Catecismo da Igreja Católica

PRIMEIRA PARTE - SEGUNDA SEÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ

OS SÍMBOLOS DA FÉ

CAPITULO II - ARTIGO 5

"JESUS CRISTO DESCEU AOS INFERNOS, RESSUSCITOU DOS MORTOS NO TERCEIRO DIA"

631         "Jesus desceu às profundezas da terra. Aquele que desceu é também aquele que subiu" (Ef 4,9-10). O Símbolo dos Apóstolos confessa em um mesmo artigo de fé a descida de Cristo aos Infernos e sua Ressurreição dos mortos no terceiro dia, porque em sua Páscoa é do fundo da morte que ele fez jorrar a vida:

Cristo, teu Filho,

que, retomado dos Infernos,

brilhou sereno para o gênero humano,

e vive e reina pelos séculos dos séculos. Amem[a1] .

PARÁGRAFO I

CRISTO DESCEU AOS INFERNOS

632         As freqüentes afirmações do Novo Testamento segundo as quais Jesus "ressuscitou dentre os mortos" (1Cor 15,20[a2] ) pressupõem, anteriormente à ressurreição, que este tenha ficado na Morada dos Mortos[a3] . Este é o sentido primeiro que a pregação apostólica deu à descida de Jesus aos Infernos: Jesus conheceu a morte como todos os seres humanos e com sua alma esteve com eles na Morada dos Mortos. Mas para lá  foi como Salvador, proclamando a boa notícia aos espíritos que ali estavam aprisionados[a4] .

633         A Escritura denomina a Morada dos Mortos, para a qual Cristo morto desceu, de os Infernos, o sheol ou o Hades[a5] , Visto que os que lá se encontram estão privados da visão de  Deus[a6] . Este é, com efeito, o estado de todos os mortos, maus ou justos[a7] , à espera do Redentor que não significa que a sorte deles seja idêntica, como mostra Jesus na parábola do pobre Lázaro recebido no "seio de Abraão[a8] ". "São precisamente essas almas santas, que esperavam seu Libertador no seio de Abraão, que Jesus libertou ao descer aos Infernos[a9] ". Jesus não desceu aos Infernos para ali libertar os condenados [a10] nem para destruir o Inferno da condenação[a11] , mas para libertar os justos que o haviam precedido[a12] .

(Parágrafo Relacionado 1033)

634         "A Boa Nova foi igualmente anunciada aos mortos..." (1Pd 4,6). A descida aos Infernos é o cumprimento, até sua plenitude, do anúncio evangélico da salvação. É a fase última da missão messiânica de Jesus, fase condensada no tempo, mas imensamente vasta em sua significação real de extensão da obra redentora a todos os homens de todos os tempos e de todos os lugares, pois todos os que são salvos se tomaram participantes da Redenção.

(Parágrafo Relacionado 605)

635         Cristo desceu, portanto, no seio da terra[a13] , a fim de que "os mortos ouçam a voz do Filho de Deus e os que a ouvirem vivam" (Jo 5,25). Jesus, "o Príncipe da vida[a14] ", "destruiu pela morte o dominador da morte, isto é, O Diabo, e libertou os que passaram toda a vida em estado de servidão, pelo temor da morte" (Hb 2,5). A partir de agora, Cristo ressuscitado "detém a chave da morte e do Hades" (Ap 1,18), e "ao nome de Jesus todo joelho se dobra no Céu, na Terra e nos Infernos" (Fl 2,10).

Um grande silêncio reina hoje na terra, um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio porque o Rei dorme. A terra tremeu e acalmou-se porque Deus adormeceu na carne e foi acordar os que dormiam desde séculos... Ele vai procurar Adão, nosso primeiro Pai, a ovelha perdida. Quer ir visitar todos os que se assentaram nas trevas e à sombra da morte. Vai libertar de suas dores aqueles dos quais é filho e para os quais é Deus: Adão acorrentado e Eva com ele cativa. "Eu sou teu Deus, e por causa de ti me tornei teu filho. Levanta-te, tu que dormes, pois não te criei para que fiques prisioneiro do Inferno: Levanta-te dentre os mortos, eu sou a Vida dos mortos[a15] ."

RESUMINDO

636         Na expressão "Jesus desceu à mansão dos mortos", o símbolo confessa que Jesus morreu realmente e que, por sua morte por nós, venceu a morte e o Diabo, "o dominador da morte. (Hb 2,14)

637         O Cristo morto, em sua alma unida à sua pessoa divina, desceu à Morada dos Mortos. Abriu as portas do Céu aos justos que o haviam precedido.

PARÁGRAFO 2

NO TERCEIRO DIA RESSUSCITOU DOS MORTOS

638         "Anunciamo-vos a Boa Nova: a promessa, feita a nossos pais, Deus a realizou plenamente para nós, seus filhos, ressuscitando Jesus" (At 13,32-33). A Ressurreição de Jesus é a verdade culminante de nossa fé em Cristo, crida e vivida como verdade central pela primeira comunidade cristã, transmitida como fundamental pela Tradição, estabelecida pelos documentos do Novo Testamento, pregada, juntamente com a Cruz,  como parte essencial do Mistério Pascal.

(Parágrafos Relacionados 90,651,991)

Cristo ressuscitou dos mortos.

Por sua morte venceu a morte,

Aos mortos deu a vida[a16] .

I - O evento histórico e transcendente

639         O mistério da Ressurreição de Cristo é um acontecimento real que teve manifestações historicamente constatadas, como atesta o Novo Testamento. Já  São Paulo escrevia aos Coríntios pelo ano de 56: "Eu vos transmiti... o que eu mesmo recebi: Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras. Foi sepultado, ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. Apareceu a Cefas, e depois aos Doze" (1Cor 15,3-4). O apóstolo fala aqui da viva tradição da Ressurreição, que ficou conhecendo após sua conversão às portas de Damasco[a17] .

O TÚMULO VAZIO

640         "Por que procurais entre os mortos Aquele que vive? Ele não esta aqui; ressuscitou" (Lc 24,5-6). No quadro dos acontecimentos da Páscoa, c primeiro elemento com que se depara é o sepulcro vazio. Ele não constitui em si uma prova direta. A ausência do corpo de Cristo no túmulo poderia explicar-se de outra forma[a18] . Apesar disso, o sepulcro vazio constitui para todos um sinal essencial. Sua descoberta pelos discípulos foi o primeiro passo para o reconhecimento do próprio fato da Ressurreição. Este é o caso das santas mulheres, em primeiro 1ugar[a19] , em seguida de Pedro[a20] . "O discípulo que Jesus amava" (Jo 20,2) afirma que, ao entrar no túmulo vazio e ao descobrir "os panos de linho no chão" (Jo 20,6), "viu e creu[a21] ". Isto supõe que ele tenha constatado, pelo estado do sepulcro vazio[a22] , que a ausência do corpo de Jesus não poderia ser obra humana e que Jesus não havia simplesmente retomado a Vida terrestre, como tinha sido o caso de Lázaro[a23] .

(Parágrafo Relacionado 999)

AS APARIÇÕES DO RESSUSCITADO

641         Maria de Mágdala e as santas mulheres, que Vinham terminar de embalsamar o corpo de Jesus[a24] , sepultado às pressas, devido à chegada do Sábado, na tarde da Sexta-feira Santa[a25] , foram as primeiras a encontrar o Ressuscitado[a26] . Assim, as mulheres foram as primeiras mensageiras da Ressurreição de Cristo para os próprios apóstolos[a27] .  Foi a eles que Jesus apareceu em seguida, primeiro a Pedro, depois aos Doze[a28] . Pedro, chamado a confirmar a fé de seus irmãos[a29] ,  vê portanto, o Ressuscitado antes deles, e é baseada no testemunho dele que a comunidade exclama: "E verdade! O Senhor ressuscitou e apareceu a Simão" (Lc 24,34).

(Parágrafos Relacionados 553,448)

642         Tudo o que aconteceu nesses dias pascais convoca todos os apóstolos, de modo particular Pedro, para a construção da era nova que começou na manhã de Páscoa. Como testemunhas do Ressuscitado, são eles as pedras de fundação de sua Igreja. A fé da primeira comunidade dos crentes tem por fundamento o testemunho de homens concretos, conhecidos dos cristãos e, na maioria dos casos, vivendo ainda entre eles. Estas "testemunhas da Ressurreição de Cristo[a30] " são, antes de tudo, Pedro e os Doze, mas não somente eles: Paulo fala claramente de mais de quinhentas pessoas às quais Jesus apareceu de uma só vez, além de Tiago e de todos os apóstolos[a31] .

(Parágrafos Relacionados 659,881,860)

643         Diante desses testemunhos é impossível interpretar a Ressurreição de Cristo fora da ordem física e não reconhecê-la como um fato histórico. Os fatos mostram que a fé dos discípulos foi submetida à prova radical da paixão e morte na cruz de seu Mestre, anunciada antecipadamente por Ele[a32] . O abalo provocado pela Paixão foi tão grande que os discípulos (pelo menos alguns deles) não creram de imediato na notícia da ressurreição. Longe de nos falar de uma comunidade tomada de exaltação mística, os Evangelhos nos apresentam discípulos abatidos, "com o rosto sombrio" (Lc 24,17) e assustados[a33] . Por isso não acreditaram nas santas mulheres que voltavam do sepulcro, e "as palavras delas pareceram-lhes desvario" (Lc 24,11[a34] ). Quando Jesus se manifesta aos onze na tarde da Páscoa, "censura-lhes a incredulidade e a dureza de coração, porque não haviam dado crédito aos que tinham visto o Ressuscitado" (Mc 16,14).

644         Mesmo confrontados com a realidade de Jesus ressuscitado, os discípulos ainda duvidam[a35] , a tal ponto que o fato lhes parece impossível: pensam estar vendo um espírito[a36] . "Por causa da alegria, não podiam acreditar ainda e permaneciam perplexos" (Lc 24,41). Tomé conhecerá  a mesma provação da dúvida [a37] e quando da última aparição na Galiléia, contada por Mateus, "alguns, porém, duvidaram" (Mt 28,17). Por isso, a hipótese segundo a qual a ressurreição teria sido um "produto" da fé (ou da credulidade) dos apóstolos carece de consistência. Muito pelo contrário, a fé que tinham na Ressurreição nasceu - sob a ação da graça divina - da experiência direta da realidade de Jesus ressuscitado.

O  ESTADO DA HUMANIDADE RESSUSCITADA DE CRISTO

645         Jesus ressuscitado estabelece com seus discípulos relações diretas, em que estes o apalpam [a38] e com Ele comem[a39] . Convida-os, com isso, a reconhecer que Ele não é um espírito[a40] , mas sobretudo a constatar que o corpo ressuscitado com o qual Ele se apresenta a eles é o mesmo que foi martirizado e crucificado, pois ainda traz as marcas de sua Paixão[a41] . Contudo, este corpo autêntico e real possui, ao mesmo tempo, as propriedades novas de um corpo glorioso: não está  mais situado no espaço e no tempo, mas pode tornar-se presente a seu modo, onde e quando quiser[a42] , pois sua humanidade não pode mais ficar presa à terra, mas já  pertence exclusivamente ao domínio divino do Pai[a43] . Por esta razão também Jesus ressuscitado é soberanamente livre de aparecer como quiser: sob a aparência de um jardineiro [a44] ou “de outra forma" (Mc 16,12), diferente das que eram familiares aos discípulos, e isto precisamente para suscitar-lhes a [a45] .

(Parágrafo Relacionado 999)

646         A Ressurreição de Cristo não constituiu uma volta à vida terrestre, como foi o caso das ressurreições que Ele havia realizado antes da Páscoa: a filha de Jairo, o jovem de Naim e Lázaro. Tais fatos eram acontecimentos miraculosos, mas as pessoas contempladas pelos milagres voltavam simplesmente à vida terrestre "ordinária" pelo poder de Jesus. Em determinado momento, voltariam a morrer. A Ressurreição de Cristo é essencialmente diferente. Em seu corpo ressuscitado, Ele passa de um estado de morte para outra vida, para além do tempo e do espaço. Na Ressurreição, o corpo de Jesus é repleto do poder do Espírito Santo; participa da vida divina no estado de sua glória, de modo que Paulo pode chamar a Cristo de "o homem celeste[a46] ". 

(Parágrafos Relacionados 934,549)

A RESSURREIÇÃO COMO ACONTECIMENTO TRANSCENDENTE

647         "Só tu, noite feliz "canta o Exsultet da Páscoa – “soubeste a hora em que Cristo da morte ressurgia[a47] ." Com efeito ninguém foi testemunha ocular do próprio acontecimento da Ressurreição, e nenhum Evangelista o descreve. Ninguém foi capaz de dizer como ela se produziu fisicamente. Muito menos sua essência mais íntima, sua passagem a outra vida, foi perceptível aos sentidos. Como evento histórico constatável pelo sinal do sepulcro vazio e pela realidade dos encontros dos apóstolos com Cristo ressuscitado, a Ressurreição nem por isso deixa de estar no cerne do mistério da fé, no que ela transcende e supera a história. E por isso que Cristo ressuscitado não se manifesta ao mundo  [a48] mas a seus discípulos, "aos que haviam subido com ele da Galiléia para Jerusalém, os quais são agora suas testemunhas diante do povo" (At 13,31).

(Parágrafo Relacionado 1000)

II. A Ressurreição - obra da Santíssima Trindade

648         A Ressurreição de Cristo é objeto de fé enquanto intervenção transcendente do próprio Deus na criação e na história. Nela, as três Pessoas Divinas agem ao mesmo tempo, juntas, e manifestam sua originalidade própria. Ela aconteceu pelo poder do Pai que "ressuscitou" (At 2,24) Cristo, seu Filho, e desta forma introduziu de modo perfeito sua humanidade - com seu corpo - na Trindade. Jesus é definitivamente revelado "Filho de Deus com poder por sua Ressurreição dos mortos segundo o Espírito de santidade" (Rm 1,4). São Paulo insiste na manifestação do poder de Deus [a49] pela obra do Espírito que vivificou a humanidade morta de Jesus e a chamou ao estado glorioso de Senhor.

(Parágrafos Relacionados 258,989,663,445,272)

649         O Filho opera, por sua vez, a própria Ressurreição em virtude de seu poder divino. Jesus anuncia que o Filho do homem dever  sofrer muito, morrer e, em seguida, ressuscitar (sentido ativo da palavra[a50] ). Alhures, afirma explicitamente: "Eu dou a minha vida para retomá-la... Tenho poder de dá-la e poder para retomá-la" (Jo 10,17-18 "Nós cremos... que Jesus morreu, em seguida ressuscitou" (1Ts 4,14).

650         Os Padres da Igreja contemplam a Ressurreição a partir da Pessoa Divina de Cristo que ficou unida à sua alma e a seu corpo separados entre si pela morte: "Pela unidade da natureza divina, que permanece presente em cada uma das duas partes do homem, estas se unem novamente. Assim, a Morte se produz pela separação do composto humano, e a Ressurreição, pela união das duas partes separadas[a51] "

(Parágrafos Relacionados 626,1005)

III. Sentido e alcance salvífico da Ressurreição

651         "Se Cristo não ressuscitou, vazia é a nossa pregação, vazia é também a vossa fé" (1Cor 15,14). A Ressurreição constitui antes de mais nada a confirmação de tudo o que o próprio Cristo fez e  ensinou. Todas as Verdades, mesmo as mais inacessíveis ao espírito humano, encontram sua justificação se, ao ressuscitar, Cristo deu a prova definitiva, que havia prometido, de sua autoridade divina.

(Parágrafos Relacionados 129,274)

652         A Ressurreição de Cristo é cumprimento das promessas do Antigo Testamento[a52] " e do próprio Jesus durante sua vida terrestre[a53] . A expressão "segundo as Escrituras[a54] " indica que a Ressurreição de Cristo realiza essas predições.

(Parágrafos Relacionados 994,601)

653         A verdade da divindade de Jesus é confirmada por sua Ressurreição. Dissera Ele: "Quando tiverdes elevado o Filho do Homem, então sabereis que EU SOU, (Jo 8,28). A Ressurreição do Crucificado demonstrou que ele era verdadeiramente "EU SOU", o Filho de Deus e Deus mesmo. São Paulo pôde declarar aos judeus: "A promessa feita a nossos pais, Deus a realizou plenamente para nós...; ressuscitou Jesus, como está escrito no Salmo segundo: 'Tu és o meu filho, eu hoje te gerei” (At 13,32-33[a55] ). A Ressurreição de Cristo está estreitamente ligada ao mistério da Encarnação do Filho de Deus. E o cumprimento segundo o desígnio eterno de Deus. 

(Parágrafos Relacionados 445,422,461)

654         Há  um duplo aspecto no Mistério Pascal: por sua morte Jesus nos liberta do pecado, por sua Ressurreição Ele nos abre as portas de uma nova vida. Esta é primeiramente a justificação que nos restitui a graça de Deus[a56] , "a fim de que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também nós vivamos vida nova" (Rm 6,4). Esta consiste na vitória sobre a morte do pecado e na nova participação na graça[a57] ". Ela realiza a adoção filial, pois os homens se tornam irmãos de Cristo, como o próprio Jesus chama seus discípulos após a Ressurreição: “Ide anunciar a meus irmãos" (Mt 28,10[a58] ). Irmãos não por natureza mas por dom da graça, visto que esta filiação adotiva proporciona uma participação real na vida do Filho Único, que se revelou plenamente em sua Ressurreição.

(Parágrafos Relacionados 1987,1996)

655         Finalmente, a Ressurreição de Cristo - e o próprio Cristo ressuscitado - é princípio e fonte de nossa ressurreição futura:  "Cristo ressuscitou dos mortos, primícias dos que adormeceram... assim como todos morrem em Adão, em Cristo todos receberão a vida" (1Cor 15,20-22). Na expectativa desta realização, Cristo ressuscitado vive no coração de seus fiéis. Nele, os cristãos "experimentaram... as forças do mundo que há  de vir" (Hb 6,5) e sua vida é atraída por Cristo ao seio da vida divina[a59] " "a fim de que não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que morreu e ressuscitou por eles" (2Cor 5,15).

(Parágrafos Relacionados 989,1002)

RESUMINDO

656         A fé na Ressurreição tem por objeto um acontecimento ao mesmo tempo historicamente atestado pelos discípulos que encontraram verdadeiramente o Ressuscitado e misteriosamente transcendente, enquanto entrada da humanidade de Cristo na glória de Deus.

657         O sepulcro vazio e os panos de linho no chão significam por si mesmos que o corpo de Cristo escapou às correntes da morte e da corrupção pelo poder de Deus. Eles preparam os discípulos para o reencontro com o Ressuscitado.

658         Cristo, "primogênito dentre os mortos" (Cl 1,18), é o princípio de nossa própria ressurreição, desde já  pela justificação de nossa alma[a60] , mais tarde pela vivificação de nosso corpo[a61] ".

ARTIGO 6

"JESUS SUBIU AOS CÉUS, ESTÁ SENTADO ·

DIREITA DE DEUS PAI TODO-PODEROSO"

659         "E o Senhor Jesus, depois de ter-lhes falado, foi arrebatado ao Céu e sentou-se à direita de Deus" (Mc 9). O corpo de Cristo foi glorificado desde o instante de sua Ressurreição, como provam as propriedades novas e sobrenaturais de que desfruta  partir de agora seu corpo em caráter permanente[a62] ". Mas, durante os quarenta dias em que vai comer e beber familiarmente com seus discípulos [a63] e instruí-los sobre o Reino  [a64] sua glória permanece ainda velada sob os traços de uma humanidade comum[a65] . A última aparição de Jesus termina com a entrada irreversível de sua humanidade na glória divina, simbolizada pela nuvem [a66] e pelo céu [a67] onde já está desde agora sentado à direita de Deus[a68] . Só de modo totalmente excepcional e único Ele se mostrará a Paulo "como a um abortivo" (1 Cor 15,8) em uma última aparição que o constitui apóstolo[a69] .

(Parágrafos Relacionados 645,66,697,642)

660         O caráter velado da glória do Ressuscitado durante esse tempo transparece em sua palavra misteriosa a Maria Madalena "Ainda não subi para o Pai. Mas vai aos meus irmãos e dizer-lhes Eu subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus (Jo 20,17). Isso indica uma diferença de manifestação entre a glória de Cristo ressuscitado e a de Cristo exaltado à direita do Pai. O acontecimento ao mesmo tempo histórico e transcendente da Ascensão marca a transição de uma para a outra.

661         Esta última etapa permanece intimamente unida à primeira,  isto é, à descida do céu realizada na Encarnação. Só aquele que "saiu do Pai" pode "retomar ao Pai": Cristo[a70] . "Ninguém jamais  subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu, o Filho do Homem" (Jo 3,13[a71] ).  Entregue a suas forças naturais, a humanidade não tem acesso à "Casa do Pai[a72] "  à vida e à felicidade de Deus. Só Cristo pôde abrir esta porta ao homem, "de sorte que nós, seus membros, tenhamos a esperança de encontrá-lo lá onde Ele, nossa cabeça e nosso princípio, nos precedeu[a73] ".

(Parágrafos Relacionados 461,792)

662         "E, quando eu for elevado da terra, atrairei todos os  homens a mim" (Jo 12,32). A elevação na Cruz significa e anuncia a elevação da Ascensão ao céu. É o começo dela. Jesus Cristo, o Único Sacerdote da nova e eterna Aliança, não "entrou em um santuário feito por mão de homem... e sim no próprio céu, a fim de comparecer agora diante da face de Deus a nosso favor" (Hb 9,24). No céu, Cristo exerce em caráter permanente seu sacerdócio, "por isso é capaz de salvar totalmente aqueles que, por meio dele, se aproximam de Deus, visto que ele vive eternamente para interceder por eles" (Hb 7,25). Como "sumo sacerdote dos bens vindouros" (Hb 9,11) ele é o centro é o ator principal da liturgia que honra o Pai nos Céus[a74] .

(Parágrafos Relacionados 1545,1137)

663         A partir de agora, Cristo está  sentado à direita do Pai: "Por direita do Pai entendemos a glória e a honra da divindade, onde aquele que existia como Filho de Deus antes de todos os séculos como Deus e consubstancial ao Pai se sentou corporalmente depois de encarnar-se e de sua carne ser glorificada[a75] "

(Parágrafo Relacionado 648)

664         O sentar-se à direita do Pai significa a inauguração do Reino do Messias, realização da visão do profeta Daniel no tocante ao Filho do Homem: "A Ele foram outorgados o império, a honra e o reino, e todos os povos, nações e línguas o serviram. Seu império é um império eterno que jamais passará, e seu reino jamais será destruído" (Dn 7,14). A partir desse momento, os apóstolos se tomaram as testemunhas do "Reino que não terá  fim[a76] ".

(Parágrafo Relacionado 541)

RESUMINDO

665         A ascensão de Cristo assinala a entrada definitiva da humanidade de Jesus no domínio celeste de Deus, donde voltará[a77] , mas que até lá  o esconde aos olhos dos homens[a78] .

666         Jesus Cristo, Cabeça da Igreja, nos precede no Reino glorioso do Pai para que nós, membros de seu Corpo, vivamos na esperança de estarmos um dia eternamente com Ele.

667         Tendo entrado uma vez por todas no santuário do céu, Jesus Cristo intercede sem cessar por nós como mediador que nos garante permanentemente a efusão do Espírito Santo

ARTIGO 7

“DONDE VIRÁ JULGAR OS VIVOS E OS MORTOS"

I. Ele voltará  na glória

CRISTO JÁ REINA PELA IGREJA...

668         "Cristo morreu e reviveu para ser o Senhor dos mortos e dos vivos" (Rm 14,9). A Ascensão de Cristo ao Céu significa sua participação, em sua humanidade, no poder e na autoridade do próprio Deus. Jesus Cristo é Senhor: possui todo poder nos céus e na terra. Está  "acima de toda autoridade, poder, potentado e soberania", pois o Pai "tudo submeteu a seus pés (Ef 1,20-22). Cristo é o Senhor do cosmo [a79] e da história.  Nele, a história do homem e mesmo toda a criação encontram sua "recapitulação[a80] "'  sua consumação transcendente.

(Parágrafos Relacionados 450,518)

669         Como Senhor, Cristo é também a cabeça da Igreja, que é seu Corpo[a81] . Elevado ao céu e glorificado, tendo assim cumprido plenamente sua missão, Ele permanece na terra em sua Igreja. A redenção é a fonte da autoridade que Cristo, em  Virtude do Espírito Santo, exerce  sobre a Igreja[a82] ". O Reino de Cristo já  está  misteriosamente presente na Igreja[a83] ", germe e início deste Reino na terra[a84] .

(Parágrafos Relacionados 792,1088,541)

670         Desde a Ascensão, o desígnio de Deus entrou em sua consumação. Já  estamos na "última hora" (1Jo 2,18[a85] )". “Portanto, a era final do mundo já  chegou para nós, e a renovação do mundo está  irrevogavelmente realizada e, de certo modo, já está antecipada nesta terra. Pois já na terra a Igreja se reveste de verdadeira santidade, embora imperfeita[a86] ." O Reino de Cristo já manifesta sua presença pelos sinais milagrosos [a87] que acompanham seu anúncio pela [a88] Igreja".

(Parágrafos Relacionados 1042,825,547)

À ESPERA DE QUE TUDO LHE SEJA SUBMETIDO

671         Já  presente em sua Igreja, o Reino de Cristo ainda não está consumado "com poder e grande glória" (Lc 21, 17[a89] ) pelo advento do Rei na terra. Esse Reino é ainda atacado pelos poderes maus[a90] , embora estes já  tenham sido vencidos em suas bases pela Páscoa de Cristo. Enquanto tudo não for submetido a ele[a91] , "enquanto não houver novos céus e nova terra, nos quais habita a justiça, a Igreja peregrina leva consigo em seus sacramentos e em suas instituições, que pertencem à idade presente, a figura deste mundo que passa, e ela mesma vive entre as criaturas que gemem e sofrem como que dores de parto até o presente e aguardam a manifestação dos filhos de Deus[a92] " Por este motivo os cristãos oram, sobretudo na Eucaristia[a93] ,  para apressar a volta de Cristo[a94] , dizendo-lhe: "Vem, Senhor[a95] " (Ap 22,20).

(Parágrafos Relacionados 1043,769,773,1043,2046,2817)

672         Cristo afirmou antes de sua Ascensão que ainda não chegara a hora do estabelecimento glorioso do Reino messiânico esperado por Israel[a96] ,  que deveria trazer a todos os homens, segundo os profetas [a97] a ordem definitiva da justiça, do amor e da paz. O tempo presente é, segundo o Senhor, o tempo do Espírito e do testemunho [a98] mas é também um tempo ainda marcado pela "tristeza[a99] " e pela provação do mal[a100] , que não poupa a Igreja [a101]  e inaugura os combates dos últimos dias[a102] . E um tempo de expectativa e de vigília[a103] .

(Parágrafos Relacionados 732,2612)

O ADVENTO GLORIOSO DE CRISTO, ESPERANÇA DE ISRAEL

673         A partir da Ascensão, o advento de Cristo na glória é iminente[a104] ,  embora não nos "caiba conhecer os tempos e os momentos que o Pai fixou com sua própria autoridade" (At  1,7[a105] ). Este acontecimento escatológico pode ocorrer a qualquer momento[a106] , ainda que estejam "retidos" tanto ele como a provação final que há  de precedê[a107] -lo.

(Parágrafos Relacionados 1040,1048)

674         A vinda do Messias glorioso depende a todo momento da história [a108] do reconhecimento dele por "todo Israel[a109] ". Uma parte desse Israel se "endureceu" (Rm 5) na "incredulidade" (Rm 11,20) para com Jesus. São Pedro o afirma aos judeus de Jerusalém depois de Pentecostes: "Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, a fim de que sejam apagados os vossos pecados e deste modo venham da face do Senhor os tempos de refrigério. Então enviará  ele o Cristo que vos foi destinado, Jesus a quem o céu deve acolher até os tempos da restauração de todas as coisas, das quais Deus falou pela boca de seus santos profetas" (At 3,19-21). E São Paulo lhe faz eco: "Se a rejeição deles resultou na reconciliação do mundo, O que será  o acolhimento deles senão a vida que vem dos mortos[a110] ?" A entrada da "plenitude dos judeus[a111] " na salvação messiânica, depois da "plenitude dos pagãos[a112] , dará  ao Povo de Deus a possibilidade de "realizar a plenitude de Cristo" (Ef 4, 13), na qual "Deus ser  tudo em todos" (1Cor 15,28).

(Parágrafos Relacionados 840,58)

A PROVAÇÃO DERRADEIRA DA IGREJA

675         Antes do advento de Cristo, a Igreja deve passar por uma provação final que abalar  a fé de muitos crentes[a113] .  A perseguição que acompanha a peregrinação dela na terra[a114] " desvendará  o "mistério de iniquidade" sob a forma de uma impostura religiosa que há  de trazer aos homens uma solução aparente a seus problemas, à custa da apostasia da verdade. A impostura religiosa suprema é a do Anticristo, isto é, a de um pseudo-messianismo em que o homem glorifica a si mesmo em lugar de Deus e de seu Messias que veio na carne[a115] .

(Parágrafo Relacionado 769)

676         Esta impostura anticrística já  se esboça no mundo toda vez que se pretende realizar na história a esperança messiânica que só pode realiza-se para além dela, por meio do juízo escatológico: mesmo em sua forma mitigada, a Igreja rejeitou esta falsificação do Reino vindouro sob o nome de milenarismo[a116] , sobretudo sob a forma política de um messianismo secularizado, "intrinsecamente perverso[a117] ".

(Parágrafo Relacionado 2425)

677         A Igreja só entrará  na glória do Reino por meio desta derradeira Páscoa, em que seguirá  seu Senhor em sua Morte e Ressurreição[a118] .  Portanto, o Reino não se realizará  por um triunfo histórico da Igreja [a119] segundo um progresso ascendente, mas por uma vitória de Deus sobre o desencadeamento último do mal[a120] , que fará  sua Esposa descer do Céu[a121] . O triunfo de Deus sobre a revolta do mal assumirá  a forma do Juízo Final [a122] depois do derradeiro abalo cósmico deste mundo que passa[a123] .

(Parágrafos Relacionados 1340,2853)

II. Para julgar os vivos e os mortos

678         Na linha dos profetas [a124] e de João Batista[a125] , Jesus anunciou em sua pregação o Juízo do último Dia. Então será  revelada a conduta de cada um [a126] e o segredo dos corações[a127] .  Será  também condenada a incredulidade culpada que fez pouco caso da graça oferecida por Deus[a128] . A atitude em relação ao próximo revelará o acolhimento ou a recusa da graça e do amor divino  [a129] Jesus dirá  no último Dia: "Cada vez que o fizestes a um desses meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes" (Mt 25,40).

(Parágrafo Relacionado 1470)

679         Cristo é Senhor da Vida Eterna. O pleno direito de julgar definitivamente as obras e os corações dos homens pertence a Ele enquanto Redentor do mundo. Ele "adquiriu" este direito por sua Cruz. O Pai entregou "todo o julgamento ao Filho" (Jo 5,22[a130] ). Ora, o Filho não veio para julgar, mas para salvar [a131] e para dar a vida que está nele[a132] . É pela recusa da graça nesta vida que cada um já  se julga a si mesmo [a133] recebe de acordo com suas obras  [a134] e pode até condenar-se para a eternidade ao recusar o Espírito de amor[a135] .

(Parágrafo Relacionado 1021)

RESUMINDO

680         Cristo Senhor já  reina pela Igreja, mas ainda não lhe estão submetidas todas as coisas deste mundo. O triunfo do Reino de Cristo não se dará sem uma última investida das potências do mal.

681         No dia do juízo, por ocasião do fim do mundo, Cristo virá na glória para realizar o triunfo definitivo do bem sobre o mal os quais, como o trigo e o joio, terão crescido juntos ao longo da história.

682         Ao vir no fim dos tempos para julgar os vivos e os mortos, Cristo glorioso revelará  a disposição secreta dos corações e retribuirá  a cada um segundo suas obras e segundo tiver acolhido ou rejeitado sua graça.

 

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Rev.2 de  dez/2003


 [a1] Missale Romanum; Evangelistarium romanum; 1975, Vigília Pascal 18: exultet

 [a2]At 3, 15 ; Rm 8, 11 ; 1 Co 15, 20

 [a3] cf. Hb 13, 20

 [a4]cf. 1 Pd 3, 18-19

 [a5]cf. Fl 2, 10 ; At 2, 24 ; Ap 1, 18 ; Ef 4, 9

 [a6]cf. Sl  6, 6 ; 88, 11-13

 [a7]cf. Sl  89, 49 ; 1 Sm 28, 19 ; Ez 32, 17-32

 [a8]cf. Lc 16, 22-26

 [a9]Catecismo Romano 1, 6, 3

 [a10]cf. Concilio de Roma de 745 : DS 587

 [a11]cf. DS 1011 ; 1077

 [a12]cf. Concilio de Toledo IV en 625 : DS 485 ; Mt 27, 52-53

 [a13]cf. Mt 12, 40 ; Rm 10, 7 ; Ef 4, 9

 [a14]At 3, 15

 [a15]Antiga homília para o Sábado  Santo : PG 43, 440A. 452C. 461

 [a16]Liturgia bizantina, Tropario da Pascoa

 [a17]cf. At 9, 3-18

 [a18]cf. Jo 20, 13 ; Mt 28, 11-15

 [a19]cf. Lc 24, 3. 22-23

 [a20] cf. Lc 24, 12

 [a21] Jo 20, 8

 [a22] cf. Jo 20, 5-7

 [a23] cf. Jo 11, 44

 [a24] cf. Mc 16, 1 ; Lc 24, 1

 [a25] cf. Jo 19, 31. 42

 [a26] cf. Mt 28, 9-10 ; Jo 20, 11-18

 [a27] cf. Lc 24, 9-10

 [a28] cf. 1 Cor 15, 5

 [a29] cf. Lc 22, 31-32

 [a30] cf. At 1, 22

 [a31] cf. 1 Cor 15, 4-8

 [a32] cf. Lc 22, 31-32

 [a33]cf. Jo 20, 19

 [a34] cf. Mc 16, 11. 13

 [a35]cf. Lc 24, 38

 [a36]cf. Lc 24, 39

 [a37]cf. Jo 20, 24-27

 [a38]cf. Lc 24, 39 ; Jo 20, 27

 [a39]cf. Lc 24, 30. 41-43 ; Jo 21, 9. 13-15

 [a40]cf. Lc 24, 39

 [a41]cf. Lc 24, 40 ; Jo 20, 20. 27

 [a42]cf. Mt 28, 9. 16-17 ; Lc 24, 15. 36 ; Jo 20, 14. 19. 26 ; 21, 4

 [a43]cf. Jo 20, 17

 [a44]cf. Jo 20, 14-15

 [a45]cf. Jo 20, 14. 16 ; 21, 4. 7

 [a46] cf. 1 Cor 15, 35-50

 [a47] MR, Vigilia Pascal

 [a48] cf. Jo 14, 22

 [a49] cf. Rm 6, 4 ; 2 Cor 13, 4 ; Fl 3, 10 ; Ep 1, 19-22 ; Hb 7, 16

 [a50] cf. Mc 8, 31 ; 9, 9-31 ; 10, 34

 [a51] S. Gregório de Nisse, res. 1 : PG 46, 617B) ; cf. tambémi DS 325 ; 359 ; 369 ; 539

 [a52] cf. Lc 24, 26-27. 44-48

 [a53]cf. Mt 28, 6 ; Mc 16, 7 ; Lc 24, 6-7

 [a54] cf. 1 Cor 15, 3-4 e o Simbolo de Niceno-Constantinopolitano

 [a55] cf. Sl 2, 7

 [a56] cf. Rm 4, 25

 [a57]cf. Ef 2, 4-5 ; 1 Pd 1, 3

 [a58] Jo 20, 17

 [a59]cf. Cl 3, 1-3

 [a60]cf. Rm 6, 4

 [a61]cf. Rm 8, 11

 [a62]cf. Lc 24, 31 ;Jo 20,19.26

 [a63] cf. At 10, 41

 [a64]cf. At 1, 3

 [a65]cf. Mc 16, 12 ; Lc 24, 15 ; Jo 20, 14-15 ; 21, 4

 [a66]cf. At 1, 9 ; cf. também Lc 9, 34-35 ; Ex 13, 22

 [a67]cf. Lc 24, 51

 [a68]cf. Mc 16, 19 ; At 2, 33 ; 7, 56 ; cf. também Sl 110, 1

 [a69]cf. 1 Cor 9, 1 ; Ga 1, 16

 [a70]cf. Jo 16, 28

 [a71]cf. Ef 4, 8-10

 [a72]  Jo 14,2

 [a73] Missale Romanum; Evangelistarium romanum; 1975, Prefácio da Ascensão I.

 [a74]cf. Ap 4, 6-11

 [a75]S. João Damasceno f. o. 4, 2 : PG 94, 1104C

 [a76] Simbolo de Niceno-Constantinopolitano

 [a77]cf. At1, 11

 [a78]cf. Cl 3, 3

 [a79] cf. Ef 4, 10 ; 1 Cor 15, 24. 27-28

 [a80] Ef 1, 10

 [a81]cf. Ef 1, 22

 [a82] cf. Ef 4, 11-13

 [a83] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item 3. AAS 57-6

 [a84] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item 5. AAS 57-8

 [a85] cf. 1 Pd 4, 7

 [a86] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; ITEM 48.

 [a87]cf. Mc 16, 17-18

 [a88]cf. Mc 16, 20

 [a89] cf. Mt 25, 31

 [a90] cf. 2 Ts 2, 7

 [a91] cf. 1 Cor 15, 28

 [a92] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64 ; 48

 [a93] cf. 1 Cor 11, 26

 [a94] cf. 2 Pd 3, 11-

 [a95] 1 Cor 16, 22 ; Ap 22, 17. 20

 [a96] cf. At 1, 6-7

 [a97] cf. Is 11, 1-9

 [a98] cf. At 1, 8

 [a99]1 Cor 7, 26

 [a100] cf. Ef 5, 16

 [a101] cf. 1 Pd 4, 17

 [a102] cf. 1 Jo 2, 18 ; 4, 3 ; 1 Tm 4, 1

 [a103] cf. Mt 25, 1. 13 ; Mc 13, 33-37

 [a104] cf. Ap 22, 20

 [a105] cf. Mc 13, 32

 [a106] cf. Mt 24, 44 ; 1 Ts 5, 2

 [a107] cf. 2 Ts 2, 3-12

 [a108]cf. Rm 11, 31

 [a109]Rm 11, 26 ; Mt 23, 39

 [a110] Rm 11, 15

 [a111]Rm 11, 12

 [a112]Rm 11, 25 ; cf. Lc 21, 24

 [a113]cf. Lc 18, 8 ; Mt 24, 12

 [a114]cf. Lc 21, 12 ; Jn 15, 19-20

 [a115]cf. 2 Th 2, 4-12 ; 1 Th 5, 2-3 ; 2 Jn 7 ; 1 Jn 2, 18. 22

 [a116]cf. DS 3839

 [a117]cf. Pio XI, enc. " Divini Redemptoris " condenando o " falso misticismo " desta " contrafação da redeção dos homens " ; GS 20-21

 [a118]cf. Ap 19, 1-9

 [a119]cf. Ap 13, 8

 [a120]cf. Ap 20, 7-10

 [a121]cf. Ap 21, 2-4

 [a122]cf. Ap 20, 12

 [a123]cf. 2 Pd 3, 12-13

 [a124]cf. Dn 7, 10 ; Jl 3-4 ; Ml 3, 19

 [a125]cf. Mt 3, 7-12

 [a126] Mc 12,38-40

 [a127]cf. Lc 12, 1-3 ; Jo 3, 20-21 ; Rm 2, 16 ; 1 Cor 4, 5

 [a128]cf. Mt 11, 20-24 ; 12, 41-42

 [a129]cf. Mt 5, 22 ; 7, 1-5

 [a130]cf. Jo 5, 27 ; Mt 25, 31 ; At 10, 42 ; 17, 31 ; 2 Tm 4, 1

 [a131]cf. Jo 3, 17

 [a132]cf. Jo 5, 26

 [a133]cf. Jo 3, 18 ; 12, 48

 [a134]cf. 1 Cor 3, 12-15

 [a135] cf. Mt 12, 32 ; Hb 6, 4-6 ; 10, 26-31