [§55] água batismal é então consagrada por uma oração de epiclese (seja no próprio momento, seja na noite pascal). A Igreja pede a Deus que, por seu Filho, o poder do Espírito Santo desça sobre esta água, para que os que forem batizados nela “nasçam da água e do Espírito” (Jo 3,5).

1239     Segue [§56] então o rito essencial do sacramento: o Batismo propriamente dito, que significa e realiza a morte ao pecado e a entrada na vida da Santíssima Trindade por meio da configuração ao mistério pascal de Cristo. O Batismo é realizado da maneira mais significativa pela tríplice imersão na água batismal. Mas desde a antigüidade ele pode também ser conferido derramando-se, por três vezes, a água sobre a cabeça do candidato.

1240     Na Igreja latina, esta tríplice infusão é acompanhada das palavras do ministro: “N..., eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Nas liturgias orientais, estando o catecúmeno voltado para o nascente, o ministro diz: “O servo de Deus, N..., é batizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. E à invocação de cada pessoa da Santíssima Trindade o ministro mergulha o candidato na água e o retira dela.

1241     A [§57] unção com o santo crisma, óleo perfumado consagrado pelo Bispo, significa o dom do Espírito Santo ao novo batizado. Este tornou-se um cristão, isto é, “ungido” do Espírito Santo, incorporado a Cristo, que é ungido sacerdote, profeta e rei[ag58] .

1242     Na [§59] liturgia das Igrejas do Oriente, a unção pós-batismal é o sacramento da Crisma (Confirmação). Na liturgia romana, porém, esta primeira unção anuncia outra, a do santo Crisma, que será feita pelo Bispo: o sacramento da Confirmação, que, por assim dizer, “confirma” e encerra a unção batismal.

1243     A [§60] veste branca simboliza que o batizado “vestiu-se de Cristo”: ressuscitou com Cristo[ag61] . A vela, acesa no círio pascal, significa que Cristo iluminou o neófito. Em Cristo, os batizados são “a luz do mundo” (Mt 5,14[ag62] ). O novo batizado é agora filho de Deus no Filho único. Pode rezar a oração dos filhos de Deus: o Pai-Nosso.

1244     A [§63] primeira comunhão eucarística. Uma vez feito filho de Deus, revestido da veste nupcial, o neófito é admitido “ao festim das bodas do Cordeiro” e recebe o alimento da vida nova, o Corpo e o Sangue de Cristo. As Igrejas orientais mantêm uma consciência viva da unidade da iniciação cristã dando a Santa comunhão a todos os novos batizados e confirmados, mesmo às crianças, lembrando-se da palavra do Senhor: “Deixai vir a mim as crianças, não as impeçais” (Mc 10,14). A Igreja latina, que reserva a Santa comunhão aos que atingiram a idade da razão, exprime a abertura do Batismo para a Eucaristia aproximando do altar a criança recém-batizada para a oração do Pai-Nosso.

1245     A bênção solene conclui a celebração do Batismo. Por ocasião do batismo de recém-nascidos, a bênção da mãe ocupa um lugar especial.

IV. Quem pode receber o Batismo?

1246     “É capaz de receber o Batismo toda pessoa ainda não batizada, e somente ela[ag64] .”

O BATISMO DOS ADULTOS

1247     Desde as origens da Igreja, o Batismo dos adultos é a situação mais normal nas terras onde o anúncio do Evangelho é ainda recente. O catecumenato (preparação para o Batismo) ocupa então um lugar importante. Sendo iniciação à fé e à vida cristã, deve dispor para o acolhimento do dom de Deus no Batismo, na Confirmação e na Eucaristia.

1248     O [§65] catecumenato, ou formação dos catecúmenos, tem por finalidade permitir a estes últimos, em resposta à iniciativa divina e em união com uma comunidade eclesial, que levem a conversão e a fé à maturidade. Trata-se de uma “formação à vida crista integral (...) pela qual os discípulos são unidos a Cristo, seu mestre. Por isso, os catecúmenos devem ser iniciados (...) nos mistérios da salvação e na prática de uma vida evangélica, e introduzidos, mediante ritos sagrados celebrados em épocas sucessivas, na vida da fé, da liturgia e da caridade do povo de Deus[ag66] ”.

1249     Os [§67] catecúmenos “já estão unidos à Igreja, já pertencem à casa de Cristo, não sendo raro levarem uma vida de fé, esperança e caridade[ag68] ”. “A mãe Igreja já os envolve como seus em seu amor, cercando-os de cuidados[ag69] .”

O BATISMO DAS CRIANÇAS

1250     Por [§70] nascerem com uma natureza humana decaída e manchada pelo pecado original, também as crianças precisam do novo nascimento no Batismo[ag71] , a fim de serem libertadas do poder das trevas e serem transferidas para o domínio da liberdade dos filhos de Deus[ag72] , para a qual todos os homens são chamados. A gratuidade pura da graça da salvação é particularmente manifesta no Batismo das crianças. A Igreja e os pais privariam então a criança da graça inestimável de tomar-se filho de Deus se não lhe conferissem o Batismo pouco depois do nascimento[ag73] .

1251     Os pais cristãos hão de reconhecer que esta prática corresponde também à sua função de alimentar a vida que Deus confiou a eles[ag74] .

1252     A prática de batizar as crianças é uma tradição imemorial da Igreja. É atestada explicitamente desde o século II. Mas é bem possível que desde o início da pregação apostólica, quando “casas” inteiras receberam o Batismo[ag75] , também se tenha batizado as crianças[ag76] .

FÉ E BATISMO

1253     O [§77] batismo é o sacramento da [ag78] . Mas a fé tem necessidade da comunidade dos crentes. Cada um dos fiéis só pode crer dentro da fé da Igreja. A fé que se requer para o Batismo não é uma fé perfeita e madura, mas um começo, que deve desenvolver-se. Ao catecúmeno ou a seu padrinho é feita a pergunta: “Que pedis à Igreja de Deus?”. E ele responde: “A fé!”.

1254     Em [§79] todos os batizados, crianças ou adultos, a fé deve crescer após o Batismo. E por isso que a Igreja celebra cada ano, na noite pascal, a renovação das promessas batismais. A preparação para o Batismo leva apenas ao limiar da vida nova. O Batismo é a fonte da vida nova em Cristo, fonte esta da qual brota toda a vida cristã.

1255     Para [§80] que a graça batismal possa desenvolver-se, é importante a ajuda dos pais. Este é também o papel do padrinho ou da madrinha, que devem ser cristãos firmes, capazes e prontos a ajudar o novo batizado, criança ou adulto, em sua caminhada na vida cristã[ag81] . A tarefa deles é uma verdadeira função eclesial (“officium[ag82] ”). A comunidade eclesial inteira tem uma parcela de responsabilidade no desenvolvimento e na conservação da graça recebida no Batismo.

V. Quem pode batizar?

1256     São [§83] ministros ordinários do Batismo o Bispo e o presbítero e, na Igreja latina, também o diácono[ag84] . Em caso de necessidade, qualquer pessoa, mesmo não batizada, que tenha a intenção exigida, pode batizar[ag85] , utilizando a fórmula batismal trinitária. A intenção requerida é querer fazer o que a Igreja faz quando batiza. A Igreja vê a razão desta possibilidade na vontade salvífica universal de Deus [ag86] e na necessidade do Batismo para a salvação[ag87] .

VI. A necessidade do Batismo

1257     O [§88] Senhor mesmo afirma que o Batismo é necessário para a salvação[ag89] . Também ordenou a seus discípulos que anunciassem o Evangelho e batizassem todas a nações[ag90] . O Batismo é necessário, para a salvação, para aqueles aos quais o Evangelho foi anunciado e que tiveram a possibilidade de pedir este sacramento[ag91] . A Igreja não conhece outro meio senão o Batismo para garantir a entrada na bem-aventurança eterna; é por isso que cuida de não negligenciar a missão que recebeu do Senhor, de fazer “renascer da água e do Espírito” todos aqueles que podeis ser batizados. Deus vinculou a salvação ao sacramento do Batismo, mas ele mesmo não está vinculado a seus sacramentos.

1258     Desde [§92] sempre, a Igreja mantém a firme convicção de que as pessoas que morrem em razão da fé, sem terem recebido o Batismo, são batizadas por sua morte por e com Cristo. Este Batismo de sangue, como o desejo do Batismo, acarreta os frutos do Batismo, sem ser sacramento.

1259     Para [§93] os catecúmenos que morrem antes de seu Batismo, seu desejo explícito de recebê-lo, juntamente com o arrependimento de seus pecados e a caridade, garante-lhes a salvação que não puderam receber pelo sacramento.

1260     Sendo [§94] que Cristo morreu por todos e que a vocação última do homem é realmente uma só, a saber, divina, devemos sustentar que o Espírito Santo oferece a todos, sob forma que só Deus conhece, a possibilidade de se associarem ao Mistério Pascal[ag95] .” Todo homem que, desconhecendo o Evangelho de Cristo e sua Igreja, procura a verdade e pratica a vontade de Deus segundo seu conhecimento dela pode ser salvo. Pode-se supor que tais pessoas teriam desejado explicitamente o Batismo se tivessem tido conhecimento da necessidade dele.

1261     Quanto [§96] às crianças mortas sem Batismo, a Igreja só pode confiá-las à misericórdia de Deus, como o faz no rito das exéquias por elas. Com efeito, a grande misericórdia de Deus, “que quer que todos os homens se salvem” (1Tm 2,4), e a ternura de Jesus para com as crianças, que o levou a dizer: “Deixai as crianças virem a mim, não as impeçais” (Mc 10,14), nos permitem esperar que haja um caminho de salvação para as crianças mortas sem Batismo. Eis por que é tão premente o apelo da Igreja de não impedir as crianças de virem a Cristo pelo dom do santo Batismo.

VII. A graça do Batismo

1262     Os [§97] diferentes efeitos do Batismo são significados pelos elementos sensíveis do rito sacramental. O mergulho na água faz apelo ao simbolismo da morte e da purificação, mas também da regeneração e da renovação. Os dois efeitos principais são, pois, a purificação dos pecados e o novo nascimento no Espírito Santo[ag98] .

PARA A REMISSÃO DOS PECADOS...

1263     Pelo [§99] Batismo, todos os pecados são perdoados: o pecado original e todos os pecados pessoais, bem como todas as penas do pecado[ag100] . Com efeito, naqueles que foram regenerados não resta nada que os impeça de entrar no Reino de Deus: nem o pecado de Adão, nem o pecado pessoal, nem as seqüelas do pecado, das quais a mais grave é a separação de Deus.

1264     No [§101] batizado, porém, certas conseqüências temporais do pecado permanecem, tais como os sofrimentos, a doença, a morte ou as fragilidades inerentes à vida, como as fraquezas de caráter etc., assim como a propensão ao pecado, que a Tradição chama de concupiscência ou, metaforicamente, o “incentivo do pecado” (fomes peccati”): “Deixada para os nossos combates, a concupiscência não é capaz de prejudicar aqueles que, não consentindo nela, resistem com coragem pela graça de Cristo. Mais ainda: 'um atleta não recebe a coroa se não lutou segundo as regras' (2Tm 2,5[ag102] ).

UMA CRIATURA NOVA

1265     O [§103] Batismo não somente purifica de todos os pecados, mas também faz do neófito “uma criatura nova[ag104] ”, um filho adotivo de Deus [ag105] que se tornou “participante da natureza divina[ag106] ”, membro de Cristo [ag107] e co-herdeiro com ele[ag108] , templo do Espírito Santo[ag109] .

1266     A [§110] Santíssima Trindade dá ao batizado a graça santificante, a graça da justificação, a qual

ü      torna-o capaz de crer em Deus, de esperar nele e de amá-lo por meio das virtudes teologais;

ü      concede-lhe o poder de viver e agir sob a moção do Espírito Santo por seus dons;

ü      permite-lhe crescer no bem pelas virtudes morais.

Assim, todo o organismo da vida sobrenatural do cristão tem sua raiz no santo Batismo.

INCORPORADOS À IGREJA, CORPO DE CRISTO

1267     O [§111] Batismo faz-nos membros do Corpo de Cristo. “Somos membros uns dos outros” (Ef 4,25). O Batismo incorpora à Igreja. Das fontes batismais nasce o único povo de Deus da nova aliança, que supera todos os limites naturais ou humanos das nações, das culturas, das raças e dos sexos: “Fomos todos batizados num só Espírito para sermos um só corpo” (1Cor 12,13).

1268     Os [§112] batizados tornaram-se “pedras vivas” para a “construção de um edifício espiritual, para um sacerdócio santo” (1 Pd 2,5). Pelo Batismo, participam do sacerdócio de Cristo, de sua missão profética e régia; “sois a raça eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo de sua particular propriedade, a fim de que proclameis as excelências daquele que vos chamou das trevas para sua luz maravilhosa” (1Pd 2,9). O Batismo faz participar do sacerdócio comum dos fiéis.

1269     Feito [§113] membro da Igreja, o batizado não pertence mais a si mesmo[ag114] , mas àquele que morreu e ressuscitou por nós[ag115] . Logo, é chamado a submeter-se aos outros[ag116] , a servi-los [ag117] na comunhão da Igreja, a ser “obediente e dócil” aos chefes da Igreja [ag118] e a considerá-los com respeito e afeição[ag119] . Assim como o Batismo é a fonte de responsabilidades e de deveres, o batizado também goza de direitos dentro da Igreja: de receber os sacramentos, de ser alimentado com a Palavra de Deus e de ser sustentado pelos outros auxílios espirituais da Igreja[ag120] .

1270     Tornados [§121] filhos de Deus pela regeneração (batismal], (os batizados) são obrigados a professar diante dos homens a fé que pela Igreja receberam de Deus[ag122] ” e a participar da atividade apostólica e missionária do povo de Deus[ag123] .

O VÍNCULO SACRAMENTAL DA UNIDADE DOS CRISTÃOS

1271     O [§124] Batismo constitui o fundamento da comunhão entre todos os cristãos, também com os que ainda não estão em comunhão plena com a Igreja católica: “Com efeito, aqueles que crêem em Cristo e foram validamente batizados acham-se em certa comunhão, embora não perfeita, com a Igreja católica. (...) Justificados pela fé no Batismo, são incorporados a Cristo e, por isso, com razão, são honrados com o nome de cristãos e merecidamente reconhecidos pelos filhos da Igreja católica como irmãos no Senhor[ag125] ”. “O Batismo, pois, constitui o vínculo sacramental da unidade que liga todos os que foram regenerados por ele[ag126] .”

UM SINAL ESPIRITUAL INDELÉVEL...

1272     Incorporado [§127] em Cristo pelo Batismo, o batizado é configurado a Cristo[ag128] . O Batismo sela o cristão com um sinal espiritual indelével (“character”) de sua pertença a Cristo. Pecado algum apaga esta marca, se bem que possa impedir o Batismo de produzir frutos de salvação[ag129] . Dado uma vez por todas, o Batismo não pode ser reiterado.

1273     Incorporados [§130] à Igreja pelo Batismo, os fiéis receberam o caráter sacramental que os consagra para o culto religioso cristão[ag131] . O selo batismal capacita e compromete os cristãos a servirem a Deus em uma participação viva na sagrada liturgia da Igreja e a exercerem seu sacerdócio batismal pelo testemunho de uma vida santa e de uma caridade eficaz[ag132] .

1274     O [§133] “selo do Senhor” (“Dominicus character[ag134] ”) é o selo com o qual o Espírito Santo nos marcou “para o dia da redenção” (Ef 4,30[ag135] ). “O Batismo, com efeito, é o selo da vida eterna[ag136] .” O fiel que tiver “guardado o selo” até o fim, isto é, que tiver permanecido fiel às exigências de seu Batismo, poderá caminhar “marcado pelo sinal da [ag137] ”, com a fé de seu Batismo, à espera da visão feliz de Deus - consumação da fé - e na esperança da ressurreição.

RESUMINDO

1275     A iniciação cristã realiza-se pelo conjunto de três sacramentos: o Batismo, que é o início da vida nova; a Confirmação, que é sua consolidação e a Eucaristia, que alimenta o discípulo com o Corpo e o Sangue de Cristo em vista de sua transformação nele.

1276     “Ide, portanto, e fazei que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo quanto vos ordenei” (Mt 28,19-20).

1277     O Batismo constitui o nascimento para a vida nova em Cristo. Segundo a vontade do Senhor, ele é necessário para a salvação, como a própria Igreja, na qual o Batismo introduz.

1278     O rito essencial do Batismo consiste em mergulhar na água o candidato ou em derramar água sobre sua cabeça, pronunciando a invocação da Santíssima Trindade, isto é, do Pai, do Filho e do Espírito Santo

1279     O fruto do Batismo ou graça batismal é uma realidade rica que comporta: a remissão do pecado original e de todos os pecados pessoais; o nascimento para a vida nova, pelo qual o homem se torna filho adotivo do Pai, membro de Cristo, templo do Espírito Santo Com isto mesmo, o batizado é incorporado à Igreja, corpo de Cristo, e se torna participante do sacerdócio de Cristo.

1280     O Batismo imprime na alma um sinal espiritual indelével, o caráter, que consagra o batizado ao culto da religião cristã. Em razão do caráter, o Batismo não pode ser reiterado[ag138] .

1281     Os que morrem por causa da fé, os catecúmenos e todos os homens que, sob o impulso da graça, sem conhecerem a Igreja, procuram com sinceridade a Deus e se esforçam por cumprir a vontade dele podem ser salvos, mesmo que não tenham recebido o Batismo[ag139] .

1282     Desde os tempos mais antigos, o Batismo é administrado às crianças, pois é uma graça e um dom de Deus que não supõe méritos humanos; as crianças são batizadas na fé da Igreja. A entrada na vida cristã dá acesso à verdadeira liberdade.

1283     Quanto às crianças mortas sem Batismo, a liturgia da Igreja convida-nos a ter confiança na misericórdia divina e a orar pela salvação delas.

1284     Em caso de necessidade, qualquer pessoa pode batizar, desde que tenha a intenção de fazer o que faz a Igreja, e que derrame água sobre a cabeça do candidato dizendo: “Eu te batizo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”.

 

 

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Rev.2 de  dez/2003


 [§1] 1113

 [ag2]Cf São Tomás de Aquino , Summa theologiae, III, q. 65, a. 1, c: Ed. Leon. 12, 56-57.

 [§3] 1374

 [ag4]São Tomás de Aquino , Summa theologiae, III, q. 65, a. 3, c: Ed. Leon. 12, 60.

 [ag5]Paulo   VI, Constituição  apostólica  Divinae consortium naturae: AAS 63 (1971) 657; cf Rito de iniciação cristã dos adultos, Introdução general, 1-2 (Livraria Editora Vaticana 1992) p. 17.

 [ag6]Cf Concílio de  Florença, Decretum pro Armenis: DS 1314; CIC cânone 204, § 1. 849; CCEO cânone  675, § 1.

 [ag7]Catecismo  Romano 2, 2, 5: ed. P. Rodríguez (Cidade do Vaticano-Pamplona 1989) p. 179.

 [§8] 628

 [ag9]Cf Rm 6,3-4; Cl 2,12.

 [§10] 1257

 [§11] 1243

 [ag12]São Justino, Apologia, 1, 61: CA 1, 168 (PG 6, 421).

 

 [ag13]Cf Hb 10,32.

 

 [ag14]Cf 1 Ts 5,5.

 [ag15]São Gregorio Nazianzeno, Oratio 40, 3-4: SC 358, 202-204 (PG 36, 361-364).

 [ag16]Vigília Pascal, Benção da áqua: Missal Romano(Livraria Editora Vaticana 1993) p. 177.

 

 [§17] 344,694

 [ag18]Cf Gn 1,2.

 [ag19]Vigília Pascal, Benção da água: Missal Romano(Livraria Editora Vaticana 1993) p. 177

 [§20] 701,845

 [ag21]Vigília Pascal, Benção da água: Missal Romano(Livraria Editora Vaticana 1993) p. 177

 [§22] 1010

 [ag23]Vigília Pascal, Benção da áqua: Missal Romano(Livraria Editora Vaticana 1993) p. 177.

 

 [§24] 232

 [ag25]Cf Mt 3,13.

 [ag26]Cf Mc 16,15-16.

 [§27] 536

 [ag28]Cf Fl 2,7.

 [ag29]Cf Mt 3,16-17

 [§30] 766

 [ag31] Cf Mc 10,38; Lc 12,50

 [ag32]Cf Jo 19,34

 [ag33]Cf 1 Jo 5,6-8.

 [ag34]Santo Ambrósio, De sacramentis, 2, 2, 6: CSEL 73, 27-28 (PL 16, 425-426).

 [§35] 849

 [ag36]Cf At 2,41; 8,12-13; 10,48; 16,15.

 [§37] 790

 [ag38]Cf Cl 2,12

 [ag39]Cf Gl 3,27.

 [ag40]Cf 1 Cor 6,11; 12,13

 [ag41]Cf 1 Pd 1,23; Ef 5,26.

 [ag42]Santo Agostinho, In Iohannis evangelium tractatus, 80, 3: CCL 36, 529 (PL 35, 1840).

 

 [§43] 1248

 [§44] 13

 [§45] 1204

 [ag46]Concílio Vaticano II, Constituição  Sacrosanctum Concilium, 64: AAS 56 (1964) 117

 [ag47] Concílio Vaticano II, Constituição  Sacrosanctum Concilium, 65: AAS 56 (1964) 117; cf Idem, 37-40: AAS 56 (1964) 110-111.

 [§48] 1290

 [ag49]Cf Concílio Vaticano II, Decreto  Ad gentes, 14: AAS 58 (1966) 963; CIC cânone 851. 865-866.

 [ag50]Cf CIC cânone 851, 2. 868.

 [§51] 617,2157

 [§52] 1122

 [§53] 1673,189

 [ag54] Cf Rm 6,17.

 [§55] 1217

 [§56]1214

 [§57] 1294,1574,783

 [ag58]Cf Rito do Batismo dos meninos, 71 (Livraria Editora Vaticana 1995) p. 67.

 [§59] 1291

 [§60] 1216,2769

 [ag61]Cf Gl 3,27.

 [ag62]Cf Fl 2,15.

 [§63] 1292

 [ag64]CIC cânone  864; cf CCEO cânone  679

 [§65] 1230

 [ag66]Concílio Vaticano II, Decreto  Ad gentes, 14: AAS 58 (1966) 962-963; cf Rito de iniciação cristã dos adultos, Introdução, 19 (Livraria Editora Vaticana 1992) p. 33; Idem, Tempo e ritos do catecumenato, 98, p. 71.

 

 [§67] 1259

 [ag68]Concílio Vaticano II, Decreto  Ad gentes, 14: AAS 58 (1966) 963

 [ag69]Concílio Vaticano II, Constituição dogmática  Lumen gentium, 14: AAS 57 (1965) 19; cf CIC cânone 206. 788.

 [§70] 403,1996

 [ag71]Cf Concílio de  Trento, Sessão 5a, Decretum de peccato originali, cânone  4: DS 1514

 [ag72]Cf Cl 1,12-14

 [ag73]Cf CIC cânone  867; CCEO cânone  686, § 1

 [ag74]Cf Concílio Vaticano II, Constituição dogmática  Lumen gentium, 11: AAS 57 (1965) 15-16; Idem, 41: AAS 57 (1965) 47; Id., Constituição  Pastoral  Gaudium et spes, 48: AAS 58 (1966) 1067-1069; CIC cânone 774, § 2. 1136.

 

 [ag75]Cf At 16,15.33; 18,8; 1 Cor 1,16

 [ag76]Cf Congregação pela Doutrina da Fé, Istr. Pastoralis actio, 4: AAS 72 (1980) 1139.

 

 [§77] 1123,168

 [ag78]Cf Mc 16,16.

 [§79] 2101

 [§80] 1311

 [ag81]Cf CIC cânone 872-874

 [ag82]Cf Concílio Vaticano II, Constituição  Sacrosanctum Concilium, 67: AAS 56 (1964) 118.

 

 [§83] 1239,1240,1752

 [ag84]Cf CIC cânone  861, § 1; CCEO cânone  677, § 1

 [ag85]Cf CIC cânone  861, § 2

 [ag86] Cf 1 Tm 2,4.

 [ag87] Cf Mc 16,16

 [§88] 1129,161,846

 [ag89]Cf Jo 3,5

 [ag90] Cf Mt 28,20. Cf Concílio de  Trento, Sessão 7a, Decretum de sacramentis, Canones de sacramento Baptismi, cânone  5: DS 1618; Concílio Vaticano II, Constituição dogmática  Lumen gentium, 14: AAS 57 (1965) 18; Id., Decreto  Ad gentes, 5: AAS 58 (1966) 951-952.

 [ag91] Cf Mc 16,16

 [§92] 2473

 [§93] 1249

 [§94] 848

 [ag95] Concílio Vaticano II, Constituição  Pastoral  Gaudium et spes, 22: AAS 58 (1966) 1043; cf Id., Constituição dogmática  Lumen gentium, 16: AAS 57 (1965) 20; Id., Decreto  Ad gentes, 7: AAS 58 (1966) 955.

 [§96] 1257,1250

 [§97] 1234

 [ag98] Cf At 2,38; Jo 3,5

 [§99] 977,1425

 [ag100] Cf Concílio de  Florença, Decretum pro Armenis: DS 1316

 [§101] 976,2514,1426,405

 [ag102]Concílio de  Trento, Sessão 5a, Decretum de peccato originali, cânone  5: DS 1515.

 

 [§103] 505,460

 [ag104]Cf 2 Cor 5,17

 [ag105]Cf Gl 4,5-7.

 [ag106]2 Pd 1,4

 [ag107]Cf 1 Cor 6,15; 12,27

 [ag108]Cf Rm 8,17

 [ag109]Cf 1 Cor 6,19.

 [§110] 1992,1812,1831,1810

 [§111] 782

 [§112] 1141,784

 [§113] 871

 [ag114]Cf 1 Cor 6,19

 [ag115]Cf 2 Cor 5,15

 [ag116]Cf Ef 5,21; 1 Cor 16,15-16

 [ag117]Cf Jo 13,12-15.

 [ag118] Cf Hb 13,17

 [ag119]Cf 1 Ts 5,12-13

 [ag120]Cf Concílio Vaticano II, Constituição dogmática  Lumen gentium, 37: AAS 57 (1965) 42-43; CIC cânone 208-223; CCEO cânone  675, § 2

 [§121] 2472

 [ag122]Concílio Vaticano II, Constituição dogmática  Lumen gentium, 11: AAS 57 (1965) 16.

 [ag123]Cf Concílio Vaticano II, Constituição dogmática  Lumen gentium, 17: AAS 57 (1965) 21; Id., Decreto  Ad gentes, 7: AAS 58 (1966) 956; Idem, 23: AAS 58 (1966) 974-975.

 [§124] 818,838

 [ag125]Concílio Vaticano II, Decreto  Unitatis redintegratio, 3: AAS 57 (1965) 93.

 

 [ag126]Concílio Vaticano II, Decreto  Unitatis redintegratio, 22: AAS 57 (1965) 105

 [§127] 1121

 [ag128] Cf Rm 8,29

 [ag129]Cf Concílio de  Trento, Sessão 7a, Decretum de sacramentis, Canones de sacramentis in genere, cânone  9: DS 1609; Idem, Canones de sacramento Batismo, cânone  6: DS 1619.

 [§130] 1070

 [ag131]Cf Concílio Vaticano II, Constituição dogmática  Lumen gentium, 11: AAS 57 (1965) 16.

 

 [ag132]Cf Concílio Vaticano II, Constituição dogmática  Lumen gentium, 10: AAS 57 (1965) 15-16.

 [§133] 197,2016

 [ag134] Cf Santo Agostinho, Epístola 98, 5: CSEL 34, 527 (PL 33, 362).

 

 [ag135]Cf Ef 1,13-14; 2 Cor 1,21-22.

 [ag136] Santo Irineu de  Lião, Demonstratio praedicationis apostolicae, 3: SC 62, 32.

 [ag137]Oração Eucaristica no Canone Romano: Missal Romano(Livraria Editora Vaticana 1993) p. 391