Catecismo da Igreja Católica

PRIMEIRA PARTE

ARTIGO 3 - A SAGRADA ESCRITURA

I.       Cristo - Palavra única da Sagrada Escritura

101         Na condescendência de sua bondade, Deus, para revelar-se aos homens, fala-lhes em palavras humanas: Com efeito, as palavras de Deus, expressas por línguas humanas, fizeram-se semelhantes à linguagem humana, tal como outrora o Verbo do Pai Eterno, havendo assumido a carne da fraqueza humana, se fez semelhante aos homens[fca1] ".

102         Por meio de todas as palavras da Sagrada Escritura, Deus pronuncia uma só Palavra, seu Verbo único, no qual se expressa por inteiro[fca2] :

"Lembrai[a3] -vos que é uma mesma a Palavra de Deus que está presente em todas as Escrituras, que é um mesmo Verbo que ressoa na boca de todos os escritores sagrados; ele que, sendo no início Deus junto de Deus, não tem necessidade de sílabas, por não estar submetido ao tempo[fca4] [a5] .”

103         Por este motivo, a Igreja sempre venerou as divinas Escrituras, como venera também o Corpo do Senhor. Ela não cessa de apresentar aos fiéis o Pão da vida tomado da Mesa da Palavra de Deus e do Corpo de Cristo[fca6] [a7] .

104         Na Sagrada Escritura, a Igreja encontra incessantemente seu alimento e sua força[fca8] , pois nela não acolhe somente uma palavra humana, mas o que ela é realmente: a Palavra de Deus [fca9] “Com efeito, nos Livros Sagrados o Pai que está nos céus vem carinhosamente ao encontro de seus filhos e com eles fala[fca10] ”.

II.      Inspiração e verdade da Sagrada Escritura

105         Deus é o autor da Sagrada Escritura. "As coisas divinamente reveladas, que se encerram por escrito e se manifestam na Sagrada Escritura, foram consignadas sob inspiração do Espírito Santo"

"A santa Mãe Igreja, segundo a fé apostólica, tem como sagrados e canônicos os livros completos tanto do Antigo como do Novo Testamento, com todas as suas partes, porque, escritos sob a inspiração do Espírito Santo, eles têm Deus como autor e nesta sua qualidade foram confiados à própria Igreja[fca11] ."

106         Deus inspirou os autores humanos dos livros sagrados.. "Na redação dos livros sagrados, Deus escolheu homens, dos quais se serviu fazendo-os usar suas próprias faculdades e capacidades, a fim de que, agindo ele próprio neles e por meio deles, escrevessem, como verdadeiros autores, tudo e só aquilo que ele próprio queria."

107         Os livros inspirados ensinam a verdade. "Portanto, já que tudo o que os autores inspirados (ou hagiógrafos) afirmam deve ser tido como afirmado pelo Espírito Santo, deve-se professar que os livros da Escritura ensinam com certeza, fielmente e sem erro a verdade que Deus em vista de nossa salvação quis fosse consignada nas Sagradas Escrituras[a12] ."

108         Todavia, a fé cristã não é uma "religião do Livro". O Cristianismo é a religião da "Palavra" de Deus, "não de uma palavra escrita e muda, mas do Verbo encarnado e vivo[fca13] ". Para que as Escrituras não permaneçam letra morta, é preciso que Cristo, Palavra eterna de Deus vivo, pelo Espírito Santo nos "abra o espírito à compreensão das Escrituras".

III. O Espírito Santo, intérprete da Escritura

109         Na Sagrada Escritura, Deus fala ao homem à maneira dos homens. Para bem interpretar a Escritura é preciso, portanto, estar atento àquilo que os autores humanos quiseram realmente afirmar e àquilo que Deus quis manifestar-nos pelas palavras deles[fca14] .

110         Para descobrir a intenção dos autores sagrados, há que levar em conta as condições da época e da cultura deles, os "gêneros literários" em uso naquele tempo, os modos, então correntes, de sentir, falar e narrar. “Pois a verdade é apresentada e expressa de maneiras diferentes nos textos que são de vários modos históricos ou proféticos ou poéticos, ou nos demais gêneros de expressão[fca15] ."

111         Mas, já que a Sagrada Escritura é inspirada, há outro princípio da interpretação correta, não menos importante que o anterior, e sem o qual a Escritura permaneceria letra morta: "A Sagrada Escritura deve também ser lida e interpretada com a ajuda daquele mesmo Espírito em que foi escrita". O Concílio Vaticano II indica três critérios para uma interpretação da Escritura conforme o Espírito que a inspirou[fca16] :

112         1. Prestar muita atenção "ao conteúdo e à unidade da Escritura inteira". Pois, por mais diferentes que sejam os livros que a compõem, a Escritura é una em razão da unidade do projeto de Deus, do qual Cristo Jesus é o centro e o coração, aberto depois de sua Páscoa [a17] [a18] 

O coração [fca19] de Cristo designa a Sagrada Escritura, que dá a conhecer o coração de Cristo. O coração estava fechado antes da Paixão, pois a Escritura era obscura. Mas a Escritura foi aberta após a Paixão, pois os que a partir daí têm a compreensão dela consideram e discernem de que maneira as profecias devem ser interpretadas[fca20] .

113         2. Ler a Escritura dentro "da Tradição viva da Igreja inteira". Consoante um adágio dos Padres, "Sacra Scriptura principalius est in corde Ecclesiae quam in materialibus instrumentis scripta a sagrada Escritura está escrita mais no coração da Igreja do que nos instrumentos materiais[fca21] ". Com efeito, a Igreja leva em sua Tradição a memória viva da Palavra de Deus, e é o Espírito Santo que lhe dá a interpretação espiritual da Escritura ("...segundo o sentido espiritual que o Espírito dá à Igreja[fca22] [a23] ").

114         3. Estar atento "a anagogia da [fca24] " Por "anagogia da fé" entendemos a coesão das verdades da fé entre si e no projeto total da Revelação[a25] .

Os SENTIDOS DA ESCRITURA

115         Segundo uma antiga tradição, podemos distinguir dois sentidos da Escritura: o sentido literal e o sentido espiritual, sendo este último subdividido em sentido alegórico, moral e analógico. A concordância profunda entre os quatro sentidos garante toda a sua riqueza à leitura viva da Escritura na Igreja.

116         O sentido literal. É o sentido significado pelas palavras da Escritura e descoberto pela exegese que segue as regras da correta interpretação. "Omnes sensus fundantur super litteralem - Todos os sentidos (da Sagrada Escritura) devem estar fundados no literal[fca26] [a27] 

117         O sentido espiritual. Graças à unidade do projeto de Deus, não somente o texto da Escritura, mas também as realidades e os acontecimentos de que ele fala, podem ser sinais.

1. O sentido alegórico. Podemos adquirir uma compreensão mais profunda dos acontecimentos reconhecendo a significação deles em Cristo; assim, a travessia do Mar Vermelho é um sinal da vitória de Cristo, e também do Batismo[fca28] 

2. O sentido moral. Os acontecimentos relatados na Escritura devem conduzir-nos a um justo agir. Eles foram escritos "para nossa instrução" (1Cor 10,11[fca29] )

3. O sentido anagógico. Podemos ver realidades e acontecimentos em sua significação eterna, conduzindo-nos (em grego: "anagogé"; pronuncie "anagogué") à nossa Pátria. Assim, a Igreja na terra é sinal da Jerusalém celeste[fca30] [fca31] .

118         Um dístico medieval resume a significação dos quatro sentidos:

Littera gesta docei, quid credas allegoria,

moralis quid agas, quo tendas anagogia[fca32] .

A letra ensina o que aconteceu; a alegoria, o que deves crer;

a moral, o que deves fazer; a anagogia, para onde deves caminhar.

119         "É dever dos exegetas esforçar-se, dentro dessas diretrizes, por entender e expor com maior aprofundamento o sentido da Sagrada Escritura, a fim de que, por seu trabalho como que preparatório, amadureça o julgamento da Igreja. Pois todas estas coisas que concernem à maneira de interpretar a Escritura estão sujeitas, em última instância, ao juízo da Igreja, que exerce o divino ministério e mandato do guardar e interpretar a Palavra de Deus[a33] "

Ego vero Evangelio non crederem, nisi me catholicae

Ecclesiae commoveret auctoritas.

Eu não creria no Evangelho, se a isto não me levasse a autoridade da Igreja católica[fca34] [a35] "

IV     O Cânon das Escrituras

120         Foi a Tradição apostólica que fez a Igreja discernir que escritos deviam ser enumerados lista dos Livros Sagrados[fca36] ". Esta lista completa é denominada "Cânon" das Escrituras. Ela comporta 46 (45, se contarmos Jr e Lm juntos) escritos para o Antigo Testamento e 27 para o Novo Testamento[fca37] [a38] .

Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué, Juizes, Rute, os dois livros de Samuel, os dois livros dos Reis, os dois livros das Crônicas, Esdras e Neemias, Tobias, Judite, Ester, os dois livros dos Macabeus, Jó, os Salmos, os Provérbios, o Eclesiastes (ou Coélet), o Cântico dos Cânticos, a Sabedoria, o Eclesiástico (ou Sirácida), Isaías, Jeremias, as Lamentações, Baruc, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias, para o Antigo Testamento; os Evangelhos de Mateus, de Marcos, de Lucas e de João, os Atos dos Apóstolos, as Epístolas de São Paulo aos Romanos, a primeira e a segunda aos Corintios, aos Gálatas, aos Efésios, aos Filipenses, aos Colossenses, a primeira e a segunda aos Tessalonicenses, a primeira e a segunda a Timóteo, a Tito, a Filêmon, a Epístola aos Hebreus, a Epístola de Tiago, a primeira e a segunda de Pedro, as três Epístolas de João, a Epístola de Judas e o Apocalipse, para o Novo Testamento.

O       ANTIGO TESTAMENTO

121         Antigo Testamento é uma parte indispensável da Sagrada Escritura. Seus livros são divinamente inspirados e conservam um valor permanente[fca39] , pois a Antiga Aliança nunca foi revogada[a40] .

122         Com efeito, "a Economia do Antigo Testamento estava ordenada principalmente para preparar a vinda de Cristo, redentor de todos". "Embora contenham também coisas imperfeitas e transitórias", os livros do Antigo Testamento dão testemunho de toda a divina pedagogia do amor salvífico de Deus: "Neles encontram-se sublimes ensinamentos acerca de Deus e uma salutar sabedoria concernente à vida do homem, bem como admiráveis tesouros de preces; nestes livros, enfim está latente o mistério de nossa salvação[fca41] [a42] "

123         Os cristãos veneram o Antigo Testamento como verdadeira Palavra de Deus. A Igreja sempre rechaçou vigorosamente a idéia de rejeitar o Antigo Testamento sob o pretexto de que o Novo o teria feito caducar (marcionismo).

O       Novo TESTAMENTO

124         "A Palavra de Deus, que é força de Deus para a salvação de todo crente, é apresentada e manifesta seu vigor de modo eminente nos escritos do Novo Testamento."[fca43]  Estes escritos fornecem-nos a verdade definitiva da Revelação divina. Seu objeto central é Jesus Cristo, o Filho de Deus encarnado, seus atos, ensinamentos, paixão e glorificação, assim como os inícios de sua Igreja sob a ação do Espírito Santo[fca44] .

125         Os Evangelhos são o coração de todas as Escrituras, "uma vez que constituem o principal testemunho da vida e da doutrina do Verbo encarnado, nosso Salvador[fca45] [a46] ".

126         Na formação dos Evangelhos podemos distinguir três etapas:

1. A vida e o ensinamento de Jesus. A Igreja defende firmemente que os quatro Evangelhos, "cuja historicidade afirma sem hesitação, transmitem fielmente aquilo que Jesus, Filho de Deus, ao viver entre os homens, realmente fez e ensinou para a eterna salvação deles, até o dia em que foi elevado".

2. A tradição oral. "O que o Senhor dissera e fizera, os apóstolos, após a ascensão do Senhor, transmitiram aos ouvintes, com aquela compreensão mais plena de que gozavam, instruídos que foram pelos gloriosos acontecimentos de Cristo e esclarecidos pela luz do Espírito de verdade."

3. Os Evangelhos escritos. "Os autores sagrados escreveram os quatro Evangelhos, escolhendo certas coisas das muitas transmitidas ou oralmente ou já por escrito, fazendo síntese de outras ou explanando-as com vistas à situação das igrejas, conservando, enfim, a forma de pregação, sempre de maneira a transmitir-nos, a respeito de Jesus, coisas verdadeiras e sincera[fca47] . "

127         O Evangelho quadriforme ocupa a Igreja um lugar único, como atestam a veneração que lhe tributa a liturgia e o atrativo incomparável que desde sempre tem exercido sobre os santos[a48] :

Não existe nenhuma doutrina que seja melhor, mais preciosa e mais esplêndida que o texto do Evangelho. Vede e retende o que nosso Senhor e Mestre, Cristo, ensinou com suas palavras e realizou com seus atos[fca49] .

É acima de tudo o Evangelho que me ocupa durante as minhas orações; nele encontro tudo o que é necessário para minha pobre alma. Descubro nele sempre novas luzes, sentidos escondidos e misteriosos[fca50] [a51] .

A UNIDADE ENTRE O ANTIGO E O NOVO TESTAMENTO

128         A Igreja, já nos tempos apostólicos[fca52] , e depois constantemente em sua Tradição, iluminou a unidade do plano divino nos dois Testamentos graças à tipologia. Esta discerne, nas obras de Deus contidas na Antiga Aliança, prefigurações daquilo que Deus realizou na plenitude dos tempos, na pessoa de seu Filho encarnado[a53] .

129         Por isso os cristãos lêem o Antigo Testamento à luz de Cristo morto e ressuscitado. Esta leitura tipológica manifesta o conteúdo inesgotável do Antigo Testamento. Ela não deve levar a esquecer que este conserva seu valor próprio de Revelação, que o próprio Nosso Senhor reafirmou[fca54] . De resto também o Novo Testamento exige ser lido à luz do Antigo. A catequese cristã primitiva recorre constantemente a ele[fca55] [fca56] . Segundo um adágio antigo, o Novo Testamento está escondido no Antigo, ao passo que o Antigo é desvendado no Novo "Novum in Vetere latet et in Novo Vetus patet[fca57] [a58] ".

130         A tipologia exprime o dinamismo em direção ao cumprimento do plano divino, quando "Deus será tudo em todos" (1 Cor 15,28), Também a vocação dos patriarcas e o Êxodo do Egito, por exemplo, não perdem seu valor próprio no plano de Deus, pelo fato de serem ao mesmo tempo etapas intermediárias deste plano.

V.      A Sagrada Escritura na vida da Igreja

131         "É tão grande o poder e a eficácia encerrados na Palavra de Deus, que ela constitui sustentáculo e vigor para a Igreja, e, para seus filhos, firmeza da fé, alimento da alma, pura e perene fonte da vida espiritual[fca59] ." "É preciso que o acesso à Sagrada Escritura seja amplamente aberto aos fiéis[fca60] ."

132         "Que o estudo das Sagradas Páginas seja, portanto, como que a alma da Sagrada Teologia. Da mesma palavra da Sagrada Escritura também se nutre salutarmente e santamente floresce o ministério da palavra, a saber, a pregação pastoral, a catequese e toda a instrução cristã, na qual deve ocupar lugar de destaque a homilia litúrgica[fca61] [a62] ."

133         A Igreja "exorta com veemência e de modo peculiar todos os fiéis cristãos... a que, pela freqüente leitura das divinas Escrituras, aprendam 'a eminente ciência de Jesus Cristo”(Fl 3,8). “Com efeito, ignorar as Escrituras é ignorar Cristo[fca63] [a64] ”.

RESUMINDO

134         Omnis Scriptura divina unus liber est, et hic unus liber est Christus, "quia omnis Scriptura divina de Christo loquitur, et omn is Scriptura divina in Christo impletur[fca65] " - Toda a Escritura divina é um único livro, e este livro único é Cristo, já que toda Escritura divina fala de Cristo, e toda Escritura divina se cumpre em Cristo.

135         "As Sagradas Escrituras contêm a Palavra de Deus e, por serem inspiradas, são verdadeiramente Palavra de Deus[fca66] . "

136         Deus e o autor da Sagrada Escritura inspirar seus autores humanos; age neles e por meio dele. Fornece assim a garantia de que seus escritos ensinem sem erro a verdade salvífica[fca67] .

137         A interpretação das Escrituras inspiradas deve antes de tudo estar atenta àquilo que Deus quer revelar por intermédio dos autores sagrados para nossa salvação. O que vem do Espírito só é plenamente entendido pela ação do Espírito[fca68] .

138         A Igreja recebe e venera como inspirados os 46 livros do Antigo e os 27 livros do Novo Testamento.

139         Os quatro Evangelhos ocupam um lugar central, já que Cristo Jesus é o centro deles.

140         A unidade dos dois Testamentos decorre da unidade do projeto de Deus e de sua Revelação. O Antigo Testamento prepara o Novo, ao passo que este último cumpre o Antigo; os dois se iluminam reciprocamente; os dois são verdadeira Palavra de Deus.

141         "A Igreja sempre venerou as divinas Escrituras da mesma forma como o próprio Corpo do Senhor[fca69] ": ambos alimentam e dirigem toda a vida cristã. "Tua Palavra é a lâmpada para meus pés, e luz para meu caminho" (Sl 119,105[fca70] ).

 

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Rev.2 de  dez/2003


 [fca1] Conforme Constituição Dogmática Concílio Vaticano II « Dei Verbum »  item  13

 [fca2] Hb 1,1 Nos tempos antigos, muitas vezes e de muitos modos Deus falou aos antepassados por meio dos profetas. 2 No período final em que estamos, falou a nós por meio do Filho. Deus o constituiu herdeiro de todas as coisas e, por meio dele, também criou os mundos. 3 O Filho é a irradiação da sua glória e nele Deus se expressou tal como é em si mesmo. O Filho, por sua palavra poderosa, é aquele que mantém o universo. Depois de realizar a purificação dos pecados, sentou-se à direita da Majestade de Deus nas alturas.

 [a3](Parágrafos relacionados: 65,2763)

 [fca4] (S. Agostinho, Sl. 103, 4, : PL 37, 1378)

 [a5](Parágrafos relacionados: 426,429)

 [fca6] Conforme Constituição Dogmática Concílio Vaticano II « Dei Verbum »  item  21

 [a7](Parágrafos relacionados: 1100,1184,1378)

 [fca8] Conforme Constituição Dogmática Concílio Vaticano II « Dei Verbum »  item  24

 [fca9] 1Ts 2,13 O motivo do nosso contínuo agradecimento a Deus é este: quando ouviram a Palavra de Deus que anunciamos, vocês a acolheram não como palavra humana, mas como ela realmente é, como Palavra de Deus, que age com eficácia em vocês que acreditam.

 [fca10] Conforme Constituição Dogmática Concílio Vaticano II « Dei Verbum »  item  21

 [fca11] §105, § 106 e § 107:  Conforme Constituição Dogmática Concílio Vaticano II « Dei Verbum »  item  11

 [a12](Parágrafo relacionado:  702)

 [fca13] 108 (S. Bernardo, hom. miss. 4, 11 : Opera, ed. J. Leclercq-H. Rochais, v. 4 [Romae 1966] p. 57).

 [fca14]Conforme Constituição Dogmática Concílio Vaticano II « Dei Verbum »  item  12,1

 [fca15] Conforme Constituição Dogmática Concílio Vaticano II « Dei Verbum »  item  12,2

 [fca16] § 111 Conforme Constituição Dogmática Concílio Vaticano II « Dei Verbum »  item  12,3

 [a17]Lc 24, 25 Então Jesus disse a eles: «Como vocês custam para entender, e como demoram para acreditar em tudo o que os profetas falaram! 26 Será que o Messias não devia sofrer tudo isso, para entrar na sua glória?» 27 Então, começando por Moisés e continuando por todos os Profetas, Jesus explicava para os discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito dele. 44 Jesus disse: «São estas as palavras que eu lhes falei, quando ainda estava com vocês: é preciso que se cumpra tudo o que está escrito a meu respeito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos.» 45 Então Jesus abriu a mente deles para entenderem as Escrituras. 46 E continuou: «Assim está escrito: ‘O Messias sofrerá e ressuscitará dos mortos no terceiro dia, 47 e no seu nome serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém’.

 [a18](Parágrafos relacionados: 128,368)

 [fca19] Sl 22, 15  Estou como água derramada, e meus ossos todos se desconjuntam.

Meu coração está como cera, derretendo-se dentro de mim.

 

 [fca20] 112 (Conforme. S. São Tomás de Aquino., Sl 21, 11).

 [fca21] São Jerônimo comentário sobre Gl 1, 1 Paulo, apóstolo não da parte dos homens, nem por meio de um homem, mas da parte de Jesus Cristo e de Deus Pai, que o ressuscitou dos mortos. 11 Irmãos, eu declaro a vocês: o Evangelho por mim anunciado não é invenção humana. 12 E, além disso, não o recebi nem aprendi através de um homem, mas por revelação de Jesus Cristo.

 [fca22] 113: Orígines, homília no Liv. 5, 5).

 [a23](Parágrafo relacionado:  81)

 [fca24] Rm 12, 6 Mas temos dons diferentes, conforme a graça concedida a cada um de nós. Quem tem o dom da profecia, deve exercê-lo de acordo com a fé

 [a25](Parágrafo relacionado:  90)

 [fca26]116 (São Tomás de Aquino, s. th. 1, 1, 10, ad 1).

 [a27](Parágrafos relacionados: 110-114)

 [fca28] 1Cor 10,2 e, na nuvem e no mar, todos receberam um batismo que os ligava a Moisés.

 [fca29] Hb 3, 1 Por isso, irmãos santos, vocês participam de um chamado que vem do céu; por isso, fixem bem a mente em Jesus, o apóstolo e sumo sacerdote da fé que nós professamos. 2 Ele foi fiel a Deus, que lhe confiou esse cargo, como também Moisés estava encarregado de toda a casa de Deus. 3 Na verdade, a glória que corresponde a Jesus é muito maior que a glória de Moisés, pois não há comparação entre a casa e aquele que a constrói. 4 Cada casa tem o seu construtor; mas é Deus quem constrói tu. 11 Por isso, eu jurei na minha ira: Jamais entrarão no meu descanso.

 [fca30] Ap 21, CAPÍTULO VINTE E UM

Jerusalém-Esposa -* 1 Vi, então, um novo céu e uma nova terra. O primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. 2 Vi também descer do céu, de junto de Deus, a Cidade Santa, uma Jerusalém nova, pronta como esposa que se enfeitou para o seu marido. 3 Nisso, saiu do trono uma voz forte. E ouvi:

«Esta é a tenda de Deus com os homens.

Ele vai morar com eles.

Eles serão o seu povo

e ele, o Deus-com-eles, será o seu Deus.

4 Ele vai enxugar toda lágrima dos olhos deles,

pois nunca mais haverá morte,

nem luto, nem grito, nem dor.

Sim! As coisas antigas desapareceram!»

5* Aquele que está sentado no trono declarou: «Eis que faço novas todas as coisas.» 6 E me disse ainda:

«Elas se realizaram.

Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim.

Para quem tiver sede,

eu darei de graça da fonte de água viva.

7 O vencedor receberá esta herança:

eu serei o Deus dele, e ele será meu filho.

8 Quanto aos covardes, infiéis, corruptos, assassinos, imorais, feiticeiros, idólatras, e todos os mentirosos, o lugar deles é o lago ardente de fogo e enxofre, que é a segunda morte.»

Jerusalém-Cidade -* 9 Depois disso, um dos sete Anjos das sete taças cheias com as últimas pragas, veio até mim e disse-me: «Venha! Vou lhe mostrar a esposa, a mulher do Cordeiro.» 10 E me levou em espírito até um grande e alto monte. E mostrou para mim a Cidade Santa, Jerusalém que descia do céu, de junto de Deus, 11 com a glória de Deus. Seu esplendor é como de uma pedra preciosíssima, pedra de jaspe cristalino. 12 *  Ela está cercada por alta e grossa muralha, com doze portas. Sobre as portas há doze Anjos. Cada porta tem um nome escrito: os nomes das doze tribos de Israel. 13 São três portas no lado do oriente, três portas ao norte, três portas ao sul e três portas no lado do poente. 14 A muralha da cidade tem doze pilares. E nos pilares está escrito o nome dos doze apóstolos do Cordeiro.

15 Aquele que estava falando comigo usava uma vara de ouro para medir a cidade, os portões e a muralha. 16 A cidade é quadrada: o comprimento é igual à largura. O Anjo mediu a cidade com a vara: doze mil estádios. O comprimento, largura e altura são iguais. 17 O Anjo mediu a muralha: cento e quarenta e quatro côvados. Ele media com medidas humanas. 18 A muralha é de jaspe. A cidade é de ouro puro, tão puro que parece vidro transparente. 19 Os pilares da muralha da cidade são recamados com todo tipo de pedras preciosas: o primeiro pilar é de jaspe; o segundo de safira, o terceiro de calcedônia, o quarto de esmeralda, 20 o quinto de sardônica, o sexto de cornalina, o sétimo de crisólito, o oitavo de berilo, o nono de topázio, o décimo de crisópraso, o décimo primeiro de jacinto e o décimo segundo de ametista. 21* As doze portas são doze pérolas. Cada uma das portas é feita de uma só pérola. A praça da cidade é de ouro puro, como vidro transparente.

22* Não vi na Cidade nenhum Templo, pois o seu Templo é o Senhor, o Deus Todo-poderoso, e o Cordeiro. 23 A Cidade não precisa do sol nem da lua para ficar iluminada, pois a glória de Deus a ilumina e sua lâmpada é o Cordeiro.

24*     As nações caminharão à sua luz,

e os reis da terra trarão a sua glória para ela.

25        Suas portas nunca se fecharão de dia,

- pois aí jamais haverá noite -

26        e a ela trarão a glória e o tesouro das nações.

27        Nela jamais entrará qualquer imundície,

nem os que praticam abominação e mentira.

Vão entrar somente aqueles que têm o nome escrito

no livro da vida do Cordeiro.

 

 [fca31]CAPÍTULO VINTE E DOIS

1* O Anjo mostrou para mim um rio de água viva; era brilhante como cristal; o rio brotava do trono de Deus e do Cordeiro. 2 No meio da praça, de cada lado do rio, estão plantadas árvores da vida; elas dão fruto doze vezes por ano; todo mês elas frutificam; suas folhas servem para curar as nações.

3         Nunca mais haverá maldições.

Nela estará sempre o trono de Deus

e do Cordeiro,

seus servos lhe prestarão culto.

4         Verão sua face,

e seu nome estará sobre suas frontes.

5         Não haverá mais noite:

ninguém mais vai precisar da luz da lâmpada,

nem da luz do sol.

Porque o Senhor Deus vai brilhar sobre eles,

e eles reinarão para sempre.

 [fca32]118 (Agostinho de Dácia, Rotulus pugillaris, I : ed. A. Walz, Angelicum 6 [1929] 256).

 [a33](Parágrafo relacionado:  94)

 [fca34] ..(S. Agostinho, contra epístolam Manichaei quam vocant fundamentali  5, 6 : PL 42, 176).

 [a35](Parágrafo relacionado:  113)

 [fca36] Conforme Constituição Dogmática Concílio Vaticano II « Dei Verbum »  item  12,3

 [fca37]120 ( Decetum Damasi DS 179-180; concílio de Florença, decletum in libris Sacris DS 1334-1336 ; concílio de Trento, 4ª sessão, decretumde Libris Sacris et de traditionibus recipiendis DS1501-1504) :

 [a38](Parágrafo relacionado:  1117)

 [fca39]Conforme Constituição Dogmática Concílio Vaticano II « Dei Verbum »  item  14

 [a40](Parágrafo relacionado:  1093)

 [fca41] Conforme Constituição Dogmática Concílio Vaticano II « Dei Verbum »  item  15

 [a42](Parágrafos relacionados: 702,763,708,2568)

 [fca43] Conforme Constituição Dogmática Concílio Vaticano II « Dei Verbum »  item  17

 [fca44] Conforme Constituição Dogmática Concílio Vaticano II « Dei Verbum »  item  20

 [fca45] Conforme Constituição Dogmática Concílio Vaticano II « Dei Verbum »  item  18

 [a46](Parágrafo relacionado:  515)

 [fca47] Conforme Constituição Dogmática Concílio Vaticano II « Dei Verbum »  item  19

 [a48](Parágrafo relacionado:  1154)

 [fca49] (Santa Cesária a Jovem, Constituição do Vaticano II « Sacrosanctum concilium » 345, 480).

 [fca50]  (Santa. Teresinha do Menino Jesus, ms. autob. A 83v).

 [a51](Parágrafo relacionado:  2705)

 [fca52] 1Cor 10, 6 Ora, esses fatos aconteceram como exemplo para nós, para que não cobicemos coisas más, como eles cobiçaram. 11 Tais coisas aconteceram a eles como exemplo, e foram escritas para nossa instrução, a nós que vivemos no fim dos tempos.

Hb 10, 1 A Lei possui apenas uma sombra dos bens futuros, e não a realidade concreta das coisas. Por isso, mesmo oferecendo sacrifícios continuamente, ano após ano, a Lei não tem poder de conduzir à perfeição aqueles que participam de tais sacrifícios.

1Pd 3, 21 Aquela água representava o batismo que agora salva vocês; não se trata de limpeza da sujeira corporal, mas do compromisso solene de uma boa consciência diante de Deus, mediante a ressurreição de Jesus Cristo

 [a53](Parágrafos relacionados: 1094,489)

 [fca54] Mc 12,29 Quanto a vocês, não fiquem procurando o que vão comer e o que vão beber. Não fiquem inquietos. 30 Porque são os pagãos deste mundo que procuram tudo isso. O Pai bem sabe que vocês têm necessidade dessas coisas. 31 Portanto, busquem o Reino dele, e Deus dará a vocês essas coisas em acréscimo. 

 [fca55] 1Cor 5, 6 O motivo do orgulho que vocês têm não é coisa digna! Vocês não sabem que um pouco de fermento leveda a massa toda? 7 Purifiquem-se do velho fermento, para serem massa nova, já que vocês são sem fermento. De fato, Cristo, nossa páscoa, foi imolado. 8 Portanto, celebremos a festa, não com o velho fermento, nem com fermento de malícia e perversidade, mas com pães sem fermento, isto é, na sinceridade e na verdade.

 [fca56] 1Cor 10, 1 Irmãos, não quero que vocês ignorem uma coisa: todos os nossos antepassados estiveram sob a nuvem; todos atravessaram o mar 2 e, na nuvem e no mar, todos receberam um batismo que os ligava a Moisés. 3 Todos comeram o mesmo alimento espiritual, 4 e todos beberam a mesma bebida espiritual, pois bebiam de uma rocha espiritual que os acompanhava; e essa rocha era Cristo. 5 Apesar disso, a maioria deles não agradou a Deus, e caíram mortos no deserto. 6 Ora, esses fatos aconteceram como exemplo para nós, para que não cobicemos coisas más, como eles cobiçaram. 7 Não se tornem idólatras, como alguns deles, conforme está na Escritura: «O povo sentou-se para comer e beber; depois se levantaram para se divertir». 8 Nem nos entreguemos à imoralidade, como alguns deles se entregaram, de modo que num só dia morreram vinte e três mil. 9 Não tentemos ao Senhor, como alguns deles tentaram, e morreram vitimados pelas serpentes. 10 Não murmurem, como alguns deles murmuraram, e pereceram em mãos do anjo exterminador.

11 Tais coisas aconteceram a eles como exemplo, e foram escritas para nossa instrução, a nós que vivemos no fim dos tempos.

 [fca57]129 (S. Agostinho, Hept. 2, 73 : PL 34, 623 ;  Conforme Constituição Dogmática Concílio Vaticano II « Dei Verbum »  item   16).

 [a58](Parágrafos relacionados: 651,2055,1968)

 

 [fca59] Conforme Constituição Dogmática Concílio Vaticano II « Dei Verbum »  item  21

 [fca60] Conforme Constituição Dogmática Concílio Vaticano II « Dei Verbum »  item  22

 [fca61] Conforme Constituição Dogmática Concílio Vaticano II « Dei Verbum »  item  24

 [a62](Parágrafo relacionado:  94)

 [fca63] 133 (S. Jerônimo, Is. prol. : PL 24, 17B) " (Conforme Constituição Dogmática Concílio Vaticano II « Dei Verbum »  item   25).

 [a64]

 [fca65] 134 (Hugo de São Victor, De arca Noe 2, 8 : PL 176, 642 ; cf. ibid. 2, 9 : PL 176, 642-643: PL 176, 642C).

 [fca66] Conforme Constituição Dogmática Concílio Vaticano II « Dei Verbum »  item  24

 [fca67] Conforme Constituição Dogmática Concílio Vaticano II « Dei Verbum »  item  11

 [fca68]137 (Origenes, hom. in Ex. 4, 5).

 [fca69] Conforme Constituição Dogmática Concílio Vaticano II « Dei Verbum »  item  21

 [fca70] Is 50,4 O Senhor Javé me deu a capacidade de falar como discípulo, para que eu saiba ajudar os desanimados com uma palavra de coragem. Toda manhã ele faz meus ouvidos ficar atentos para que eu possa ouvir como discípulo.